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Islamismo

História Geral - Manual do Enem
Otávio Spinace Publicado por Otávio Spinace
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

A religião islâmica foi fundada por Maomé, no século VII, na região da Península Arábica, e espalhou-se pela África, Ásia e sul da Europa. Após séculos de transformações, o islamismo se constituiu em uma das principais religiões do mundo até os dias de hoje, influenciando diversas culturas e governos, e contando com mais de um bilhão de fiéis.

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Origem

A região da Península Arábica, onde nasceu Maomé por volta do ano de 570, na cidade de Meca, fazia parte de uma grande rede de rotas comerciais entre Oriente e Ocidente. As tribos nômades que lá viviam tinham intenso contato com culturas diferentes, que viviam naquela região ou que utilizavam suas rotas comerciais. Dessa forma, Maomé, que era comerciante, teve contato com povos monoteístas, através da proximidade com o Império Bizantino, cristão, e com as muitas tribos judaicas, com quem compartilhava alguns costumes.

Segundo o Corão (ou Alcorão), livro sagrado da religião islâmica, quando tinha por volta de 40 anos de idade, Maomé passou a ter visões nas quais falava com Deus (Alá, em árabe), através do anjo Gabriel. Nessas revelações, o anjo disse a Maomé que Deus o havia escolhido como seu profeta, sucedendo Abraão, Moisés e Jesus Cristo, para espalhar sua palavra e estabelecer o monoteísmo (culto a um só Deus) na Península Arábica.

Expansão

A partir dessas revelações, Maomé passou a pregar a palavra de Deus pela região Península Arábica e a conquistar seguidores. A essência dos princípios pregados era a submissão a Deus e o dever de se purificar antes do juízo final. Com a repercussão de suas pregações, Maomé começa a ser perseguido por comerciantes de Meca e, no ano de 622, parte em busca de abrigo em Yathrib - que daria origem à Medina -, a cerca de 350 quilômetros de sua cidade natal. O deslocamento de Maomé e seus discípulos ficou conhecido como Hégira, e marca o início do calendário islâmico.

Em sua nova cidade, Maomé converteu muitas pessoas e chegou a formar exércitos para defender seus ensinamentos. Nesse momento o líder islâmico lança mão da ideia de “jihad”, que significa esforço, para retomar Meca e continuar espalhando a palavra divina. Como esse esforço pode envolver o uso da força para combater “infiéis”, o termo jihad também é chamado de “guerra santa”.

Maomé morre em 632, após unificar a maioria das tribos árabes, muitas vezes sob o uso da força. Esse é considerado o surgimento da civilização islâmica. Com a expansão do islamismo e a unificação política e religiosa da Península Arábica, os seguidores de Maomé estabelecem sua capital em Meca. A importância da cidade para a religião muçulmana se deve ao fato de que lá está localizada a Caaba, templo onde está abrigada a Pedra Negra, objeto que, segundo as revelações feitas a Maomé, teria sido entregue pelo anjo Gabriel aos homens.

Os sucessores de Maomé

Após a morte de Maomé, seus sucessores, denominados califas, continuaram a expansão iniciada por seu líder. Ao longo do tempo, diversas dinastias se sucederam no comando do califado. O modelo de governo adotado era teocrático, ou seja, os líderes políticos (califas) governavam de acordo com os dogmas do islã. Dentre essas dinastias, podemos destacar a omíada, que conquistou a cidade de Jerusalém no século VII.

Com a Arábia já unificada, a civilização islâmica estendeu seu império por extensas regiões da África, Ásia e sul da Europa. O domínio islâmico se beneficiou pelo enfraquecimento dos maiores impérios da região, o persa e o bizantino, e se expandiu rapidamente. Muitas das populações dominadas não se opunham aos muçulmanos - como também são chamados os seguidores de Maomé -, que costumavam respeitar as tradições e crenças desses povos.

No século seguinte, os muçulmanos chegam à Europa, dominam a Espanha e seguem em direção à França. A ocupação europeia encontrou limites na Batalha de Poitiers, em 732, entre islâmicos e o exército franco de Carlos Martel. A partir daí, uma série de conflitos internos e disputas pelo poder, bem como derrotas militares, provocou a divisão da civilização islâmica em diversos califados. As disputas políticas, por sua vez, também levaram a disputas religiosas, criando uma série de divisões dentro do islamismo. Dentre essas divisões, podemos destacar os sunitas, que além do Corão seguiam a Suna (conjunto de histórias sobre Maomé) e elegiam seus líderes entre os fiéis; e os xiitas, que aceitavam apenas o Corão como doutrina religiosa, e descendentes de Maomé como líderes.

Princípios do Islamismo

  • Aceitação de Alá como único Deus, e de Maomé como seu profeta;
  • Todos  os convertidos devem fazer orações voltadas para Meca e visitar a cidade pelo menos uma vez durante a vida;
  • Jejuar  durante o mês do “Ramadã”, período em que Maomé recebeu as revelações do anjo Gabriel;

Seguir  os ensinamentos presentes no Corão, livro sagrado do Islã. 

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
ENEM/2008

Existe uma regra religiosa, aceita pelos praticantes do judaísmo e do islamismo, que proíbe o consumo de carne de porco. Estabelecida na Antiguidade, quando os judeus viviam em regiões áridas, foi adotada, séculos depois, por árabes islamizados, que também eram povos do deserto.

Essa regra pode ser entendida como:

A uma demonstração de que o islamismo é um ramo do judaísmo tradicional.
B um indício de que a carne de porco era rejeitada em toda a Ásia.
C uma certeza de que do judaísmo surgiu o islamismo.
D uma prova de que a carne do porco era largamente consumida fora das regiões áridas.
E uma crença antiga de que o porco é um animal impuro.
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