Após a morte de Maomé, seus sucessores, denominados califas, continuaram a expansão iniciada por seu líder. Ao longo do tempo, diversas dinastias se sucederam no comando do califado. O modelo de governo adotado era teocrático, ou seja, os líderes políticos (califas) governavam de acordo com os dogmas do islã. Dentre essas dinastias, podemos destacar a omíada, que conquistou a cidade de Jerusalém no século VII.
Com a Arábia já unificada, a civilização islâmica estendeu seu império por extensas regiões da África, Ásia e sul da Europa. O domínio islâmico se beneficiou pelo enfraquecimento dos maiores impérios da região, o persa e o bizantino, e se expandiu rapidamente. Muitas das populações dominadas não se opunham aos muçulmanos - como também são chamados os seguidores de Maomé -, que costumavam respeitar as tradições e crenças desses povos.
No século seguinte, os muçulmanos chegam à Europa, dominam a Espanha e seguem em direção à França. A ocupação europeia encontrou limites na Batalha de Poitiers, em 732, entre islâmicos e o exército franco de Carlos Martel. A partir daí, uma série de conflitos internos e disputas pelo poder, bem como derrotas militares, provocou a divisão da civilização islâmica em diversos califados. As disputas políticas, por sua vez, também levaram a disputas religiosas, criando uma série de divisões dentro do islamismo. Dentre essas divisões, podemos destacar os sunitas, que além do Corão seguiam a Suna (conjunto de histórias sobre Maomé) e elegiam seus líderes entre os fiéis; e os xiitas, que aceitavam apenas o Corão como doutrina religiosa, e descendentes de Maomé como líderes.