Os feudos eram unidades produtivas, geralmente fortificadas, onde viviam o senhor feudal, sua família e os servos. O regime de servidão foi o principal tipo de mão de obra utilizado durante a Idade Média e se diferenciava da escravidão pelo fato de os servos não serem considerados mercadorias.
Contudo, os servos tampouco eram trabalhadores assalariados. Eles se dedicavam quase integralmente à produção agrícola e estavam “presos” aos feudos, pois não possuíam terras próprias.
Dessa forma, os senhores cediam parte de suas terras para uso dos servos, que, por sua vez, pagavam diversos tributos ao senhor feudal. Assim, o feudalismo se constituiu em um regime em que parte do trabalho do servo era destinado a sua subsistência, e parte ficava para o senhor feudal.
Entre os principais impostos devidos pelos servos, estavam a corveia, destinação de até três dias de trabalho por semana nas terras do senhor; a mão morta, cobrada para que os filhos de servos que morriam continuassem utilizando as terras ocupadas por seus pais; e as banalidades, imposto cobrado para uso das ferramentas do senhor, como os moinhos.
Além dos impostos, os servos também pagavam o dízimo, contribuição à Igreja, que acumulou grandes poderes durante o período feudal e a Idade Média em geral, por ser uma grande proprietária de terras e pela difusão do cristianismo nesse período.
Os feudos, em geral, apresentavam as seguintes divisões:
- Manso senhorial: onde se encontravam a residência do senhor feudal e sua família, e suas terras, que eram cultivadas pelos servos;
- Manso servil: onde se localizavam as terras utilizadas pelos servos (parte dessa produção também ia para os senhores);
- Manso comunal: constituído pelas terras comuns que abrigavam as ferramentas utilizadas para a produção.
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