Escola Construir

"Nossa experiência de 4 meses na Escola Construir, localizada na Luís Afonso, foi extremamente negativa. Acreditamos que a linha pedagógica adotada pela instituição não apenas é inadequada, mas também desatualizada e prejudicial ao desenvolvimento saudável das crianças. Observamos práticas que consideramos violentas, como castigos, broncas, ameaças e gritos, que não condizem com uma educação respeitosa e não punitiva. Em uma ocasião específica, presenciei a coordenadora pedagógica dizendo às crianças do jardim que não poderiam ir ao pátio se não se sentassem no refeitório. Esta é claramente uma atitude punitiva, violando os direitos das crianças conforme estabelecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A tentativa de suavizar a situação afirmando que estava "brincando" é inaceitável, pois crianças pequenas não têm a capacidade de distinguir claramente entre brincadeiras e ameaças, o que pode causar confusão e medo. Nosso filho de 4 anos foi repreendido de forma dura por evacuar na calça devido a uma diarreia, uma situação que claramente exigia compreensão e empatia, não bronca. Além disso, ele foi colocado de castigo por brincar de lutinha com os amigos, e já ouvimos relatos de meninas que ficaram de castigo por descascar a parede. Passando em frente à escola em horarios fora da entrada e saída, é comum ouvir gritos das professoras com as crianças, o que reflete uma abordagem pedagógica agressiva e desrespeitosa. Nossa decisão de retirar nosso filho da escola foi confirmada após uma reunião com a diretora. Durante essa reunião, ela mencionou que orientou uma professora a não permitir que uma criança realizasse uma atividade como punição pelo atraso dos pais, afirmando que isso faria com que os pais "sentissem na pele". Essa lógica de punir a criança por algo fora de seu controle é um completo absurdo. A escola deveria valorizar o esforço e as conquistas das crianças, tratando questões de pontualidade diretamente com os pais de maneira privada e respeitosa. Infelizmente, soubemos por outros pais que esses incidentes não são isolado e que quando questionada, a escola responde que os relatos das crianças são mentirosos, evitando assumir a responsabilidade pelos problemas. Também enfrentamos uma situação alarmante quando nosso filho teve uma otite e seu ouvido começou a vazar ainda pela manhã. A escola só nos comunicou à tarde, deixando-o com o ouvido tamponado por horas. Durante o período de adaptação, presenciei um bebê andando sozinho pelo corredor, caindo de um degrau e batendo a cabeça. Eu mesma precisei socorrê-lo, já que a professora não notou sua ausência. Além disso, percebemos uma clara falta de cuidadoras em relação ao número alto de crianças. A ausência de professoras na sala a partir das 17h, quando estão ajudando na recepção, é inaceitável. Esses problemas refletem uma falta de atenção e cuidado que compromete a segurança e o bem-estar das crianças. A escola se promove como uma instituição sócio-interacionista, mas, na prática, suas ações contradizem totalmente os princípios dessa abordagem. O sócio-interacionismo, baseado nas ideias de Vygotsky, enfatiza a importância das interações sociais no desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, valorizando o diálogo e a construção conjunta de conhecimento. Em contraste, o behaviorismo, uma abordagem ultrapassada e inadequada para os dias de hoje, se baseia no controle e na punição para moldar comportamentos, ignorando a complexidade dos processos de aprendizado e o respeito às individualidades. Ao aplicar práticas coercitivas e punitivas, a Escola Construir revela uma orientação muito mais alinhada ao behaviorismo do que ao sócio-interacionismo. Nossa experiência com a Escola Construir foi profundamente decepcionante e preocupante. Não recomendamos esta instituição para famílias que buscam uma educação baseada no respeito, na empatia e na construção de um ambiente seguro e acolhedor para suas crianças."

"Escola muito acolhedora!"