Você já assistiu à série de filmes de horror, como o “Pânico”? Então você conhece aquela máscara horripilante do assassino. Você sabia que a máscara foi inspirada em um quadro muito famoso do expressionismo? Quer saber qual é? Vem com a gente!
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O Expressionismo é um movimento artístico que surgiu no início do século XX, especialmente nas artes visuais, literatura, teatro e cinema. Ele fez parte das vanguardas europeias. Logo, ele queria romper com a tradição clássica de fazer arte. Além disso, ele foi o primeiro dos movimentos modernos a colocar o subjetivismo nesse novo padrão estético e artístico.
O Expressionismo se destacou por sua abordagem emocional, subjetiva e muitas vezes perturbadora da representação da realidade. Ao contrário das representações realistas tradicionais, os artistas expressionistas buscavam expressar emoções profundas, angústias e estados de espírito internos por meio de suas obras.
Caracterizado por distorções da forma, cores vibrantes e temas frequentemente sombrios, o Expressionismo buscava retratar a realidade através de lentes emocionais e subjetivas. O movimento refletia o clima social e político da época, marcado por transformações drásticas e incertezas, como as Guerras Mundiais e as mudanças na sociedade industrializada.
O Expressionismo também se estendeu para a literatura, onde autores exploravam narrativas e personagens que refletiam as angústias humanas e as complexidades psicológicas. No teatro e no cinema, o movimento influenciou a criação de peças e filmes que também buscavam provocar emoções intensas e explorar o psicológico dos personagens.
Em resumo, o Expressionismo é uma forma de arte que transcende a mera representação da realidade, procurando transmitir emoções e reflexões profundas por meio de distorções e abstrações. Foi um movimento fundamental que desafiou as convenções estéticas e emocionais predominantes, deixando um impacto duradouro nas artes e na cultura.
Em 1910, na Alemanha, essa vanguarda surge como uma resposta para a estética sensorial dos impressionistas. É por isso que esse movimento também ficou conhecido como expressionismo alemão.
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O expressionismo queria que os artistas perdessem o controle consciente durante a produção da obra de arte.
A realidade não deveria ser percebida da forma tradicional, por meio do plano físico ou do plano psíquico, e sim por meio de expressões.
Influenciado pela Primeira Guerra Mundial, esse movimento dava ênfase ao lado sombrio da humanidade. Os rostos humanos eram sempre marcados pelo medo e pela angústia. A realidade era apreendida de uma forma pessimista e sem contato com a razão.
As cores fortes e imagens distorcidas eram usadas com muita emoção e agressividade.
O Expressionismo é um movimento artístico marcado por essas características que o tornam único e impactante. Vamos explorar essas características em detalhes:
O Expressionismo coloca um forte foco na representação das emoções humanas. Os artistas expressionistas buscam expressar emoções profundas e pessoais por meio de suas obras. Em vez de uma representação objetiva da realidade, eles exploram o mundo interior e a subjetividade.
Os artistas expressionistas frequentemente distorcem as formas e cores em suas obras para criar uma representação exagerada e dramática da realidade. Isso é feito para transmitir sensações intensas e capturar a intensidade das emoções humanas.
O Expressionismo não teme explorar temas sombrios e perturbadores da condição humana. Os artistas frequentemente abordam temas como alienação social, angústia existencial e a decadência da sociedade. Isso reflete o clima de ansiedade e desilusão da época.
À medida que o Expressionismo se desenvolveu, alguns artistas começaram a se afastar de representações figurativas tradicionais. Eles buscaram formas mais abstratas de expressão, experimentando com formas geométricas e linhas para criar obras que evocassem emoções sem depender de representações realistas.
O Expressionismo deixou um legado duradouro nas artes visuais, literatura e cinema. Aqui estão algumas das obras e contribuições notáveis desse movimento:
Exemplos de pintores expressionistas famosos:
Edvard Munch: Conhecido por sua icônica obra "O Grito", Munch explorou temas de ansiedade e angústia.
Nele, as linhas retorcidas e as cores fortes, alaranjadas, sugerem um clima de aflição e angústia que resultam no grito do ser.
