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Muro de Berlim

História Geral - Manual do Enem
Otávio Spinace Publicado por Otávio Spinace
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

Muro de Berlim foi uma barreira física construída em 1961 pela Alemanha Oriental - com o apoio da União Soviética - para cercar toda a fronteira entre a porção ocidental de Berlim e o restante da Alemanha Oriental.

O muro, bem como o bloqueio à livre-circulação de pessoas, continuou até 1989, quando foi derrubado sob protestos da população alemã, que contava com amplo apoio internacional. Sua queda deu início ao processo de reunificação da Alemanha, sendo um episódio importante também no contexto da Guerra Fria

Contexto histórico

Após a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, o cenário internacional que se desenhava era de oposição entre os seus dois principais vencedores, Estados Unidos e União Soviética, marcando o início da Guerra Fria.

Os dois países despontaram como principais potências do conflito militar e passaram a disputar a influência sobre cada país e cada território. Era uma estratégia que previa, ao mesmo tempo, expandir sua hegemonia pelo mundo e se proteger da potência rival.

Nesse contexto, os países vencedores passaram a discutir o que seria feito com Alemanha.

Em agosto de 1945, posteriormente à rendição nazista, foi realizada a Conferência de Potsdam, que dividiu a Alemanha em quatro zonas de influência: soviética, americana, inglesa e francesa.

A cidade de Berlim, contudo, ficava dentro da área soviética, e os demais aliados não aceitaram abrir mão da principal cidade alemã. Em razão disso, Berlim, a exemplo do que havia ocorrido com a Alemanha, também foi divida em quatro áreas de influência.

Essa divisão acabou resultando em uma porção ocidental - reunindo as zonas de influência americana, inglesa e francesa - situada em meio ao restante do território sob influência da União Soviética.

O bloqueio de Berlim 

Os conflitos decorrentes dessa divisão logo se acirraram. Em 1948, insatisfeito com medidas tomadas pelo lado ocidental, Josef Stalin, então líder da URSS, inicia esforços para reunificar Berlim sob influência soviética.

Para isso, Stalin promove um bloqueio para a entrada de alimentos e combustíveis. Esse processo ficou conhecido como Bloqueio de Berlim.

Os países ocidentais, por sua vez, para evitar o sucesso de Stalin, garantiram o abastecimento de sua zona de influência em Berlim através de aviões, que decolavam da Alemanha Ocidental.

Diante da ineficácia do bloqueio, a URSS desiste de sua estratégia, mas isso não encerra os conflitos que haviam entre os dois lados da disputa. 

O Muro de Berlim

A exemplo do que ocorria em Berlim, a disputa por áreas de influência entre as superpotências provocou uma divisão e reorganização da Europa.

Da área de influência ocidental, formada pelas zonas de influência americana, inglesa e francesa, surgiu, em 1949, a República Federativa da Alemanha (RFA) - também conhecida como Alemanha Ocidental -, capitalista e aliada dos Estados Unidos.

Por outro lado, em resposta aos ocidentais, o lado oriental funda, no mesmo ano, a República Democrática Alemã (RDA) - ou Alemanha Oriental -, socialista e aliada da União Soviética.

Desde a sua fundação, a Alemanha Ocidental, e consequentemente a porção ocidental de Berlim, receberam muitos recursos provenientes do Plano Marshall, o programa americano que tinha por objetivo apoiar a reconstrução da Europa e impedir o avanço do comunismo.

Com essa ajuda, a economia do país se recuperou rapidamente, que passou a viver um intenso processo de desenvolvimento durante as décadas seguintes.

Esse desenvolvimento, associado à propaganda do regime ocidental, atraiu pessoas que viviam na Alemanha Oriental, provocando um processo de migração para Berlim Ocidental.

Dentre os que deixavam o lado oriental, estavam muitos jovens procurando oportunidades e pessoas com alta qualificação profissional. Eles tinham direito a uma formação garantida pelo Estado na RDA, mas procuravam empregos com melhor remuneração. Esse processo ficou conhecido como “fuga de cérebros”.

Em 1961, para conter o processo de migração, o governo da Alemanha Oriental, com apoio da União Soviética, decide construir um muro isolando Berlim Ocidental. O bloqueio começou com a construção de um muro simples. Em alguns trechos, era feito, até mesmo, por cercas de madeira e arame.

Como as fugas do lado oriental persistiram, a RDA intensificou a proteção nos trechos mais críticos, criando verdadeiras fortificações, com equipes de vigilâncias, alarmes, fossos e até atiradores. Ainda assim, algumas pessoas continuaram a tentar atravessar o muro sem autorização, o que resultou em uma série de prisões e mortes.

Com isso, além de impedir a passagem de um lado para o outro, o Muro de Berlim separou famílias, amigos e um mesmo povo. Foi visto como um símbolo das arbitrariedades da Guerra Fria.


A queda

O Muro de Berlim esteve de pé por quase 30 anos, sob protestos de alemães e forte pressão internacional.

Em 1989, quando a Guerra Fria se encaminhava para o fim, a República Democrática Alemã aceitou abolir as restrições para passagem de um lado para o outro.

Em 9 de novembro daquele ano, alemães se reuniram e iniciaram a destruição do muro. No ano seguinte se concretizaria o processo de reunificação da Alemanha, ainda que a mera queda do muro não resolvesse, por si só, os desníveis de desenvolvimento econômico entre os dois lados do país

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