O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (22), o aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre a compra de dólar em espécie e remessas internacionais, que passou de 1,1% para 3,5%.
A medida, que entra em vigor imediatamente, atinge diretamente quem pretende viajar ao exterior, fazer intercâmbio ou enviar recursos para fora do país, incluindo estudantes e profissionais que investem na formação internacional.
O objetivo, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é fechar brechas que permitiam a evasão fiscal e tornar mais rígido o controle sobre a movimentação de capitais.
O IOF é um imposto federal que incide sobre praticamente todas as operações financeiras: empréstimos, compras internacionais no cartão, investimentos e seguros.
Ele foi criado para ser uma espécie de ferramenta de controle econômico, ajudando o governo a monitorar como as pessoas e empresas movimentam dinheiro.
Mas não se trata apenas de arrecadar recursos para o Estado: o IOF serve também para influenciar decisões econômicas. Por exemplo: quando o governo quer desestimular que as pessoas enviem dinheiro para o exterior, ele aumenta a alíquota do IOF.
Por que o IOF aumentou?
Em maio de 2025, o governo brasileiro decidiu aumentar a alíquota de algumas operações cambiais. Agora, quem compra dólar em espécie ou faz transferências de dinheiro para o exterior paga 3,5% de IOF — antes, era 1,1%. Isso significa que, se você for fazer um intercâmbio e precisar comprar R$ 5.000 em dólar, vai pagar R$ 175 de IOF.
O governo justificou o aumento como uma forma de fechar brechas que permitiam a evasão fiscal e de proteger a economia nacional.
Por outro lado, após pressão do mercado, o governo desistiu de aumentar o IOF sobre investimentos em fundos no exterior, mantendo a alíquota zerada nesse caso.
Quando o IOF é cobrado?
As principais situações em que o IOF aparece e pode impactar sua vida são:
Compra de moeda estrangeira: sempre que você for comprar dólar ou euro para uma viagem ou intercâmbio, vai pagar IOF. Atualmente, é 3,5% para compra de moeda em espécie.
Compras internacionais com cartão de crédito: compras feitas fora do país, tanto presenciais quanto online, também têm IOF. Em 2025, a alíquota é 3,38%, mas ela vai cair aos poucos até ser zerada em 2028.
Empréstimos e financiamentos: pegou um empréstimo para financiar os estudos ou comprar um computador? Tem IOF. A alíquota é de 0,38% mais 0,0082% por dia, até o limite de 3%.
Investimentos de curto prazo: se você investiu em Tesouro Direto ou CDBs e resgatar antes de 30 dias, paga IOF. A alíquota vai de 96% sobre os rendimentos se sacar no 1º dia, caindo até zero após o 30º dia.
Seguros: contratou seguro de vida ou de viagem? O IOF pode variar de 0,38% a 25%, dependendo do tipo de seguro.
Como calcular o IOF?
É bem simples: multiplica-se o valor da operação pela alíquota. Por exemplo, se você fizer uma compra de R$ 1.000 em um site estrangeiro, pagará:
R$ 1.000 x 0,0338 = R$ 33,80 de IOF.
Se comprar US$ 1.000 em espécie, com o dólar a R$ 5,688, vai gastar R$ 5.688 e pagará R$ 199,08 de IOF (3,5%).
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