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Plano Marshall

História Geral - Manual do Enem
Otávio Spinace Publicado por Otávio Spinace
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

O Plano Marshall foi um programa de recuperação econômica feito pelos Estados Unidos para ajudar a Europa depois da Segunda Guerra Mundial. Com ele, pretendia também evitar o crescimento do comunismo e a expansão da influência soviética no continente.

Seu nome foi dado em homenagem a George Marshall, general americano e secretário de Estado durante o governo do presidente Harry Truman.

Contexto histórico

A exemplo do que ocorrera com sua antecessora, a Segunda Guerra Mundial deixou a Europa em uma situação de imensas dificuldades.

Nesse contexto de declínio europeu, Estados Unidos e União Soviética (URSS) despontaram como as duas principais potências mundiais, tanto em termos econômicos como militares.

Apesar de terem sofrido baixas durante o combate, principalmente a URSS, esses países obtiveram ganhos e demonstraram um poder militar que os colocava em vantagem em relação às antigas potências europeias.

O fato de terem sido aliados no combate ao nazifascismo, contudo, escondia uma contradição que ficaria em evidência após o fim do conflito mundial.

Os Estados Unidos eram a principal economia do mundo, e tinham como objetivo liderar os demais países, além de mantê-los sob sua hegemonia econômica capitalista.

A União Soviética, ao contrário, havia optado por adotar um modelo econômico socialista desde a Revolução Russa, em 1917. Esse sistema tinha por objetivo superar o capitalismo e, na prática, se manifestava pela economia planificada.

As duas grandes potências mundiais, Estados Unidos e União Soviética, passaram a disputar a nova organização do mundo no pós-guerra, além da influência sobre cada novo regime que se estabelecia, no período que ficou conhecido como Guerra Fria.

A doutrina Truman e o Plano Marshall

Em 1947, o presidente americano Harry Truman, em discurso no Congresso de seu país, declarou que o objetivo dos Estados Unidos seria deter o avanço da “ameaça comunista”, representada pela União Soviética. Assim, lança as bases da nova disputa geopolítica e ideológica que caracterizaria a Guerra Fria.

Contudo, os Estados Unidos se depararam com uma situação difícil na Europa, que estava praticamente destruída e contava com poucos recursos para sua reconstrução.

Nesse cenário, o comunismo passou a prosperar no continente, ganhando adeptos. Enquanto conquistaram governos em alguns países, em outros, os partidos comunistas ganhavam força e faziam forte oposição aos governos capitalistas.

Diante disso, para efetivar seu plano, Truman, com apoio do então secretário de Estado, o general George Marshall, lançou um plano que tinha por objetivo recuperar economicamente a Europa. Assim, evitaria que os ideais socialistas e a influência da União Soviética se espalhassem pelo continente.

Em referência ao secretário de Estado americano, o plano ficou conhecido como Plano Marshall.

Durante os quatro anos seguintes, países como Inglaterra, França, Alemanha Ocidental, Itália, Holanda e Bélgica, entre vários outros, receberam cerca de 13 bilhões de dólares, em valores da época, em crédito e investimentos vindos dos Estados Unidos.

Como era o objetivo americano, esse apoio econômico teve êxito tanto em recuperar a economia europeia, como em impedir o avanço do socialismo sobre o continente, que ficou restrito até a Cortina de Ferro, garantindo a sobrevivência do capitalismo na Europa.

Sucesso de Plano e resposta soviética

Devido ao sucesso conquistado com a reconstrução dos países capitalistas da Europa, George Marshall recebeu, em 1953, o Prêmio Nobel da Paz, em razão do Plano que levava seu nome.

Posteriormente, em 1951, os Estados Unidos desenvolveriam outro plano, batizado de “Plano Colombo”. Este, agora voltado para os países da Ásia. Contudo, tanto os investimentos como os resultados foram mais modestos que os do Plano Marshall.

Por sua vez, a ação americana teve tal êxito que a União Soviética também buscou fazer o mesmo para evitar que seus aliados mudassem de lado.

Em resposta ao Plano Marshall, os soviéticos desenvolveram o Conselho para Assistência Econômica Mútua (COMECON), com o objetivo de auxiliar seus aliados. Iniciado em 1949, o COMECON buscava integrar economicamente as nações do Leste Europeu, e contemplou países como a Alemanha Oriental, Polônia, Romênia, Tchecoslováquia, entre outras.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
PUCCAMP

Leia os seguintes textos:

TEXTO I:

“…inspirado por razões humanitárias e pela vontade de defender uma certa concepção de vida ameaçada pelo comunismo, constitui também o meio mais eficaz de alargar e consolidar a influência norte-americana no mundo, um dos maiores instrumentos de sua expansão (…) tem por consequência imediata consolidar os dois blocos e aprofundar o abismo que separava o mundo comunista e o Ocidente…”

TEXTO II:

“…as partes estão de acordo em que um ataque armado contra uma ou mais delas na Europa ou na América do Norte deve ser considerado uma agressão contra todas; e, consequentemente, concordam que, se tal agressão ocorrer, cada uma delas (…) auxiliará a parte ou as partes assim agredidas (…)”

Os textos identificam, respectivamente,

A a Doutrina Monroe e a Organização das Nações Unidas (ONU).
B o Plano Marshall e a organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
C o Pacto de Varsóvia e a Comunidade Econômica Europeia (CEE).
D o Pacto do Rio de Janeiro e o Conselho de Assistência Econômica Mútua (COMECON).
E a Conferência do Cairo e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
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