É muito comum abrir o Spotify e dar uma olhada nas músicas mais ouvidas no momento. Não importa se é a lista das mais populares do mundo ou do Brasil, a certeza que temos é que, predominantemente, as músicas serão sobre o amor.
Pode ser de amor, de sofrência, saudade ou dor de cotovelo, mas elas sempre estão lá. Afinal, o amor é um sentimento universal.
Essa cultura de canções acerca do amor tem origem antiga. Durante a Idade Média, por exemplo, elas já eram as mais pedidas no movimento literário que ficou conhecido como trovadorismo.
No longínquo século XII, a época das grandes invasões havia acabado na Europa. A cidade ressurgia e havia progressos na economia e um ar cultural circulando pelo continente.
Como não havia mais guerras e invasões, não havia mais uma função definida para os cavaleiros, logo, tornou-se indispensável que eles possuíssem um novo ofício.
Essa nova função surgiu por meio das trovas, canções apresentadas à nobreza. Toda a devoção que antes era dedicada aos senhores feudais, agora era dedicada às damas da sociedade. O trovadorismo continuava trazendo uma relação de vassalagem.
Por ser apresentada em forma de canções, era um tipo de literatura oral, com o uso de metros regulares e muitas rimas, uma vez que elas auxiliavam no processo de memorização dos trovadores.
Havia uma submissão explícita à figura de Deus e à dama amada, que era idealizada como um ser de plena perfeição.
O homem era uma figura sofredora e completamente submissa, que se apaixonava por uma mulher perfeita, nobre, bela e, muitas vezes, casada.
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