De quatro em quatro anos um fenômeno acontece no calendário: o ano bissexto. Esse é o nome dado para um ano que ganha um dia a mais, totalizando 366 dias.
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Esse dia extra é adicionado a fevereiro, que passa a ter 29 dias. Os últimos anos bissextos antes de 2024 foram 2020, 2016, 2012, 2008 e 2004.
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O que é ano bissexto?
Ano bissexto é um ano que tem um dia a mais do que os anos comuns, totalizando 366 dias. Esse dia extra é adicionado ao mês de fevereiro, que então tem 29 dias, em vez dos usuais 28.
A inclusão desse dia extra tem o objetivo de corrigir o descompasso entre o calendário gregoriano, que é o mais utilizado no mundo atualmente, e o ano solar, ou seja, o tempo que a Terra leva para completar uma órbita ao redor do Sol. O critério para definir um ano como bissexto é o seguinte:
O ano deve ser divisível por 4;
Se o ano também for divisível por 100, ele só será bissexto se também for divisível por 400.
Por exemplo, o ano 2000 foi bissexto porque, embora seja divisível por 100, também é divisível por 400. Por outro lado, o ano 1900 não foi bissexto porque, apesar de ser divisível por 100, não é divisível por 400. Essa regra assegura que o calendário permaneça alinhado com as estações do ano e com os ciclos astronômicos.
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Como surgiu o ano bissexto?
A origem do ano bissexto remonta ao calendário juliano, introduzido por Júlio César em 46 a.C. Antes disso, os calendários eram baseados em ciclos lunares e frequentemente se desalinhavam com as estações do ano, o que era problemático para a agricultura e para a observância de festivais religiosos.
Pensando em resolver esses problemas, César, com a ajuda do astrônomo Sosígenes de Alexandria, reformou o calendário, criando um sistema mais preciso que refletisse melhor o ano solar, que é aproximadamente 365,25 dias.
Para compensar o quarto de dia extra a cada ano (resultante da diferença entre o ano solar e 365 dias), foi decidido adicionar um dia extra a cada quatro anos ao mês de fevereiro, criando o ano bissexto. Este sistema garantia uma maior precisão na medição do tempo, mas ainda não era perfeito.
Mais tarde, o calendário juliano foi substituído pelo calendário gregoriano, introduzido pelo Papa Gregório XIII em 1582. A mudança foi motivada pela observação de que o ano juliano ainda era ligeiramente mais longo que o ano solar, causando um desalinhamento gradual das datas com as estações.
Com o objetivo de corrigir isso e melhorar a precisão, o calendário gregoriano refinou as regras para os anos bissextos, introduzindo a regra de que anos divisíveis por 100 só seriam bissextos se também fossem divisíveis por 400.
Essa mudança ajustou o comprimento médio do ano para muito mais próximo do ano solar real, ajudando a manter o alinhamento das estações e a data da Páscoa dentro dos limites desejados.
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O que aconteceria sem o ano bissexto?
Sem o ano bissexto, o calendário iria se desalinhar gradualmente com as estações do ano, pois cada ano ficaria cerca de 6 horas mais curto que o ano solar. Em quatro anos, essa discrepância somaria um dia, fazendo com que, ao longo das décadas, as estações começassem significativamente mais cedo no calendário.
Isso afetaria a agricultura, já que o tempo de plantio e colheita dependeria de um calendário cada vez mais impreciso em relação às condições climáticas reais. Festividades e eventos que dependem de datas específicas relacionadas às estações também ocorreriam em períodos climáticos inadequados.
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O trabalhador recebe pelo dia 29 de fevereiro?
Em anos bissextos, o mês de fevereiro tem 29 dias em vez dos habituais 28, e esse dia extra é considerado um dia de trabalho normal, caso caia em um dia útil.
Se um trabalhador é remunerado com base em um salário mensal, o salário cobre todos os dias do mês, incluindo o dia extra em fevereiro de um ano bissexto.
Para aqueles que recebem por dia trabalhado ou têm horas extras calculadas, o dia 29 de fevereiro é contabilizado e pago conforme as horas trabalhadas, seguindo as mesmas regras de qualquer outro dia de trabalho.
