Publicados anualmente, os rankings universitários internacionais avaliam o desempenho de diversas universidades ao redor do mundo e permitem a comparação entre elas, com base em diversos indicadores.
Essas classificações globais podem servir para as instituições analisarem em quais fatores têm resultados melhores ou piores e se os seus investimentos em certas áreas estão dando retornos. Além disso, oferecem uma visão das universidades para os estudantes que ainda estão indecisos onde desejam estudar.
Como cada ranking utiliza critérios específicos para fazer a avaliação, é importante entender a metodologia de cada um e consultá-los levando em consideração os itens determinantes para atingir as suas metas educacionais, como foco em pesquisas, excelência do corpo docente ou reputação no mercado de trabalho.
Veja abaixo quais são os métodos adotados pelos três principais rankings acadêmicos mundiais e como estão posicionadas as universidades brasileiras:
Ensino: analisa o ambiente de aprendizagem, o que inclui a reputação da universidade, o número de funcionários em relação ao número de estudantes, a taxa de doutores lecionando, a proporção de doutorados concedidos a acadêmicos e o investimento institucional. Corresponde a 30% da pontuação;
Pesquisa: considera o número de pesquisas feitas, sua importância e o dinheiro destinado ao seu desenvolvimento. Representa 30% da nota geral;
Citações: verifica a influência das pesquisas, analisando o papel das instituições na disseminação de novos conhecimento e ideias. O indicador captura o número médio de vezes que o trabalho publicado é citado por acadêmicos globalmente. Equivale 30% da pontuação;
Internacionalidade: leva em conta a quantidade de alunos e funcionários estrangeiros e o número de pesquisas com, pelo menos, um colaborador internacional. Corresponde a 7,5% da nota;
Impacto na indústria: avalia a capacidade da universidade em ajudar a indústria com inovações, invenções e consultoria. Representa 2,5% da pontuação.
10 primeiras universidades brasileiras no ranking mundial 2019 do THE
Além dessa classificação mundial, o THE publica uma série de rankings regionais e temáticos, usando as mesmas métricas de desempenho. Um exemplo é o ranking de melhores universidades da América Latina. Nessa classificação, somente os pesos atribuídos para cada indicador são diferentes a fim de “refletir as características das universidades da região”. Em 2019, foram avaliadas 150 instituições em 12 países.
Outro ranking bastante conhecido e respeitado é o QS World University Rankings, feito pela consultoria britânica especializada em educação superior Quacquarelli Symonds(QS).
Nele, são avaliadas mais de 1.600 universidades no mundo todo usando seis indicadores: reputação acadêmica, reputação entre empregadores, proporção de professor para estudante, citações científicas, número de estudantes estrangeiros e corpo docente internacional. Uma ferramenta interativa no site do QS permite verificar as melhores instituições avaliadas em cada um desses pilares.
O QS também publica classificações regionais e por áreas de disciplinas. Confira as métricas do ranking mundial da consultoria:
Reputação acadêmica: reúne as opiniões de mais de 94 mil especialistas do ensino superior em relação à qualidade do ensino e da pesquisa nas universidades. Equivale ao maior percentual da nota, 40% no total;
Reputação entre empregados: baseia-se em quase 45 mil respostas de empregadores, que indicam as instituições de ensino em que seus funcionários graduados mais competentes, inovadores e eficazes estudaram. Corresponde a 10%;
Proporção de professor para estudante: avalia o número de professores por aluno e representa 20% da pontuação. Segundo o QS é o indicador mais eficaz para medir a qualidade de ensino;
Citações: calcula o total de citações recebidas por todos os trabalhos produzidos por uma universidade no período de cinco anos e divide pelo número de docentes dela. Todos os dados de citações são obtidos pelo Scopus, da Elsevier, banco de dados de periódicos acadêmicos. Equivale a 20% da nota;
Estudantes e docentes internacionais: considera o número de docentes e de estudantes do exterior que vieram atuar ou estudar na instituição. “Isso sugere que a universidade possui uma forte marca internacional.” Cada uma das taxas corresponde a 5% da pontuação geral.
10 primeiras universidades brasileiras no ranking mundial 2020 do QS
Já o Academic Ranking of World Universities (ARWU), publicado pela consultoria chinesa Shanghai Ranking Consultancy, avalia mais de 1.500 universidades e publica as 500 melhores no site da classificação.
Qualidade da educação: considera o número de ex-alunos ganhadores do Prêmio Nobel e medalhas Fields. Equivale a 10% da nota;
Qualidade do corpo docente: verifica o número de funcionários da instituição ganhadores do Prêmio Nobel em Física, Química, Medicina e Economia e de medalhas Fields em Matemática. Também é observado os pesquisadores citados em 21 categorias de assuntos gerais. Somados, os dois fatores correspondem a 40% da pontuação;
Publicações: observa o número de publicações nas revistas científicas Nature e Science em um determinado período. Além disso, calcula o número de artigos indexados no Science Citation Index – Expanded e Social Sciences Citation Index. Ambos quesitos representam 40%;
Desempenho per capita: leva em conta o desempenho per capita em relação ao tamanho da instituição. Vale 10% da nota.
5 universidades brasileiras no ranking mundial 2018 do ARWU*
Nome
Posição
Universidade de São Paulo (USP)
151-200
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
301-400
Universidade Estadual Paulista (UNESP)
301-400
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
301-400
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
401-500
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
401-500
*Somente cinco universidades brasileiras apareceram no TOP 500 do ranking.