Ricardo Peagno Emei

"Meu filho hoje tem 14 anos. 10 anos se passaram para que ele conseguisse me contar tudo aquilo que viveu com a professora Rita. Na época eram pequenos comentários, ele tinha 4 aninhos dizia que a professora o deixava de castigo em todos os recreios. Fui até a escola para entender o comportamento do meu filho e para a minha surpresa a direção informou que ELE NÃO ESTAVA ENTENDENDO POIS AQUILO NÃO ERA CASTIGO, PORÉM NÃO ESTAVAM USANDO A ÁREA ABERTA DEVIDO AO TEMPO MAIS FRIO. Em casa questionei meu filho e ele falou que não, que todos brincavam normalmente é somente ele tinha que ficar lá sentado. Se fosse por mal comportamento eu teria sido informada. Em outro momento apareci de surpresa e quis ver como estava na sala de aula, meu filho ao me ver chorou, disse que ficou emocionado, eu o abracei e disse que passei para dar um beijinho. Queria ver o comportamento da professora em questão. Ela me recebeu aos sorrisos, me apresentou a sala, e fui para casa. Naquela tarde ao voltar para casa meu filho disse que assim que sai da sala a professora falou “para de frescura e vai fazer sua lição”. Comecei a questionar a direção sobre esse comportamento é sempre me era dito o mesmo, “seu filho era acostumado com uma professora mais tranquila, de fala baixa… isso está acontecendo pq ele não está acostumado com o ritmo da professora que fala mais alto e é mais “agitada”. Na excursão da escola que foi paga, ele ficou de castigo também. O motivo? Pq conversou com o colega. Sim! A criança de 4 anos ficou de castigo sentada durante toda a excursão pq conversou com o colega. Minha avaliação é um alerta. Ao menor sinal de qualquer tipo de violência, não permitam que seus filhos vivenciem esse trauma. 10 anos se passaram, hoje lidamos com crises de ansiedade, dificuldade em aprendizagem, introspecção….. É uma luta diária Fica aqui o meu alerta e também o meu desabafo."