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Giovana Murça | 09/07/25Saiba o que é a escala 12×36, o que mudou na legislação e quais são os impactos dessa jornada nos direitos, salário e descanso do trabalhador
Função estratégica e atuação sigilosa: conheça a atuação do headhunter no recrutamento de executivos e especialistas difíceis de encontrar
Em processos seletivos mais estratégicos, a figura do headhunter vem ganhando destaque no mercado de trabalho. Esse profissional atua na busca ativa por talentos que ocupam cargos de média e alta liderança.
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Diferentemente do recrutamento tradicional, o trabalho do headhunter é voltado à seleção de executivos e especialistas difíceis de encontrar, muitas vezes já empregados. Ele atua como um consultor de recrutamento que conecta empresas e talentos de forma sigilosa, direcionada e altamente especializada.
A tradução da expressão “headhunter” não deve ser entendida ao pé da letra como “caçador de cabeças”. Na verdade, o termo em inglês combina as palavras head (líder ou gestor) e hunter (caçador). Ou seja, o headhunter é um caçador de líderes e gestores, com o papel de buscar profissionais com perfil de liderança para posições estratégicas.
O headhunter atua de forma ativa na identificação de talentos para cargos de liderança ou funções altamente especializadas. Seu trabalho não se limita a divulgar vagas e aguardar candidaturas.
Pelo contrário, sua função envolve mapeamento de mercado, abordagem direta a profissionais qualificados — mesmo que não estejam buscando novas oportunidades — e acompanhamento próximo durante todas as etapas do processo seletivo.
Esse tipo de recrutamento é chamado de executive search, termo usado para definir a busca por profissionais estratégicos, geralmente para posições de média e alta gestão.
O processo costuma ser sigiloso, personalizado e orientado por um profundo entendimento do negócio do cliente, das necessidades do cargo e do perfil comportamental ideal.
Mais do que preencher uma vaga, o papel do headhunter é garantir o alinhamento entre as expectativas da empresa e o projeto de carreira do candidato. Por isso, a confiança entre as partes envolvidas — consultor, organização e profissional — é um dos pilares da atuação.
Enquanto processos seletivos tradicionais costumam ser conduzidos internamente ou por agências generalistas, o headhunter se posiciona como um especialista em recrutamento estratégico. Isso significa domínio sobre o setor atendido, repertório de cases, conhecimento de mercado e habilidade para atrair perfis de alta performance.
O processo conduzido por um headhunter segue etapas bem definidas e personalizadas. Tudo começa com o alinhamento entre consultor e empresa contratante.
Nessa fase, são definidos os objetivos da contratação, o escopo do cargo, competências técnicas e comportamentais esperadas, além de aspectos estratégicos como confidencialidade e prazo.
Com base nesse briefing, o headhunter realiza um mapeamento de mercado, que consiste em identificar possíveis profissionais que se encaixem no perfil desejado.
Diferente de uma seleção aberta ao público, essa busca é direcionada e sigilosa — muitas vezes focada em profissionais que já estão empregados, mas podem se interessar por uma mudança, desde que a proposta faça sentido para suas ambições.
A etapa seguinte é a abordagem direta. O headhunter entra em contato com esses profissionais de forma cuidadosa e respeitosa, apresentando a oportunidade sem expor a empresa contratante. Se houver interesse, seguem-se entrevistas e avaliações, que consideram histórico profissional, aspectos comportamentais e aderência cultural.
Ao final, uma lista enxuta de candidatos qualificados é apresentada à empresa, que segue com as etapas finais de entrevista e negociação. Em muitos casos, o headhunter também apoia na construção da proposta e acompanha a integração do profissional após a contratação.
O serviço de headhunting costuma ser utilizado por empresas que buscam perfis estratégicos para posições de média e alta gestão. Entre os principais contratantes estão:
Essas organizações recorrem ao executive search quando precisam garantir sigilo, agilidade e assertividade na contratação. A confidencialidade é especialmente importante em situações como substituições de lideranças, lançamentos de novas unidades de negócio ou movimentos estratégicos de mercado.
As empresas dos setores financeiro, tecnologia, saúde, indústria e varejo são algumas das que mais contratam esse tipo de serviço, geralmente com foco em posições como diretor financeiro (CFO), diretor comercial, gerente de tecnologia, head de produto, entre outras funções críticas para o desempenho do negócio.
Também é comum que empresas em crescimento, que ainda não possuem uma estrutura robusta de recursos humanos, terceirizem esse processo com consultores especializados. Além de economizar tempo, essa estratégia aumenta a chance de encontrar talentos com perfil alinhado ao momento e aos desafios da organização.
Apesar de atuarem na área de recrutamento, headhunters e recrutadores desempenham funções distintas em termos de escopo, abordagem e nível de especialização.
