Mario Vargas Llosa: 4 obras para você conhecer mais sobre o vencedor do Nobel de Literatura
Ao lado de Gabriel García Márquez, Julio Cortázar e Carlos Fuentes, Mario Vargas Llosa deixou uma vasta produção que inclui romances, ensaios, peças de teatro e artigos jornalísticos.
Reconhecido como um dos nomes centrais do “boom latino-americano“, ao lado de Gabriel García Márquez, Julio Cortázar e Carlos Fuentes, Vargas Llosa deixou uma vasta produção que inclui romances, ensaios, peças de teatro e artigos jornalísticos.
Ao longo de sua trajetória, abordou temas relacionados à política, ao autoritarismo, à história latino-americana e à complexidade das relações humanas.
Con profundo dolor, hacemos público que nuestro padre, Mario Vargas Llosa, ha fallecido hoy en Lima, rodeado de su familia y en paz. @morganavllpic.twitter.com/mkFEanxEjA
A seguir, veja quatro obras que ajudam a conhecer o trabalho do autor.
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1. A Cidade e os Cachorros (1963)
O primeiro romance de Vargas Llosa, publicado originalmente como La ciudad y los perros, retrata a experiência de jovens cadetes em um colégio militar de Lima.
A obra tem base autobiográfica: o autor estudou no Colégio Militar Leoncio Prado, enviado ainda adolescente pelo pai.
O livro denuncia a violência e a rigidez do ambiente escolar, usando múltiplas perspectivas narrativas.
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2. A Casa Verde (1966)
Publicado três anos depois, La casa verde reforça o estilo narrativo fragmentado de Vargas Llosa.
A trama gira em torno da instalação de um prostíbulo nos arredores da cidade de Piura, no norte do Peru, e os efeitos da presença do local sobre a comunidade.
O autor alterna entre linhas temporais e diferentes vozes narrativas para compor a história.
Conforme a Enciclopédia Britannica, o livro foi indicado ao Prêmio Internacional de Literatura, destacando-se pela estrutura não linear e pela forma como apresenta questões sociais e culturais do interior do Peru.
Em Conversación en la Catedral, Vargas Llosa coloca em diálogo dois personagens — Santiago Zavala, jornalista e filho da elite, e Ambrosio, ex-motorista de seu pai.
O encontro acontece em um bar chamado “La Catedral”, em Lima, onde os dois revisitam memórias pessoais e coletivas.
O romance se passa durante o governo do general Manuel A. Odría (1948–1956) e traça um retrato do Peru daquela época.
A estrutura da obra é marcada por saltos temporais e narrativas entrelaçadas. De acordo com o dossiê do Nobel Prize, é uma das obras mais ambiciosas do autor em termos de forma e escopo político.
Publicado já no final do século XX, La fiesta del chivo transporta o leitor para a República Dominicana sob a ditadura de Rafael Trujillo, que governou o país de 1930 a 1961.
O livro combina ficção e realidade histórica para reconstruir o ambiente político e social do regime, incluindo os episódios que levaram ao assassinato do ditador.
Segundo o Instituto Cervantes, a obra foi escrita a partir de extensas pesquisas do autor, incluindo entrevistas com sobreviventes do período. É uma das mais estudadas de sua fase madura.
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