Paris 2024: Esperança de medalha, Gabriel Medina busca classificação para a final
Gabriel Medina e Jack Robinson se enfrentam na segunda-feira em duelo que vale vaga na final do Jogos Olímpicos de París 2024. Entenda mais na Revista Quero.
Gabriel Medina é uma das esperanças de medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris – 2024. O surfista, natural de São Sebastião-SP, buscará classificação para a final olímpica contra o australiano Jack Robinson, em duelo previsto para segunda-feira (05/08), às 14h36 (horário de Brasília).
A final de surfe estava programada para sábado (03), mas as condições do mar em Teahupoo não foram favoráveis. Devido às ondas pequenas no Taiti, a organização dos Jogos Olímpicos optou por adiar as competições.
Medindo forças em Teahupoo, na Polinésia Francesa, o brasileiro de 30 anos eliminou o compatriota João Chianca nas quartas de final e garantiu a sua vaga para a semifinal. Mas quais são os motivos que levam Gabriel Medina a ser apontado como um dos favoritos do surfe nos Jogos Olímpicos?
A onda de Teahupoo, onde são realizadas as baterias de surfe nas Olimpíadas de Paris, é uma das mais desafiadoras do mundo. Nesse cenário, Gabriel Medina se destaca por seu retrospecto impressionante. Medina foi duas vezes campeão da etapa do Taiti do circuito mundial e finalista em outras quatro ocasiões. Além disso, ele acumula ondas perfeitas e cinco notas 10 na ilha da Polinésia Francesa.
Teahupoo é o local onde Gabriel Medina competiu mais vezes desde que entrou para a elite do surfe mundial e também onde ele mais venceu, segundo levantamento do site GE. Contando com as três baterias nas Olimpíadas de 2024, foram 56 baterias surfadas e 43 vitórias.
Nos Jogos de Paris, Medina já conseguiu uma onda quase perfeita, com nota 9.90, na bateria das oitavas de final contra o japonês Kanoa Igarashi, seu algoz nas Olimpíadas de Tóquio. Por fim, é importante relembrar que o brasileiro soma cinco notas 10, das 17 em sua carreira, em Teahupoo.
Aos 11 anos, venceu o Rip Curl Grom Search, destacando-se no cenário do surfe. Ao longo dos anos, acumulou títulos em competições amadoras e categorias juvenis, e em 2010, sagrou-se campeão mundial sub-18.
Em 2011, Medina fez história ao se tornar o surfista brasileiro mais jovem a competir no Circuito Mundial, com apenas 17 anos.
Imagem: William Lucas/COB
Gabriel Medina (esquerda) e Kanoa Igarashi (direita) se enfrentaram nas duas edições do surfe em Jogos Olímpicos: Tóquio 2020 (realizada em 2021) e Paris 2024
Ele foi o primeiro surfista brasileiro a vencer o Campeonato Mundial em 2014. Nos anos seguintes, continuou a dominar o esporte, garantindo um lugar entre os três primeiros por três anos consecutivos. Finalmente, conquistou novamente os títulos mundiais em 2018 e 2021, consolidando seu status como o melhor surfista do mundo.
O campeonato mundial de surfe, conhecido como World Surf League (WSL), é realizado desde 1976 e conta com quatro brasileiros que já conquistaram o título mundial: Gabriel Medina, Adriano de Souza, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo. Ao todo, o Brasil acumula sete títulos no mundial de surfe.
O confronto entre o brasileiro Gabriel Medina e Jack Robinson será realizado no último dia da janela, previsto para segunda-feira (05/08). Medina está em busca de sua primeira medalha olímpica, após ter ficado em quarto lugar na última Olimpíada, em Tóquio 2020.
Medina e Jack Robinson se enfrentaram anteriormente em Teahupo’o, durante a etapa do Taiti do Circuito Mundial de Surfe em 2023. Na ocasião, o australiano venceu a final contra o surfista brasileiro.
Felipe Toledo (esquerda), Gabriel Medina (centro) e Ítalo Ferreira (direita)
A “Brazilian Storm” é um termo usado para descrever o surgimento e sucesso de uma geração de surfistas brasileiros no cenário internacional do surfe profissional.
Essa expressão ganhou destaque nos anos 2010, quando vários surfistas brasileiros começaram a se destacar no Circuito Mundial de Surfe, conquistando títulos e elevando o Brasil como uma potência no esporte.
A Brazilian Storm inclui surfistas como:
Gabriel Medina: Primeiro brasileiro a ganhar o Campeonato Mundial de Surfe em 2014, ele repetiu o feito em 2018 e 2021.
Adriano de Souza (Mineirinho): Vencedor do Campeonato Mundial de Surfe em 2015, Mineirinho foi um dos pioneiros da Brazilian Storm.
Ítalo Ferreira: Campeão Mundial em 2019 e medalhista de ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020 (realizadas em 2021).
Filipe Toledo: Reconhecido por suas habilidades em manobras aéreas, Filipe conquistou o título mundial em 2022.
O surfe fez sua estreia nos Jogos Olímpicos na edição de 2020, realizada em Tóquio. Na ocasião, foram realizados dois eventos na modalidade shortboard, um para cada gênero, sob a regulamentação da Associação Internacional de Surfe.
Ítalo Ferreira (Ouro – Brasil), Kanoa Igarashi (Prata – Japão) e Owen Wright (Bronze – Austrália) foram os medalhistas no masculino, enquanto Carissa Moore (Ouro – EUA), Bianca Buitendag (Prata – África do Sul) e Amuro Tsuzuki (Bronze – Japão) compuseram o pódio no feminino.
Após sua estreia em Tóquio 2020, o surfe foi novamente incluído no programa dos Jogos Olímpicos de 2024, que estão em andamento em Paris. Contudo, as competições de surfe são realizadas em Teahupoo, no Taiti, a mais de 15 mil quilômetros da capital francesa.
No início de março de 2020, o COI aprovou a proposta dos organizadores para que a modalidade fosse realizada no Taiti, um território ultramarino francês. Assim, pela primeira vez na história dos Jogos, uma competição ocorrerá tão distante de sua sede, a 15.700 quilômetros.
A decisão se deu em virtude das praias de Teahupoo, que anualmente recebem o Mundial de Surfe. Outros locais, como Les Landes e La Torche, também foram considerados, mas nenhuma outra região superou a ilha localizada no Oceano Pacífico.
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