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Feudalismo: veja conceito e resumo

História Geral - Manual do Enem
Otávio Spinace Publicado por Otávio Spinace
 -  Última atualização: 27/3/2024

Índice

Introdução

O feudalismo, que estruturou a sociedade e economia da Europa Ocidental durante a Idade Média, se estendeu dos séculos V ao XV. Neste sistema, a terra era o pilar central, influenciando tanto a economia quanto as hierarquias sociais.

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Qual o conceito de feudalismo?

O feudalismo é um termo historiográfico utilizado para descrever o conjunto de práticas políticas, econômicas e sociais predominantes na Europa durante a Idade Média, aproximadamente entre os séculos IX e XV. Este sistema caracterizava-se pela descentralização do poder político, onde o poder estava nas mãos de senhores feudais, detentores de terras, em vez de um governo centralizado.

Contexto histórico do feudalismo

O feudalismo viveu seu auge durante a Alta Idade Média, entre os séculos IX e XI, e se caracterizou pela descentralização política, por isso se manifestou de forma diferente em cada região.

Dessa forma, quando estudamos esse sistema, é necessário destacar que os conceitos apresentados são generalizações para facilitar a compreensão, e que cada caso possui especificidades.

Com o declínio do Império Romano do Ocidente e as invasões bárbaras que o levaram ao fim em 476 d.C., diversos povos de origem germânica se instalaram na Europa. Com o aumento dos conflitos e as dificuldades da vida nas cidades, parte da população passou a procurar abrigo e recursos para subsistência nas áreas rurais.

Em decorrência desse processo, a partir do século IX, onde hoje está localizada a França, teve início um sistema de organização política, econômica e social que posteriormente seria denominado feudalismo.

Principais características do feudalismo

As características principais do feudalismo foram:

  • Descentralização política;
  • Ruralização, ou seja, concentração da população e da produção nas áreas rurais;
  • Estabelecimento de uma rígida hierarquia social;
  • Fortalecimento do cristianismo, com o aumento de sua influência na esfera política e social.

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Estrutura social do feudalismo

De maneira geral, a sociedade feudal era caracterizada por uma estrutura social rígida, que não permitia quase nenhuma mobilidade social. Ou seja, a posição na hierarquia social era determinada pelo nascimento. As três principais ordens na sociedade medieval eram:

  • Clero: composto por membros da Igreja;
  • Nobreza: ocupava um lugar privilegiado na sociedade medieval e era formada pelos grandes proprietários de terra, chamados de cavaleiros e senhores feudais;
  • Povo: na base da pirâmide social, estavam os servos, principal força de trabalho nos feudos, que destinavam a maior parte de sua produção aos senhores. Também existiam os vilões, trabalhadores pobres que viviam nas vilas, e escravos, em menor número, geralmente ligados às atividades domésticas.

As relações sociais predominantes nessa estrutura eram chamadas de feudo-vassálicas. O surgimento dos senhores feudais se deu a partir de relações entre suseranos e vassalos.

Nesse tipo de relação, um suserano (o maior deles era o rei), grande senhor de terras, “doava” um pedaço de suas terras para outro membro da nobreza, que passava a ser seu vassalo. Por sua vez, o vassalo lhe retribuía com proteção militar. Após receber a terra, ou feudo, o vassalo se tornava um senhor feudal, exercendo poderes quase absolutos sobre sua propriedade.

Por isso o feudalismo é caracterizado como um sistema político descentralizado. Embora os reis continuassem a existir durante todo o período da Idade Média, seu poder se tornou reduzido, em especial dentro dos feudos.

Veja mais: O que é aristocracia?

O que eram os feudos?

Os feudos eram unidades produtivas, geralmente fortificadas, onde viviam o senhor feudal, sua família e os servos. O regime de servidão foi o principal tipo de mão de obra utilizado durante a Idade Média e se diferenciava da escravidão pelo fato de os servos não serem considerados mercadorias.

Contudo, os servos tampouco eram trabalhadores assalariados. Eles se dedicavam quase integralmente à produção agrícola e estavam “presos” aos feudos, pois não possuíam terras próprias.