Munch teve a ideia para o quadro enquanto andava pelas ruas da Noruega com seus amigos. O cenário era o do pôr do sol. O céu tinha uma coloração tão vermelha que parecia sangue. Seus amigos nada perceberam e continuaram a andar, mas o pintor ficou paralisado, tremendo de medo. Para ele, parecia que o céu mostrava o grito infinito e angustiante da Natureza.
Todo essa distorção surgia para gerar catarse em quem admirava a obra. A catarse, para Aristóteles, era uma depuração das emoções alcançada por meio de obras que trabalhavam temas como compaixão e o medo.
Egon Schiele: Suas figuras distorcidas e expressivas capturaram a vulnerabilidade humana.
Wassily Kandinsky: Um dos pioneiros da arte abstrata, Kandinsky explorou a interseção entre cores e emoções.
Emil Nolde: Conhecido por suas obras vibrantes e emocionais, frequentemente retratando a natureza e a vida rural.
Ernst Ludwig Kirchner: Um dos fundadores do grupo Die Brücke, suas pinturas urbanas refletiam o impacto da industrialização na sociedade.
Obras literárias que incorporam as características do movimento:
Contribuições do Expressionismo para o cinema:
Essas obras e contribuições representam a diversidade de expressão artística dentro do Expressionismo e continuam a ser estudadas e apreciadas por seu impacto na cultura artística e literária do século XX.
Os artistas mais influenciados por esse movimento foram Candido Portinari, que pintou a situação precária na qual vivia o povo nordestino, e Anita Malfatti, que pintou diversas paisagens, cenas cotidianas e nus.
Na literatura, o primeiro manifesto do movimento surgiu em 1918, em plena guerra. Kasimir Edschmid deixava nítido que o artista não via, percebia. Os objetos não existiam, o que era real era a visão dos objetos que as pessoas tinham.
Assim o universo total do artista expressionista torna-se visão. Ele não vê, mas percebe. Ele não descreve, acumula vivências. Ele não reproduz, ele estrutura. Ele não colhe, ele procura. Agora não existe mais a cadeia de fatos: fábricas, casas, doenças, prostitutas, gritaria e fome. Agora existe a visão disso. Os fatos tem significado somente até o ponto em que a mão do artista o atravessa para agarrar o que se encontra além deles. Esse tipo de expressão não é alemão nem francês. Ele é supre nacional. Ele não é somente assunto da arte. É exigência do espírito. Não é um programa de estilo. É uma exigência da alma. Uma coisa da humanidade.
Essa literatura fez questão de mostrar a derrota do mundo burguês e do capitalismo. O universo estava em crise e o ser humano era simplesmente impotente em face dessa situação. Todos estavam presos em um mundo sem alma.
As obras traduziam as vivências humanas de uma forma negativa, em que o mundo era descrito de uma forma distorcida e grotesca.
Veja como Mário de Andrade transmitiu os ideais expressionistas em sua obra “Amar, Verbo Intransitivo”:
A luz delirava, apressada a um vago aviso de tarde. Era tal e tanta que embaçava de ouro a amplidão. Se via tudo longe num halo que divinizava e afastava as coisas mais. Lassitude. No quiriri tecido de ruidinhos abafados, a cidade se movia pesada, lerda. O mar parara azul. Embaixo, dos verdes fundos das montanhas uma evaporação rojava o escuro das grotas, e o Corcovado, ver um morubixaba pachorrento, pitava as nuvens que o sol lhe acendia no derrame.
A influência do expressionismo foi tanta que sua forma de encarar o mundo de uma forma caótica, sombria e angustiante impactou diversas formas de arte.
Uma delas é o cinema, que logo em seu advento, nos anos 1920, viu no expressionismo alemão uma forma de se expressar. Filmes como “O Gabinete do Dr. Caligari” (1920), “Nosferatu” (1922), “Metropolis” (1927) e, posteriormente, “Drácula” (1931) e “Frankenstein” (1931) mostram como esse movimento artístico rompeu com as tradições do passado e iniciou sua própria tradição.
Observe a imagem a seguir:
Ela retrata uma das mais destacadas produções do expressionismo alemão nas primeiras décadas do século XX. Sobre esse movimento artístico, NÃO é correto afirmar que