Logo da Quero Bolsa
Como funciona
  1. Busque sua bolsa

    Escolha um curso e encontre a melhor opção pra você.


  2. Garanta sua bolsa

    Faça a sua adesão e siga os passos para o processo seletivo.


  3. Estude pagando menos

    Aí é só realizar a matrícula e mandar ver nos estudos.


Cristianismo | O Que é, Origem, Doutrina e Movimentos Belicosas

História Geral - Manual do Enem
Otávio Spinace Publicado por Otávio Spinace
 -  Última atualização: 1/8/2023

Índice

Introdução

O cristianismo é uma doutrina religiosa surgida na Antiguidade, durante o Império Romano (I a.C. – V), de caráter monoteísta, ou seja, que professa sua fé em apenas um Deus.

Ao longo dos séculos, o cristianismo passou por diversas transformações, dando origem a várias religiões que existem ainda hoje. Dessa forma, o cristianismo foi um importante agente cultural que influenciou a formação da sociedade ocidental.

Origem e expansão

O Império Romano dominou extensos territórios que se estendiam pela Europa, Ásia e Norte da África. Nessas regiões, viviam povos das mais diferentes origens que acabaram conquistados pelos romanos.

A religião dos romanos era politeísta, ou seja, possuía vários deuses e era muito influenciada pela cultura grega. A partir do século I, surgem as primeiras manifestações de pessoas que seguiam as ideias de Jesus Cristo, dando origem à doutrina que ficaria conhecida como cristianismo.

Segundo os Evangelhos, textos sagrados para os cristãos e que contam a história de Cristo, Jesus nasceu em Belém de Judá, uma região da Palestina dominada pelos romanos, durante o reinado de Augusto.

De acordo com a crença cristã, Jesus era o Messias que havia sido enviado por Deus para restabelecer a aliança com os homens, que havia sido quebrada com o pecado de Adão e Eva.

A vida de Cristo foi relatada nesses textos, que posteriormente deram origem à Bíblia Sagrada, principal livro do cristianismo. Aos 30 anos de idade, Jesus reuniu 12 apóstolos e iniciou sua pregação, na qual dizia ser o filho enviado por Deus para redimir os pecados dos homens e prometendo um reino de justiça e vida eterna para os justos.

Ainda segundo os textos cristãos, as ações de Cristo teriam incomodado o Império, já que ele pregava a adoração de um só Deus, não aceitando o politeísmo romano e questionando a divindade do imperador, assim como as práticas das autoridades romanas. Em razão disso, Cristo foi condenado à morte na cruz, uma das principais punições existentes na época.

Expansão e consolidação

Para seus seguidores, a crucificação era parte do plano divino para redimir os pecados da humanidade. A partir de então, surgiram diversos relatos sobre a vida de Cristo, e seus seguidores propagaram suas palavras pelas diversas regiões do Império.

Em conjunto com o cristianismo, nasceu a Igreja Cristã, uma nova instituição que tinha por objetivo sistematizar os dogmas do cristianismo, reforçar e expandir sua fé, e proteger os fiéis de perseguições.

Durante a crise do Império, a Igreja ganhou força, se aproximou do poder político, deixou de ser perseguida e, no século IV, se tornou a religião oficial de Roma. Com o fim do Império, a Igreja se fortaleceu ainda mais e se tornou a principal instituição da Idade Média, liderada pelo bispo de Roma, que adotou o título de papa.

A divisão da Igreja

Com o fim do Império Romano e o fortalecimento da figura do papa, aumentaram as tensões entre a Igreja do Ocidente, sediada em Roma, e a Igreja do Oriente, sediada em Bizâncio (Constantinopla).

Em 1054 esses conflitos se tornaram insustentáveis e houve a separação da Igreja cristã entre Igreja Católica Apostólica Romana (Igreja Católica), e Igreja Católica Apostólica Ortodoxa (Igreja Ortodoxa). Essa separação ficou conhecida como “Cisma do Oriente” e permanece até os dias de hoje.

Apesar das disputas políticas que levaram à cisão da Igreja, questões doutrinárias também influenciaram nessa divisão, como o uso de imagens em templos, o culto à virgem Maria e a interpretação sobre a ressurreição de Cristo.

Outra diferença está no fato de que a Igreja Católica Romana procurou se constituir de maneira autônoma e influenciando os líderes políticos da Europa, enquanto a Igreja Ortodoxa estava submetida ao Império Bizantino, e a função de chefe da Igreja era ocupada pelo imperador.

Reforma e Contrarreforma

Depois de se consolidar como a principal instituição da Idade Média, a Igreja Católica sofreu um forte questionamento no século XVI, no movimento que ficou conhecido como Reforma Religiosa.

Membros da Igreja e religiosos, como o monge germânico Martinho Lutero, iniciaram uma série de contestações a alguns dogmas e ações da Igreja, como a venda de indulgências.

Esse movimento resultou criação de novas religiões, chamadas de protestantes. Estes, permaneciam fiéis ao cristianismo, mas não seguiam mais os dogmas católicos, tampouco estavam sob a autoridade do papa.

Para conter esse movimento e a perda de fiéis, a Igreja Católica deu início ao processo de Contrarreforma. Com isso, a Igreja de Roma procurou reafirmar os dogmas católicos, punindo os hereges (aqueles que contrariavam esses dogmas) através da Inquisição, convertendo novos fiéis através da catequização de povos nativos nas Américas, e proibindo a circulação de livros considerados profanos.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
FUVEST

Várias razões explicam as perseguições sofridas pelos cristãos no Império Romano, entre elas:

A a oposição à religião do Estado Romano e a negação da origem divina do Imperador, pelos cristãos.
B a publicação do Edito de Milão que impediu a legalização do Cristianismo e alimentou a repressão.
C a formação de heresias como a do Arianismo, de autoria do bispo Ário, que negava a natureza divina de Cristo.
D a organização dos Concílios Ecumênicos, que visavam promover a definição da doutrina cristã.
E o fortalecimento do Paganismo sob o Imperador Teodósio, que mandou martirizar milhares de cristãos.
Prepare-se para o Enem com a Quero Bolsa! Receba conteúdos e notícias sobre o exame diretamente no seu e-mail