Veja as frases a seguir:
“O carteiro entregou a encomenda.”
Nessa frase, temos um verbo. A forma verbal “entregou” tem como complemento “a encomenda”, e a ligação entre esses elementos é feito de forma direta, isto é, sem a necessidade de preposição. Por isso, em relação à transitividade verbal, trata-se de um verbo transitivo direto e, consequentemente, “a encomenda” é objeto direto (OD).
“Gosto de chocolate.”
Nesse exemplo, a forma verbal “gosto” tem como complemento “chocolate”. No entanto, para que essas duas ideias sejam ligadas adequadamente, é necessário usar uma preposição (nesse caso, “de”). Assim, tem-se um verbo transitivo indireto, que é complementado por um objeto indireto (OI).
“Fui à escola, busquei minha irmã e, em seguida, entreguei os livros à Maria.”
Na frase acima, tem-se três verbos destacados. Veja como eles se classificam em relação a sua transitividade. A primeira forma verbal, “fui”, é complementada por “à escola”, ou seja, por um termo introduzido por preposição, também chamado de objeto indireto. Isso acontece porque a transitividade do verbo “ir” exige que uma preposição (“a”, no caso) ligue o verbo ao seu complemento.
A segunda forma verbal, “busquei”, por outro lado, está diretamente conectada com seu complemento, “minha irmã”, ou seja, não há a necessidade de uma preposição que ligue as duas ideias. Por isso, trata-se de um verbo transitivo direto e de um objeto direto.
Por fim, a última forma verbal, “entreguei”, apresenta dois complementos distintos: “os livros” e “à Maria”. Nesse caso, o complemento “os livros” liga-se ao verbo sem que ocorra preposição e, por isso, é chamado de objeto direto. O complemento “à Maria”, por sua vez, é introduzido pela preposição “a”, portanto, sua classificação é de objeto indireto. Se o mesmo verbo apresenta tanto objeto direto quanto objeto indireto, ele deve ser classificado como bitransitivo ou, ainda, transitivo direto e indireto.