Dessa forma, os senhores cediam parte de suas terras para uso dos servos, que, por sua vez, pagavam diversos tributos ao senhor feudal. Assim, o feudalismo se constituiu em um regime em que parte do trabalho do servo era destinado a sua subsistência, e parte ficava para o senhor feudal.

Entre os principais impostos devidos pelos servos, estavam a corveia, destinação de até três dias de trabalho por semana nas terras do senhor; a mão morta, cobrada para que os filhos de servos que morriam continuassem utilizando as terras ocupadas por seus pais; e as banalidades, imposto cobrado para uso das ferramentas do senhor, como os moinhos.

Além dos impostos, os servos também pagavam o dízimo, contribuição à Igreja, que acumulou grandes poderes durante o período feudal e a Idade Média em geral, por ser uma grande proprietária de terras e pela difusão do cristianismo nesse período.

Os feudos, em geral, apresentavam as seguintes divisões:

  • Manso senhorial: onde se encontravam a residência do senhor feudal e sua família, e suas terras, que eram cultivadas pelos servos;
  • Manso servil: onde se localizavam as terras utilizadas pelos servos (parte dessa produção também ia para os senhores);
  • Manso comunal: constituído pelas terras comuns que abrigavam as ferramentas utilizadas para a produção.

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Quando foi o fim do feudalismo?

A partir do século XI, esse modelo começou a entrar em crise, entre outros motivos, pela dinamização do comércio nas cidades, que provocou o renascimento urbano e a ascensão da burguesia, uma nova camada social ligada às atividades comerciais.

Com o crescimento populacional do período, as condições de vida no feudo se tornaram mais difíceis, e as cidades passaram a atrair as pessoas. As péssimas condições, aliadas à exploração promovida pelos senhores feudais, também provocaram uma série de revoltas camponesas, que enfraqueceram o poder dos senhores.

Cabe destacar que durante a Idade Média, as cidades continuaram existindo, assim como o comércio, porém, perderam espaço para a sociedade feudal, baseada na produção agrícola para subsistência.

Com o declínio do feudalismo, a centralização política e a formação dos Estados nacionais se consolidaram no Antigo Regime. Contudo, algumas características do sistema feudal permaneceram presentes na sociedade europeia durante os séculos seguintes, como a servidão.

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Resumo sobre o feudalismo

O feudalismo foi um sistema socioeconômico e político que dominou a Europa durante a Idade Média, marcado pela descentralização do poder e pela economia baseada na agricultura. Neste sistema, a terra era a principal fonte de riqueza e poder, dividida entre senhores feudais que detinham grandes extensões de terra. Esses senhores concediam porções de terra (feudos) a vassalos em troca de lealdade, serviços militares e outras obrigações.

A sociedade era estratificada, com uma clara distinção entre nobres, clero e camponeses, estes últimos frequentemente vivendo em condições de servidão, atados à terra e obrigados a prestar serviços e pagar tributos aos seus senhores.

O sistema feudal também era caracterizado por relações pessoais de vassalagem e suserania, nas quais a lealdade e os deveres militares eram fundamentais. A economia feudal era predominantemente agrária, com a maior parte da população vivendo no campo e dependendo da agricultura para sobrevivência. O comércio e as cidades começaram a reviver e crescer apenas no final da Idade Média, contribuindo para o declínio do feudalismo e o surgimento de estados nacionais mais centralizados.

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UFPA

Nas relações de suserania e vassalagem dominantes durante o feudalismo europeu, é possível observar que:

A a servidão representou, sobretudo na França e na península Ibérica, um verdadeiro renascimento da escravidão conforme existia na Roma imperial.
B os suseranos leigos, formados pela grande nobreza fundiária, distinguiam juridicamente os servos que trabalhavam nos campos dos que produziam nas cidades.
C mesmo dispondo de grandes propriedades territoriais, os suseranos eclesiásticos não mantinham a servidão nos seus domínios, mas sim o trabalho livre.
D o sistema de impostos incidia de forma pesada sobre os servos. O imposto da mão morta, por exemplo, era pago pelos herdeiros de um servo que morria para que continuassem nas terras pertencentes ao suserano.
E as principais instituições sociais que sustentavam as relações entre senhores e servos eram de origem muçulmana, oriundos da longa presença árabe na Europa Ocidental.
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