A capital que deu espaço para essas transformações foi Paris. Já no final do século XIX, na belle époque, Paris era o grande centro urbano onde a arte acontecia. Artistas e filósofos se reuniam nos cafés literários para debater as mudanças que aconteciam no mundo. Muitos artistas saem de seus países para conhecer essa Paris que fervilhava de novidades.
A própria cidade estava de cara nova, afinal, havia sido reformada e modernizada de acordo com os planos de do Barão Haussmann. A torre Eiffel que parece tão tradicional para nós era uma novidade para eles. Ela havia sido inaugurada em 1889.
Começam a surgir nos jornais, manifestos que revelam as características marcantes das novas vanguardas que surgiam. Assim, o povo começava a se chocar com as novidades e a entender o que elas começavam a ver nas exposições de arte.
Cubismo
Movimento artístico que visa mostrar figuras distorcidas e sem relação com a realidade. A preocupação é em apresentar as relações e não as formas acabadas. O público deve aprender a olhar um objeto sob diversos pontos de vistas, além do tradicional ângulo único.
Cabeça de uma mulher pintada por Picasso
O grande nome dessa vanguarda é o de seu fundador, Pablo Picasso, que gera uma grande repercussão com o quadro Les demoiselles d'Avignon. Outros grandes nomes do cubismo foram Georges Braque e Juan Gris.
Quadro Photograph of the guitar, Juan Gris
Futurismo
Essa vanguarda fazia um culto ao futuro. Tudo o que remetesse à modernidade deveria ser usada nas obras de arte: eletricidade, automóveis, aviões, velocidade, máquinas... Eles queriam romper bruscamente com o passado. Todos os símbolos de uma era anterior e toda a memória deveria ser destruída, mostrando o fascínio que os futuristas tinham pela violência e pela guerra.
Os grandes nomes dessa vanguarda foram Giacomo Balla, Umberto Boccioni, Luigi Russolo, Enrico Prampolini, Nikolay Diulgheroff, Carlo Carrá e Fortunato Depero.
Expressionismo
Esse movimento pregava que a realidade deveria ser compreendida através de expressões. Influenciado pela Primeira Guerra Mundial, ele via o lado sombrio do ser humano, sempre com faces angustiadas e cheias de medo. A realidade distorcida de uma forma grotesca e as cores fortes são outras características marcantes que faziam com que o público reagisse às expressões impactantes marcadas nas obras expressionistas.
Quadro O grito, Edvard Munch
Os grandes nomes do movimento são Edvard Munch – com o famoso quadro O grito –, Van Gogh, Diego Rivera, Marc Chagall, Georges Rouault e Paul Klee.
"Autorretrato", quadro de Van Gogh
Dadaísmo
O Dadá, como é conhecido entre os íntimos, é a vanguarda mais radical e menos compreensível de todas. Ela prega a total falta de lógica, de organização e razão. A espontaneidade era o único elemento permitido.
A obra de arte deveria ser incompreensível, portanto os artistas geralmente usavam objetos encontrados na rua, que foram descartados, para usar em suas obras.
Os grandes nomes do Dadá foram Tristan Tzara, Marcel Duchamp, Hans Arp e Francis Picabia.
Surrealismo
Essa vanguarda valorizava o mundo dos sonhos, das fantasias e da loucura.
Completamente influenciada pela descoberta do inconsciente humano, feita por Freud, ela queria explorar esse terreno tão pouco conhecido na época. Não havia espaço para lógica ou razão. A arte deveria vir da alucinação e do mundo onírico.
mo foram Salvador Dalí, Juan Miró, Giorgio de Chirico e René Magritte.
Móveis de uma sala feitos por Salvador Dalí
Os grandes nomes do surrealis