Catapora em bebê: sintomas, tratamento e prevenção

Geralmente, a transmissão ocorre através do contato com a saliva, com a pele ou com secreções da pessoa infectada.

Apesar da coceira e do desconforto causado, a catapora em bebê não costuma gerar complicações mais severas, mas requer cuidado e bastante paciência. Ela também pode ser combatida por meio de vacinas específicas.

Neste artigo, você vai ver: 

• Como saber se o bebê está com catapora?

• O que é bom para catapora em bebê?

• O que pode ser confundido com catapora?

• Tem vacina contra catapora?

Se você quer saber mais sobre catapora em bebê, continue até o final deste conteúdo e boa leitura!

Como saber se o bebê está com catapora?

Os sintomas da catapora em bebê incluem manchas vermelhas e bolhas pelo corpo, coceira, febre, perda de apetite, mal estar, dor de cabeça e fadiga. 

Geralmente, a doença dura entre 10 e 14 dias, necessitando de acompanhamento médico e uso de medicamentos específicos para alívio do desconforto na criança.

Para identificar se um bebê está com catapora, é importante observar os sinais típicos da doença citados acima e buscar ajuda do pediatra. O diagnóstico da catapora em bebê é feito por meio do exame clínico em que o médico avalia as erupções na pele para confirmar ou não a infecção por catapora.

Em alguns casos de catapora em bebê, o profissional de saúde poderá solicitar exames laboratoriais, como exame de sangue ou uma cultura de lesão, para confirmar o diagnóstico de catapora em bebê. 

Outra medida adotada pelos pediatras é verificar se o calendário de vacina da criança está em dia de forma a prevenir outras doenças.

Durante o tratamento da catapora em bebê, é importante manter a criança afastada, especialmente de outros bebês não vacinados, para evitar a propagação da doença. 

Nesse contexto, pais e cuidadores não devem mandar a criança para a creche ou escolinhas durante o tratamento da catapora. As brincadeiras nas áreas comuns de condomínios e brinquedotecas também precisam ser evitadas nesse período.

O que é bom para catapora em bebê?

Para aliviar os sintomas da catapora em bebê, é essencial adotar cuidados específicos e consultar um pediatra. Manter a pele do bebê fresca e hidratada é fundamental nos primeiros dias.

Banhos mornos com aveia coloidal ou bicarbonato de sódio podem ajudar a aliviar a coceira, enquanto cremes tópicos recomendados pelo médico também são úteis. Além disso, para controlar a febre, medicamentos como paracetamol ou ibuprofeno podem ser indicados, sempre seguindo as orientações do pediatra. 

Manter o bebê bem hidratado e confortável, com roupas leves e ambiente fresco, também é crucial para o bem-estar do pequeno.

Outra dica fundamental é evitar que o bebê coce as lesões para prevenir infecções secundárias. Sendo assim, cortar as unhas e manter a pele limpa pode ajudar bastante durante a fase de recuperação da doença. 

Como a catapora é contagiosa, é necessário manter o bebê isolado de outras crianças, especialmente aquelas não vacinadas. 

Seguir essas recomendações e manter uma comunicação constante com o pediatra garantirá o melhor cuidado e recuperação para o bebê.

O que pode ser confundido com catapora?

Várias doenças e condições podem ser facilmente confundidas com a catapora em bebê, devido a semelhanças nos sintomas ou nas erupções cutâneas. Nesses casos, as doenças mais comuns são:

• Sarampo: O sarampo apresenta erupções cutâneas semelhantes, mas estas geralmente começam no rosto e se espalham para o corpo. É acompanhado por febre alta, tosse, coriza e conjuntivite, o que ajuda a diferenciá-lo da catapora.

• Rubéola: A rubéola também causa erupções cutâneas, mas essas são menores e menos intensas. A rubéola é geralmente acompanhada por febre baixa e linfadenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos).

• Eczema (Dermatite Atópica): O eczema pode causar erupções vermelhas e coceira na pele, mas as lesões tendem a ser secas e menos bolhosas em comparação com a catapora. Além disso, o eczema geralmente aparece em áreas específicas, como dobras da pele.

• Impetigo: Esta é uma infecção bacteriana que causa erupções cutâneas vermelhas e crostas douradas. As lesões do impetigo são frequentemente mais crostosas e não apresentam as bolhas características da catapora.

• Miliária (Brotoejas): O suor preso sob a pele causa miliária, que se manifesta como pequenas erupções vermelhas, frequentemente localizadas em áreas quentes ou suadas. Diferentemente da catapora, as brotoejas não apresentam bolhas.

• Herpes Simples: O herpes simples pode causar lesões semelhantes às bolhas da catapora, mas geralmente ocorre em áreas específicas, como ao redor da boca (herpes labial) ou genitais, e não se espalha por todo o corpo.

• Herpes Zoster (Cobreiro): Causado pelo mesmo vírus da catapora, o herpes zoster geralmente se apresenta como uma erupção em faixa, unilateral, e é mais comum em adultos, especialmente aqueles que tiveram catapora anteriormente.

Tem vacina contra catapora?

Felizmente, a “vacina catapora” existe e está disponível de forma gratuita nas unidades de saúde de todo o Brasil. A vacina de catapora, também chamada de vacina contra a varicela, é extremamente segura, eficaz, bem tolerada e com poucas reações adversas. 

Os efeitos colaterais mais comuns são dor local ou febre leve, que podem ser minimizados com analgésicos indicados pelo pediatra. 

Como foi dito, o objetivo principal da vacina para catapora é proteger a criança contra a infecção causada pelo vírus varicela-zóster, responsável pela doença.

Vacina catapora: como é o esquema de doses e a eficácia?

• Primeira dose da vacina catapora: geralmente administrada entre 12 e 15 meses de idade.

• Segunda dose vacina catapora: Recomendada entre 4 e 6 anos de idade. Pode ser administrada até 3 meses após a primeira dose, mas é comumente dada na rotina de vacinação escolar.

Vale destacar que a vacinação contra a catapora é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA. Para informações específicas sobre a vacina e o calendário de vacinação, consulte o pediatra ou o serviço de saúde local.

“A eficácia para primeira dose é de cerca de 80%, sendo que quem adquirir a catapora tendo tomado uma dose, raramente vai ter complicações. Já depois da segunda dose, a eficácia é de 95% para as cataporas comuns e perto dos 100% para os casos mais graves da catapora, como a varicela hemorrágica, que é raríssima, atingindo cerca de 1 pessoa em cada 1 milhão”, afirmou o presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, em entrevista à Revista Crescer.

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