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Negócios

Governança corporativa: o que é e por que importa

Saiba o que é governança corporativa, conheça seus princípios e entenda por que ela é essencial para o sucesso das empresas

No mundo dos negócios, o termo “governança corporativa” tem ganhado espaço em discussões sobre crescimento sustentável, responsabilidade e competitividade.

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Em linhas gerais, trata-se de um sistema que orienta como uma organização é dirigida, monitorada e incentivada, com foco no equilíbrio entre os interesses dos sócios, da empresa e da sociedade.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), esse sistema é composto por princípios, regras, estruturas e processos que têm como objetivo gerar valor de forma sustentável. 

Mais do que uma estrutura organizacional, é uma prática que influencia diretamente na forma como as decisões estratégicas são tomadas, como os riscos são gerenciados e como a confiança é construída com o mercado e com a sociedade.

Entendendo o conceito de governança corporativa

O conceito de governança corporativa evoluiu ao longo dos anos, se tornando mais complexo à medida que as empresas passaram a lidar com expectativas maiores da sociedade. 

Na atualidade, não se trata apenas de atender à legislação ou prestar contas aos acionistas. Governar bem é também considerar impactos ambientais, sociais e reputacionais nas decisões do dia a dia.

Segundo o 6º Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do IBGC, governança corporativa é:

“um sistema formado por princípios, regras, estruturas e processos pelo qual as organizações são dirigidas e monitoradas, com vistas à geração de valor sustentável para a organização, para seus sócios e para a sociedade em geral”. 

Ou seja, a governança corporativa é uma maneira de garantir que todos os envolvidos com a empresa atuem de forma ética, transparente e responsável, pensando no longo prazo.

Esse sistema promove o alinhamento entre os interesses de diferentes partes — como investidores, gestores, colaboradores e clientes — e busca criar uma base sólida de confiança, essencial para o bom desempenho de qualquer organização, seja ela privada, pública ou do terceiro setor.

Princípios fundamentais da governança corporativa

A base da governança corporativa está em cinco princípios essenciais definidos pelo IBGC. Esses pilares orientam comportamentos, decisões e estruturas dentro das organizações, ajudando a construir uma cultura de confiança e integridade. 

Quando bem aplicados, esses fundamentos fortalecem o desempenho empresarial e contribuem para uma reputação sólida no mercado.

Veja, a seguir, quais são os cinco princípios fundamentais da governança corporativa.

1. Integridade

É o compromisso com a ética em todas as esferas da organização. Significa agir com honestidade, evitar conflitos de interesse e manter coerência entre o que se diz e o que se faz. A integridade exige responsabilidade com as partes interessadas e com a sociedade.

2. Transparência

Vai além da obrigação legal de prestar contas. Trata-se de compartilhar informações de forma clara, acessível e no tempo certo, mesmo quando os dados não são favoráveis. Inclui temas financeiros, sociais, ambientais e de governança — um conjunto cada vez mais conhecido pela sigla ESG (Environmental, Social and Governance).

3. Equidade

Consiste em tratar todos os stakeholders (partes interessadas) com justiça, respeitando suas particularidades. Envolve garantir igualdade de oportunidades e diversidade na gestão, promovendo um ambiente de inclusão e respeito mútuo.

4. Responsabilização (Accountability)

Refere-se à obrigação de assumir as consequências das decisões tomadas. Isso inclui agir com atenção e responsabilidade, prestar contas de forma objetiva e estar ciente de que erros também fazem parte do processo de liderança responsável.

5. Sustentabilidade

Relaciona-se à capacidade da empresa de se manter financeiramente viável no longo prazo, reduzindo impactos negativos e ampliando os positivos sobre o meio ambiente, a sociedade e a economia. Pressupõe uma visão estratégica orientada para o futuro.

Agentes e estruturas de governança: quem faz parte e como atuam

A governança corporativa não acontece de forma isolada. Ela depende da atuação coordenada de diferentes instâncias dentro da empresa, cada uma com papéis e responsabilidades bem definidos. Esses agentes formam a estrutura que garante o funcionamento e a integridade do sistema de governança.

