
O que é Matriz Ansoff? Veja como aplicar e exemplos práticos
redacao revista quero | 06/11/25Descubra como usar a matriz Ansoff para planejar o crescimento da sua empresa, entender riscos e escolher o quadrante certo.
Descubra como usar a matriz Ansoff para planejar o crescimento da sua empresa, entender riscos e escolher o quadrante certo.
A Matriz de Ansoff, também chamada de matriz produto-mercado, é um modelo estratégico que cruza produtos (atuais e novos) e mercados (atuais e novos) para orientar decisões de crescimento.
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Seus quatro quadrantes, penetração, desenvolvimento de mercado, desenvolvimento de produto e diversificação, tornam explícitos o foco, a sequência e o risco envolvidos em cada decisão.
A ferramenta ajuda empresas a responder a perguntas fundamentais: onde crescer agora, qual tese de expansão seguir e quanto risco é aceitável assumir. Em tempos de incerteza, ela oferece uma régua clara entre ambição e prudência.
Principais insights do texto:

A seguir, entenda melhor o que é a Matriz Ansoff e como aplicar na sua empresa.
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A Matriz de Ansoff foi criada por H. Igor Ansoff, em 1957, no artigo Strategies for Diversification publicado pela Harvard Business Review, e depois aprofundada no livro Corporate Strategy (1965).
Apesar de ter mais de seis décadas, continua atual porque explicita três elementos centrais de qualquer estratégia: foco, sequência e risco.
O modelo parte de uma premissa simples: toda empresa cresce por duas vias, lançando novos produtos ou entrando em novos mercados.
Ao cruzar essas dimensões, Ansoff criou uma estrutura que ajuda gestores a visualizar as opções disponíveis e a mensurar o risco de cada escolha.
A lógica é simples, mas a aplicação exige critério e preparo. Cada quadrante envolve um nível distinto de risco, investimento e capacidade operacional. Entender essas diferenças é o primeiro passo para escolher o caminho certo.
Produto atual, mercado atual
Nesta estratégia, o objetivo é ampliar a participação onde a empresa já atua. A prioridade está em aumentar a frequência de compra, o ticket médio e a fidelização da base existente.
Indicadores como retenção por coorte, LTV, CAC/LTV e margem de contribuição ajudam a medir a eficiência.
No Brasil, um exemplo é o Clube da Lu, do Magazine Luiza, que estimula recorrência e engajamento por meio de benefícios e cashback. Outro exemplo são as cervejas zero álcool: marcas como Bud Zero e Corona Cero cresceram, mostrando como novas versões podem reforçar portfólios existentes e expandir público.
Erros comuns incluem promoções que corroem margem, canibalização de produtos e aumento de volume sem ganho real de rentabilidade.
Produto atual, mercado novo
Aqui, a empresa leva o que já funciona para novas regiões, segmentos ou canais. É o caso de empresas que expandem geograficamente ou exploram novos públicos sem alterar o produto principal. Essa estratégia exige teses de acesso claras e adaptação cultural e regulatória.
Entre os exemplos brasileiros, o Nubank no México ilustra bem essa etapa: a fintech manteve seu core de produto, mas adaptou a operação local com depósitos e saques via OXXO, ampliando alcance e adoção.
Produto novo, mercado atual
Essa abordagem busca crescer oferecendo novas soluções à base de clientes existente. Requer capacidade de P&D, design de experiência e integração com o core.
O foco está em aumentar o share of wallet e a satisfação do cliente, sem dispersar o posicionamento.
Um caso claro é o iFood, que evoluiu do delivery de restaurantes para o segmento de supermercados, ampliando categorias e frequência de uso entre os mesmos consumidores.
Produto novo, mercado novo
É o quadrante mais arriscado, indicado para empresas com caixa robusto, sinergias comprovadas e alta tolerância a falhas.
A diversificação pode acontecer por meio de M&As, parcerias ou incubação de novos negócios.
O Magalu, ao adquirir o AiQFome, deu um passo de diversificação adjacente: entrou no setor de delivery para fortalecer seu super app e aumentar a frequência de uso.
O erro mais comum nesse quadrante é diversificar por fuga: entrar em novos mercados para mascarar fragilidades do core.

Mais do que preencher quadrantes, aplicar a Matriz de Ansoff é um exercício de governança e priorização. Cada iniciativa deve ter uma tese mensurável, um responsável e uma métrica clara de sucesso.
Mapeie os principais indicadores: coortes, unit economics, margem por canal e curva de contribuição.
Diferencie o crescimento orgânico do comprado e estabeleça uma linha de base para cada quadrante.
Defina hipóteses específicas por quadrante, como “ao lançar o produto X para o público Y, esperamos elevar o LTV em Z% em nove meses”.
Trabalhe com métricas leading (adoção, ativação) e lagging (margem, payback).
Desenhe experimentos enxutos:
Estabeleça checkpoints mensais com base em CAC, retenção e contribuição incremental. Aprender rápido e encerrar cedo o que não performa é sinal de maturidade, não de fracasso.
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Cada quadrante exige competências específicas:
Defina responsáveis, rituais e metas ligadas a resultados concretos, não apenas a lançamentos.
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Quando aplicada junto a outras ferramentas, a Matriz Ansoff se torna ainda mais poderosa. Ao cruzá-la com a Matriz BCG, é possível avaliar onde investir mais capital, onde manter e onde descontinuar projetos.
Já ao integrar o modelo à cultura de portões de decisão (Go/Kill/Pivot), cria-se um ambiente de disciplina e aprendizado contínuo.
Empresas que sustentam uma cultura sem apego a projetos e baseiam suas decisões em dados e resultados ganham velocidade e consistência.

A Matriz Ansoff é ideal quando a pergunta é “onde crescer” nos próximos trimestres ou anos.
Ela não substitui modelos como a BCG, voltada à alocação de recursos, nem o Oceano Azul, voltado à criação de novos mercados.
Evite usar a matriz como atalho para “fazer algo novo” sem tese ou sinergia. Diversificar para fugir de problemas no core raramente termina bem.
O que é a Matriz Ansoff em termos simples?
É uma ferramenta que cruza produtos e mercados para orientar estratégias de crescimento e avaliar riscos.
Quais são os quatro quadrantes?
Penetração de mercado, desenvolvimento de mercado, desenvolvimento de produto e diversificação.
Como aplicar sem burocracia?
Liste iniciativas por quadrante, defina teses mensuráveis, rode pilotos e mate rápido o que não entrega resultado.
Qual a diferença entre Ansoff e BCG?
Ansoff mostra “onde crescer”; BCG indica “como alocar recursos”. São complementares.
Quando a diversificação faz sentido?
Quando há sinergia real entre competências e oportunidades, além de caixa e paciência para testar.
Serve apenas para grandes empresas?
Não. Pequenos negócios também podem aplicá-la, adaptando a escala e os recursos.
A Matriz Ansoff mostra que crescer exige mais do que vontade: requer clareza sobre onde investir, qual risco assumir e como medir resultados.
Quando aplicada com dados e governança, ela deixa de ser um modelo teórico e se torna uma bússola estratégica para decisões de portfólio e expansão.
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