Investigador da Polícia Civil: veja o que faz esse profissional e como ingressar na área
O investigador é responsável por recolher as pistas e desvendar os casos; veja como se tornar um investigador da Polícia Civil e o que faz esse profissional
Atualizado em: 24/08/2023
CSI, Criminal Minds, Law & Order, Chicago PD, Cold Case, The Mentalist e Brooklyn Nine-Nine… você sabe muito bem o que todas essas séries têm em comum (além dos casos mais bizarros e sem solução que você já ouviu falar), não é mesmo?
Além do tema policial, há um profissional em comum em todas essas séries de televisão e que sem ele nenhuma delas aconteceria: o detetive! Afinal, sem essa peça-chave não seria possível encontrar as pistas, lidar com as testemunhas e vítimas e encontrar a ligação entre os fatos que apontam quem é o responsável pelo crime.
O que poucos sabem é que no Brasil a nomenclatura desse profissional é diferente: sai o detetive e entra o investigador! Ficou curioso? Então, veja tudo sobre essa carreira, que é uma das mais cobiçadas na área de segurança pública, e descubra como se tornar um:
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O que faz um investigador?
Esse profissional é um Policial Civil que faz a investigação dos casos, seja coletando evidências e provas, entrevistando testemunhas e “desvendando” quem são os responsáveis pelos crimes cometidos.
O investigador atua dentro das delegacias e suas principais funções podem variar de acordo com o nível de experiência e com necessidade da sua base. Algumas das atividades diárias do investigador são:
- Atender casos de emergência;
- Coletar provas e evidências;
- Entrevistar testemunhas, vítimas e criminosos;
- Obter mandados de busca e apreensão ou prisão e cumprir diligências;
- Analisar cenas de crimes;
- Produzir relatórios diários sobre o andamento das investigações;
- Atender o público, seja presencialmente ou por telefonema, e realizar registros de boletins de ocorrência, pesquisa de antecedentes criminais e emplacamentos de veículos.
Além disso, para garantir que o seu papel seja cumprido, o investigador trabalha diariamente com diversos profissionais da área de segurança pública, entre eles, delegados, peritos criminais, papiloscopistas, escrivães e outros agentes.
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Quais são os pré-requisitos para se tornar um investigador da Polícia Civil?
Por ser um cargo pública, seja ele da Polícia Civil e Federal, é preciso ser aprovado em concurso público específico para poder atuar na área. Comumente, esses concursos são realizados anualmente, sendo que cada estado possui a sua demanda de acordo com a necessidade das delegacias regionais.
Para participar do concurso de investigador é obrigatório preencher os seguintes pré-requisitos:
- Ter diploma de Ensino Superior em qualquer curso de graduação;
- Ser brasileiro nato ou naturalizado;
- Ter idade mínima de 18 anos completos e máxima de 74 anos até a data da posse;
- Estar em pleno gozo dos direitos políticos;
- Estar em dia com as obrigações do serviço militar;
- Não registrar antecedentes criminais e não responder a processo penal ou administrativo, ou inquérito policial que o inabilite para o exercício do cargo;
- Possuir Carteira Nacional de Habilitação ou permissão para dirigir veículos automotores na categoria mínima “B” (veículo motorizado, com lotação máxima de oito lugares, excluindo o motorista, e que o peso bruto total não exceda a 3.500 kg), regular e com exame de saúde dentro do prazo de validade.
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Lembrando que as condições podem mudar de acordo com as regras do editais publicados para cada concurso.
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O salário de um investigador de polícia pode variar de acordo com o tempo de atuação, experiência, função, nível de escolaridade e também com o estado no qual o funcionário está registrado.
Em 2018, no concurso para investigador da Polícia Civil do estado de São Paulo, realizado pela Vunesp, o salário mensal inicial era de R$ 3.743,98, somando o valor base e o Gratificação pelo Regime Especial de Trabalho Policial (RETP)*. Já a previsão para o salário-base do concurso da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro, que deve ser realizado ainda em 2021, é de R$5.740,38.
Qual é a diferença entre investigador e detetive no Brasil?
A maior diferença entre o investigador e o detetive é o seu campo de atuação, visto que o primeiro é um funcionário público, já o segundo é um profissional autônomo.
O investigador atua diretamente com a garantia da segurança pública estadual ou federal e seu exercício está diretamente ligado à Polícia Civil ou Federal. O detetive particular coleta informações de natureza não criminal a fim de desvendar assuntos de interesse privado.
É possível que um detetive auxilie em investigações criminais, mas para isso é preciso a autorização do cliente e do delegado responsável pelo caso.
Quais são os cursos indicados para se tornar um investigador?
Apesar de apenas exigir a obrigatoriedade de um diploma de Ensino Superior, a maioria dos investigadores são formados no curso de Direito, visto que essa graduação forma profissionais aptos a compreender a aplicação da lei e das normas jurídicas do País, algo imprescindível na área de segurança pública.
Porém, há outras graduações que facilitam a atuação como investigador, são elas:
- Psicologia;
- Investigação Forense e Perícia Criminal;
- Ciência Forense;
- Segurança Pública;
- Gestão de Segurança Pública e Privada
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Onde eu posso estudar para ser investigador?
Como foi dito acima, dá para se tornar investigador cursando Direito, Psicologia ou outros cursos. Todas essas opções são oferecidas por muitas instituições de ensino. Mas, antes de escolher uma, saiba que é muito importante que ela seja reconhecida pelo MEC, pois isso garante que seu diploma será válido em todo território nacional. Alguns exemplos de faculdades com aval do MEC são:
- Universidade Anhembi Morumbi
- Estácio – Universidade Estácio de Sá
- USJT – Universidade São Judas Tadeu
- FMU – Centro Universitário
- Unicsul – Cruzeiro do Sul
- Belas Artes
- UNISA
- UNIP
- UFBRA
*A Gratificação pelo Regime Especial de Trabalho Policial é um valor pago a policiais pela prestação de serviços em condições precárias de segurança, cumprimento de horário irregular, sujeito a plantões noturnos e a chamadas a qualquer hora, pela proibição do exercício de atividade remunerada, além do risco de tornar-se vítima de crime no exercício ou em razão de suas atribuições.