Essas instâncias não atuam sozinhas. Pelo contrário: a eficácia da governança depende da interação transparente e respeitosa entre elas. Quando essa engrenagem funciona bem, os resultados aparecem em forma de reputação sólida, crescimento sustentável e geração de valor para todos os envolvidos.

Confira quais são os agentes da governança corporativa:

Assembleia de sócios ou acionistas

É a instância máxima de decisão nas empresas. Cabe a ela aprovar as diretrizes estratégicas, eleger conselheiros e deliberar sobre temas relevantes, como fusões, aquisições e mudanças no estatuto social.

Conselho de administração

É o órgão responsável por orientar, supervisionar e monitorar a atuação da diretoria executiva. Funciona como um elo entre os sócios e a gestão, atuando de forma estratégica para assegurar o cumprimento dos objetivos da organização. Também é o principal guardião dos princípios da governança corporativa.

Saiba mais sobre: Entenda o papel do conselho de administração nas empresas
+ Conheça os tipos de conselhos administrativos nas empresas

Diretoria executiva

Composta por profissionais que atuam diretamente na operação da empresa, essa instância é responsável por implementar a estratégia aprovada pelo conselho. O trabalho da diretoria deve refletir os valores da governança, promovendo eficiência e responsabilidade em todos os processos.

Auditoria e comitês de apoio

São estruturas que auxiliam na fiscalização das atividades da empresa, garantindo a conformidade com leis, normas e práticas éticas. Os comitês (como de auditoria, riscos, sustentabilidade) agregam conhecimento técnico e ampliam o controle sobre áreas críticas.

Benefícios da governança corporativa para as empresas

Adotar boas práticas de governança corporativa traz diversas vantagens, que vão muito além do cumprimento de exigências legais. As empresas que possuem uma estrutura de governança bem definida tendem a conquistar mais confiança do mercado, reduzir riscos e atrair investimentos com maior facilidade.

Organizações bem governadas costumam apresentar melhor desempenho financeiro e maior longevidade. Isso acontece porque suas decisões são pautadas em critérios técnicos, alinhados com valores éticos e com foco no longo prazo. A transparência nas informações também facilita a relação com investidores, fornecedores e demais parceiros.

Outro benefício relevante é o fortalecimento da reputação. Em um cenário em que consumidores e investidores estão cada vez mais atentos a aspectos ambientais, sociais e de gestão (ESG), a governança se torna um diferencial competitivo.

Além disso, práticas bem implementadas ajudam a prevenir crises internas, conflitos de interesse e decisões que possam comprometer a sustentabilidade do negócio. Com processos bem estruturados e papéis claramente definidos, a empresa ganha agilidade, segurança e previsibilidade.

A governança também cria um ambiente favorável à inovação. Ao estabelecer critérios claros para decisões e gerenciamento de riscos, a empresa consegue explorar novas ideias com mais segurança e alinhamento estratégico. 

Esse modelo de gestão permite que a inovação ocorra de forma responsável, conectada aos objetivos de longo prazo e às expectativas do mercado.

Como implementar um modelo eficiente de governança na organização

A adoção de um modelo de governança corporativa eficiente começa com um diagnóstico claro da estrutura atual e dos objetivos da empresa. É preciso entender quais são os riscos mais relevantes, quem são os principais envolvidos nas decisões e quais práticas precisam ser ajustadas ou formalizadas.

O primeiro passo envolve definir as instâncias responsáveis por supervisionar e executar a estratégia — como o conselho de administração e a diretoria executiva —, estabelecendo suas atribuições de forma clara. A criação de políticas internas, como código de conduta, regras para gestão de riscos e mecanismos de prestação de contas, também faz parte desse processo.

Outro ponto essencial é a promoção de uma cultura organizacional alinhada aos princípios da governança. Isso inclui incentivar a transparência nas informações, a responsabilidade pelas decisões tomadas e o respeito às normas e valores da empresa.

A implementação pode ser gradual, começando por práticas simples, como registrar atas de reuniões, estabelecer rotinas de reporte e promover treinamentos sobre ética e conformidade. À medida que a organização amadurece, é possível incorporar estruturas mais robustas, como comitês de auditoria e controles internos mais rígidos.

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