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Qual a diferença entre Jornalismo e Relações Públicas?

Entenda qual a diferença entre os cursos de Relações Públicas e Jornalismo, mercado de trabalho e áreas de atuação para essas duas profissões.

diferença entre Jornalismo e Relações Públicas

Muitos vestibulandos, no período em que devem escolher o curso para sua formação profissional, ficam muito confusos com a semelhança entre algumas áreas.

Quem se identifica com a área de comunicação, na maioria das vezes, se depara com cursos como Relações Públicas e Jornalismo, que dividem certos espaços no mercado de trabalho.

Para entender melhor as diferenças, tanto dos cursos quanto dessas profissões, a Revista Quero conversou com as coordenadoras dos cursos de Relações Públicas e de Jornalismo da faculdade Cásper Líbero, Patrícia Salvatori e Helena Jacob, respectivamente.

Ficou curioso? Então confira!

Relações Públicas

Relações Públicas é a ciência do planejamento estratégico da comunicação organizacional. Ela foca na imagem pública, positiva e na formação da identidade de uma empresa/organização. Por meio das pesquisas e auditorias, os relações-públicas realizam ações de relacionamento entre a instituição e seus públicos.

A partir da percepção do ambiente, o profissional de RP é capaz de elaborar estratégias e táticas de comunicação. Ele é apto para atuar na comunicação interna, relacionamento com a imprensa, gestão de imagem e gerenciamento de crises, comunicação política e pública, eventos, comunicação voltada à responsabilidade social corporativa e de estruturar uma mobilização social. Ver mais…

Jornalismo

O jornalismo, no entanto, é a ciência do ouvir, observar e contar histórias. Vai além de registrar fatos, é registrar sentimentos e emoções nas mais diversas situações. Para a coordenadora Helena, o jornalista conta as histórias derivadas das relações humanas.

Esses profissionais são preparados para coletar, investigar, escrever, editar, administrar conteúdo; fazem a promoção de contatos entre organizações e imprensa e publicam informações, registrando fatos jornalísticos. Tendo, contudo, o dever de cumprir com a verdade e com a precisão da informação.

O perfil de um jornalista deve ser uma pessoa curiosa, detalhista (até um pouco obsessiva) e que não tenha pudores de investigar e descobrir. Já o relações-públicas procura fazer mediações entre públicos e empresas e tem que ser mais cuidadoso, pois o seu principal bem é o relacionamento”, explica a coordenadora de Jornalismo. Ver mais…

Integração das profissões

As agências e áreas de comunicação das organizações costumam ter equipes mistas, com profissionais de Relações Públicas, Jornalismo, Publicidade, Design, entre outros. Isso proporciona ambientes abertos às diferentes percepções e habilidades, aumentando o potencial de criatividade e inovação.

“Acredito muito na comunicação integrada e acho estranho falarmos em divisão de áreas. Considero a integração entre Jornalismo e RP, assim como os profissionais de Publicidade e Propaganda e dos profissionais de Rádio e TV (que auxiliam os jornalistas nas narrativas ficcionais e com a produção e direção das ações de comunicação), totalmente positiva. Inclusive, eu a incentivo bastante”, afirma Helena.

Restringindo-se a essas áreas, RP e Jornalismo, Patrícia afirma que “as áreas se complementam no ambiente corporativo: os jornalistas, com suas apurações técnicas, produção de conteúdos, e os relações-públicas cooperam com suas habilidades de relacionamento com os públicos e estratégias sobre as organizações”.

“O jornalista encontra um mercado de trabalho amplo e, ao mesmo tempo, altamente competitivo”, Patrícia Salvatori.

Patrícia conta que, “cada vez mais, as assessorias de imprensa e a comunicação empresarial oferecem um volume crescente de oportunidades de trabalho para esses profissionais. Com isso, podemos notar atividades que se completam e potencializam suas qualidades, conforme há uma interação”.

Mercado de trabalho

De acordo com a pesquisa publicada no Anuário de Comunicação Corporativa 2017, as agências de comunicação corporativa faturaram R$ 2,5 bilhões em 2016. Em 2001, eram R$ 500 milhões, em valores atualizados. A comunicação se tornou peça fundamental para as corporações, com o papel de decifrar ameaças e oportunidades.

O mercado reconhece o valor das Relações Públicas e sua efetiva atuação no campo da comunicação organizacional. Com isso, contribuiu de forma crucial para o cenário com maior e melhor inserção da economia brasileira no mercado mundial ao adotar princípios de governança corporativa que, em sua essência, são promovidas pela necessidade de comunicação e relacionamento com os públicos de interesse.

“Temos que ser cada vez mais empreendedores.”
Helena Jacob

Para Helena, o mercado é farto em oportunidades desde que o jornalista hoje não se apegue mais apenas à mídia tradicional. “É preciso estar aberto a novos formatos, entender e praticar o empreendedorismo, criar a própria marca e focar bastante no que sabemos fazer de melhor: produzir conteúdo contando histórias e construindo narrativas”. Não é um mercado fácil e a tendência é que o número de profissionais formalmente contratados em regime CLT continue diminuindo. Mas há oportunidades em muitas áreas.

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Vale destacar que as mesmas condições que favoreceram a expansão da economia brasileira nos últimos 15 anos foram responsáveis, também, pela vinda da maior parte das agências internacionais de Relações Públicas ao Brasil, seja atuando diretamente por meio de escritórios próprios ou em parceria com as agências nacionais. Tal contexto consolidou o aquecimento do mercado de trabalho para o profissional da área, como explicou a coordenadora Patrícia.

Áreas de atuação

Jornalismo

  • Produção de conteúdo (para qualquer mídia);
  • Comunicação corporativa: revistas customizadas, assessoria de imprensa, branded content;
  • Apresentação e produção de programas de audiovisual e radiofônicos de cunho jornalístico;
  • Editor, redator e repórter (em qualquer mídia);
  • Escritor.

Relações Públicas

  • Agências de comunicação, eventos e conteúdo (inclusive digital);
  • Assessorias de imprensa;
  • Endomarketing;
  • Comunicação integrada em órgãos públicos, empresas, terceiro setor e consultorias de imagem;
  • Planejamento estratégico em comunicação;
  • Pesquisa de opinião pública em institutos de pesquisa;
  • Relações com a comunidade e gestão de projetos do terceiro setor;
  • Relações públicas no meio digital (redes sociais e novas mídias).

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