O ensino médio é um período cheio de emoções para os alunos. Isso porque, nessa fase da vida, os estudantes lidam com a pressão de passar nos vestibulares e com os desafios da adolescência e do amadurecimento. Ao mesmo tempo, é preciso escolher uma profissão para seguir.
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“As escolhas terminam definidas pela família, pelo mercado de trabalho e, quase sempre, pela necessidade de se buscar uma renda financeira, deixando de lado seus interesses, suas habilidades e sua vocação”, comenta a treinadora e analista comportamental, Lilian Picco.
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Quando se fala em escolha de carreira, os estudantes possuem uma série de inseguranças. Medo de se arrepender da decisão e dúvidas sobre habilidades e gostos pessoais são comuns entre os alunos.
Também há o caso das pessoas descontentes com seus trabalhos. Estas já estão inseridas no mercado de trabalho, mas estão desmotivadas, estressadas e insatisfeitas.
É nesse contexto que a orientação vocacional desempenha um papel fundamental. “A orientação vocacional deve ser um processo de autoconhecimento e pesquisa”, resume a neuropsicopedagoga e orientadora vocacional, Angela Victorino.
7 coisas que você precisa saber sobre orientação vocacional
A orientação vocacional é um processo de autoconhecimento e exploração que visa auxiliar os indivíduos a descobrir seu verdadeiro potencial e encontrar uma carreira que esteja alinhada com suas habilidades, interesses e valores pessoais.
“A orientação vocacional é um processo marcante, principalmente pelo fato de propiciar o reconhecimento de suas próprias habilidades. Toda a pesquisa realizada abre um mundo de possibilidades”, comenta Angela Victorino.
Apesar de ser uma grande aliada na hora de escolher uma profissão, é muito comum que as pessoas não saibam como a orientação vocacional realmente funciona.
Para desmistificar esse processo, a Revista Quero conversou com a neuropsicopedagoga e orientadora vocacional, Angela Victorino, e a treinadora e analista comportamental, Lilian Picco. Confira a seguir 7 fatos sobre a orientação vocacional:
1. A orientação vocacional é um processo
As pessoas costumam pensar que orientação vocacional é um teste que dá uma resposta exata para uma dúvida profissional. Porém, por se tratar de um processo, ela não chega num resultado pronto. Segundo Angela, trata-se de uma atividade ativa e nunca passiva.
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2. A orientação vocacional abrange várias práticas
Se você está pensando que a orientação vocacional é composta por um único questionário, está errado. O processo é bem mais complexo do que isso.
Angela, por exemplo, utiliza de vários meios: “o processo que desenvolvo abrange práticas de autoconhecimento, atividades sobre interesses, habilidades e competências, reconhecimento das áreas, pesquisa de grades curriculares e mercado de trabalho, entrevista com profissionais e cruzamento de seu perfil com as áreas de interesse”.
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3. A orientação vocacional não acaba com a escolha profissional
Por mais que o principal objetivo da orientação vocacional seja encontrar a carreira ideal, o processo vai além disso. “É muito importante que o cliente não pare ao escolher o curso. As últimas sessões são destinadas ao desenvolvimento de um plano de ação para que ele atinja seu objetivo”, indica a orientadora Angela Victorino.
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4. A orientação vocacional é para todas as faixas etárias
Há um estigma de que a hora certa para fazer orientação vocacional é durante a adolescência. Porém, isso não passa de um mito, uma vez que o processo é para todas as pessoas com mais de 16 anos que queiram escolher uma área de atuação.
Isso significa que a orientação vocacional é válida para as pessoas que nunca trabalharam e também para aquelas que querem mudar de carreira.
5. A orientação vocacional permite uma escolha consciente
A orientação vocacional também pode ser útil para aqueles que já decidiram qual curso seguir. Isso porque ela desenvolve o autoconhecimento. “Sempre duvide, pois a dúvida traz a necessidade de pesquisar para conhecer melhor. A escolha se torna muito mais consciente”, aconselha a orientadora Angela.
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6. Vocação não é sinônimo de dom
Lilian Picco explica que a crença de que as vocações estavam relacionadas com chamamentos especiais ainda existe, o que leva muitas pessoas a abrir mão da remuneração adequada. “Todas as pessoas possuem habilidades e competências para tornar sua atividade rentável, de modo satisfatório”, comenta a profissional.
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7. A orientação vocacional permite o desenvolvimento de habilidades
O autoconhecimento de si mesmo permite identificar pontos fortes e fracos nas suas competências e habilidades particulares. Dessa forma, é possível aprimorar o que for necessário para se desenvolver ainda mais na carreira escolhida.
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