O recrutador tradicional, geralmente interno à empresa ou alocado em consultorias generalistas, costuma atuar em processos seletivos de volume — como analistas, assistentes ou posições operacionais. Seu trabalho envolve triagem de currículos, contato com candidatos, agendamento de entrevistas e apoio ao time de RH. O foco é preencher vagas com agilidade e eficiência.
Já o headhunter opera com outro tipo de demanda: a busca por profissionais estratégicos. Isso inclui cargos executivos, especialistas de alta performance ou líderes com perfil específico.
A atuação é consultiva e envolve pesquisa de mercado, análise de perfil, abordagem direta e construção de relacionamento. Em vez de reagir a candidaturas, o headhunter vai atrás dos talentos — mesmo que eles não estejam buscando emprego ativamente.
Outra diferença está na profundidade do processo. Enquanto o recrutador trabalha com grande volume de posições e candidatos, o headhunter conduz menos processos simultâneos, mas com alto nível de complexidade e personalização.
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A atuação como headhunter exige mais do que conhecimento técnico sobre recrutamento. É uma função que combina visão estratégica, habilidades interpessoais e domínio sobre o setor em que se atua.
Entre as competências mais valorizadas estão a capacidade de análise de perfil, escuta ativa, persuasão e comunicação clara. O headhunter precisa entender com profundidade tanto a cultura da empresa quanto os objetivos do profissional abordado, conduzindo as negociações com equilíbrio e empatia.
Networking é outro pilar essencial. Ter uma rede sólida de contatos qualificados facilita o acesso a talentos que dificilmente estão disponíveis em processos seletivos tradicionais.
Além disso, o relacionamento contínuo com líderes, gestores e especialistas permite antecipar movimentos do mercado e identificar oportunidades de forma proativa.
Conhecimento de mercado também é indispensável. O headhunter deve compreender as dinâmicas de cada setor — como remuneração, estrutura organizacional, escassez de talentos e desafios estratégicos. Isso permite ajustar as abordagens e aumentar a taxa de sucesso nas contratações.
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A carreira de headhunter não segue um caminho único. Muitos profissionais começam atuando em áreas como recursos humanos, recrutamento ou gestão de pessoas, ganhando experiência com processos seletivos e desenvolvimento de talentos. Com o tempo, migram para posições mais estratégicas, voltadas à seleção de executivos.
Nessas áreas, as formações mais comuns são Psicologia, Administração, Recursos Humanos ou áreas relacionadas. Especializações em recrutamento, people analytics ou desenvolvimento organizacional também agregam valor à atuação.
Outra trajetória comum envolve a transição de profissionais que atuaram em áreas técnicas ou de gestão — como finanças, TI ou engenharia — e decidem migrar para o headhunting e aplicar esse repertório no trabalho de consultoria.
Como o trabalho envolve relacionamento direto com lideranças, as competências de postura consultiva, escuta ativa e discrição são atributos indispensáveis. Além disso, algumas certificações e formações práticas podem impulsionar a credibilidade do profissional.
Ferramentas de mapeamento comportamental (como DISC e Profiler), técnicas de entrevista por competências e domínio de plataformas como LinkedIn Recruiter são diferenciais relevantes.
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A remuneração de um headhunter varia de acordo com o nível de experiência, o modelo de atuação e o tipo de vaga trabalhada. De modo geral, os ganhos combinam um valor fixo — salário ou pró-labore — com comissões sobre os processos concluídos, o que torna a renda variável conforme o desempenho.
De acordo com o levantamento feito com base em relatos de profissionais na plataforma Glassdoor, o salário mensal de um headhunter no Brasil é, em média, R$ 4 mil, variando de R$ 3 mil a R$ 6 mil por mês.
Em consultorias especializadas, o profissional pode atuar como contratado (CLT), parceiro PJ ou autônomo. Em geral, a comissão gira entre 20% e 35% do valor do primeiro salário anual do profissional contratado.
Já em posições internas (in-house), normalmente dentro de grandes empresas, os salários dos headhunters tendem a seguir a estrutura do time de RH, mas com bônus por performance e projetos.
O headhunting tem evoluído junto com as mudanças no mundo do trabalho. A adoção de tecnologias como inteligência artificial e análise de dados tornou o processo mais ágil e preciso, especialmente na triagem de perfis.
Além disso, a busca por diversidade nas equipes impulsiona práticas mais conscientes e criteriosas, exigindo dos headhunters atenção a vieses e domínio de métodos mais amplos de avaliação.
Com a consolidação do trabalho remoto, surgem novas possibilidades: empresas contratam talentos em diferentes regiões e países, o que exige visão global e habilidade de adaptação cultural por parte do recrutador.
Outro movimento importante é a valorização de profissionais com perfil estratégico, capazes de liderar mudanças e impulsionar resultados. O headhunter deixa de ser apenas um selecionador e passa a atuar como parceiro de negócio, com papel ativo nas decisões sobre pessoas.
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