
Quando será a prova do Enamed 2025?
Natália Plascak | 23/04/25Veja quando será a prova do Enamed 2025, exame criado pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar a qualidade da formação dos estudantes de Medicina.
Muitos vestibulandos, no período em que devem escolher o curso para sua formação profissional, ficam muito confusos com a semelhança entre algumas áreas.
Quem se identifica com a área de comunicação, na maioria das vezes, se depara com cursos como Relações Públicas e Jornalismo, que dividem certos espaços no mercado de trabalho.
Para entender melhor as diferenças, tanto dos cursos quanto dessas profissões, a Revista Quero conversou com as coordenadoras dos cursos de Relações Públicas e de Jornalismo da faculdade Cásper Líbero, Patrícia Salvatori e Helena Jacob, respectivamente.
Ficou curioso? Então confira!
Relações Públicas é a ciência do planejamento estratégico da comunicação organizacional. Ela foca na imagem pública, positiva e na formação da identidade de uma empresa/organização. Por meio das pesquisas e auditorias, os relações-públicas realizam ações de relacionamento entre a instituição e seus públicos.
A partir da percepção do ambiente, o profissional de RP é capaz de elaborar estratégias e táticas de comunicação. Ele é apto para atuar na comunicação interna, relacionamento com a imprensa, gestão de imagem e gerenciamento de crises, comunicação política e pública, eventos, comunicação voltada à responsabilidade social corporativa e de estruturar uma mobilização social. Ver mais…
O jornalismo, no entanto, é a ciência do ouvir, observar e contar histórias. Vai além de registrar fatos, é registrar sentimentos e emoções nas mais diversas situações. Para a coordenadora Helena, o jornalista conta as histórias derivadas das relações humanas.
Esses profissionais são preparados para coletar, investigar, escrever, editar, administrar conteúdo; fazem a promoção de contatos entre organizações e imprensa e publicam informações, registrando fatos jornalísticos. Tendo, contudo, o dever de cumprir com a verdade e com a precisão da informação.
“O perfil de um jornalista deve ser uma pessoa curiosa, detalhista (até um pouco obsessiva) e que não tenha pudores de investigar e descobrir. Já o relações-públicas procura fazer mediações entre públicos e empresas e tem que ser mais cuidadoso, pois o seu principal bem é o relacionamento”, explica a coordenadora de Jornalismo. Ver mais…
As agências e áreas de comunicação das organizações costumam ter equipes mistas, com profissionais de Relações Públicas, Jornalismo, Publicidade, Design, entre outros. Isso proporciona ambientes abertos às diferentes percepções e habilidades, aumentando o potencial de criatividade e inovação.
“Acredito muito na comunicação integrada e acho estranho falarmos em divisão de áreas. Considero a integração entre Jornalismo e RP, assim como os profissionais de Publicidade e Propaganda e dos profissionais de Rádio e TV (que auxiliam os jornalistas nas narrativas ficcionais e com a produção e direção das ações de comunicação), totalmente positiva. Inclusive, eu a incentivo bastante”, afirma Helena.
Restringindo-se a essas áreas, RP e Jornalismo, Patrícia afirma que “as áreas se complementam no ambiente corporativo: os jornalistas, com suas apurações técnicas, produção de conteúdos, e os relações-públicas cooperam com suas habilidades de relacionamento com os públicos e estratégias sobre as organizações”.
“O jornalista encontra um mercado de trabalho amplo e, ao mesmo tempo, altamente competitivo”, Patrícia Salvatori.
Patrícia conta que, “cada vez mais, as assessorias de imprensa e a comunicação empresarial oferecem um volume crescente de oportunidades de trabalho para esses profissionais. Com isso, podemos notar atividades que se completam e potencializam suas qualidades, conforme há uma interação”.
De acordo com a pesquisa publicada no Anuário de Comunicação Corporativa 2017, as agências de comunicação corporativa faturaram R$ 2,5 bilhões em 2016. Em 2001, eram R$ 500 milhões, em valores atualizados. A comunicação se tornou peça fundamental para as corporações, com o papel de decifrar ameaças e oportunidades.
O mercado reconhece o valor das Relações Públicas e sua efetiva atuação no campo da comunicação organizacional. Com isso, contribuiu de forma crucial para o cenário com maior e melhor inserção da economia brasileira no mercado mundial ao adotar princípios de governança corporativa que, em sua essência, são promovidas pela necessidade de comunicação e relacionamento com os públicos de interesse.
“Temos que ser cada vez mais empreendedores.”
Helena Jacob
Para Helena, o mercado é farto em oportunidades desde que o jornalista hoje não se apegue mais apenas à mídia tradicional. “É preciso estar aberto a novos formatos, entender e praticar o empreendedorismo, criar a própria marca e focar bastante no que sabemos fazer de melhor: produzir conteúdo contando histórias e construindo narrativas”. Não é um mercado fácil e a tendência é que o número de profissionais formalmente contratados em regime CLT continue diminuindo. Mas há oportunidades em muitas áreas.
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