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Profissões

Por dentro das profissões: entenda como é a rotina de um enfermeiro no hospital

por Patrícia Carvalho em 20/11/20

Atualizado em 12/05/2021

No primeiro semestre de 2020, 37.296 enfermeiros foram contratados no Brasil, mais que o dobro em relação ao mesmo período de 2019, que registrou 24.743 contratações, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O aumento significativo do número de enfermeiros contratados pode ser justificado pela pandemia do coronavírus, a qual resultou em uma maior demanda por profissionais da saúde.

enfermeiro

É preciso levar em consideração, porém, que mesmo em um cenário sem pandemia, a profissão foi a que obteve o maior número de contratações do País no último ano, ainda segundo o Caged, dado que revela o quanto os profissionais da área são fundamentais para a manutenção da vida diária em sociedade.

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Para obter o título de enfermeiro é necessário antes passar pelo curso superior de Enfermagem, o qual possui duração média de quatro anos. Com o diploma em mãos, o próximo passo é efetuar o registro no Conselho Regional de Enfermagem (Coren) mais próximo, órgão responsável por regulamentar e fiscalizar a profissão no Brasil.

Feito isso, há uma variedade de setores onde o enfermeiro pode atuar. "Na atenção primária, que são as unidades básicas de saúde, mais conhecidos como postos de saúde, atendimento a trabalhadores, consultório individual, autônomo, assessoria em pesquisa e controle de infecções, existem grandes oportunidades no mercado de trabalho" menciona a Profa. Dra. Lívia Ávila, enfermeira e diretora do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).

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De acordo com a Pesquisa Perfil da Enfermagem, desenvolvida pela Fiocruz em parceria com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e publicada em 2013 - a mais recente disponível no site do Conselho - mais de 350 mil enfermeiros atuam no ambiente hospitalar, o que o torna o local de trabalho com maior volume desses profissionais.

Por dentro da rotina de um enfermeiro hospitalar


"Na área hospitalar, nós enfermeiros temos diferentes funções. Em ambientes mais complexos, como a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ou até setores que possuem maior complexidade do cuidado, o enfermeiro realiza uma assistência direta com o paciente por meio da aspiração endotraqueal, troca de curativo, nas unidades de alta complexidade em que o paciente geralmente esteja desacordado. O que não significa que nos outros setores ele não faça isso. Ele faz, ele tem conhecimento sobre isso, e ele gerencia a equipe que realiza esses cuidados também. O enfermeiro está, principalmente, na liderança desses setores, numa unidade de internação, num ambulatório, no setor de coletas laboratoriais, pronto-socorro, central de material esterilizado, centro cirúrgico, que são setores hospitalares, esse enfermeiro lidera uma equipe composta por enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem" explica a Profa. Dra. Lívia Ávila.

Segundo a enfermeira, a gestão feita pelos profissionais da Enfermagem vai além da supervisão do cuidado de pacientes e passa por aspectos como infraestrutura, equipamentos, materiais, identificação de necessidades físicas e institucionais, tudo isso para oferecer o andamento dos cuidados realizados nos pacientes, assim como a assistência à família das pessoas hospitalizadas.

"A gente não pode deixar de incluir a família, porque o nosso paciente tem uma família, ele compõe uma família, então essa família também precisa ser assistida. E isso fica muito a cargo da Enfermagem porque ela tem um cuidado contínuo, ele é ininterrupto para aquele doente e é a Enfermagem que acaba identificando as necessidades do doente e da sua família para que a gente possa investir nessas necessidades e melhorar essa assistência" ressalta.

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Outra atividade que pode fazer parte da rotina de um enfermeiro dentro de um hospital é a integração entre diferentes serviços. "Quando a gente está gerenciando uma unidade de assistência, a gente tem que pensar que essa unidade pertence a uma instituição hospitalar maior que compõe diversos serviços. [Pensar em] como a gente vai garantir o suprimento de equipamento de almoxarifado, farmácia, para o nosso setor. Como a gente vai suprir vestimentas, roupa de cama, aquilo que a gente utiliza para garantir o conforto desse paciente, como a gente previne infecções hospitalares. Tudo isso, é pensar na intersetorialidade. A gente conversa com a farmácia, com a lavanderia, com o almoxarifado, com o serviço de controle de infecção hospitalar, não são só com serviços gerenciados ou liderados por enfermeiros, a gente precisa ter uma relação profissional com outros serviços, porque o gerenciamento da assistência depende dessa relação intersetorial", acrescenta Ávila.

Como funciona a jornada de trabalho?

A jornada de trabalho de profissionais da saúde que atuam em hospitais também é um elemento de destaque para a profissão, pois ela se diferencia dos expedientes em horário comercial e, além disso, conta com os conhecidos plantões, que são as jornadas a partir de 12 horas.

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As instituições hospitalares normalmente trabalham com carga horária de seis, oito ou doze horas. "A gente tem instituições de saúde que a carga horária é das 6h às 12h, ou das 12h às 18h ou doze horas noturnas.

Nós temos também instituições de saúde que têm doze horas diurnas, então das 6h às 18h e das 18 às 6h. E dependendo da unidade em que o profissional trabalha, ainda que na instituição hospitalar, ele pode fazer carga horária de oito horas. Mas nem sempre as jornadas são numa unidade fixa" esclarece a enfermeira.

Na jornada de oito horas, o profissional pode folgar aos sábados, domingos ou feriados. Já na jornada de seis horas, o enfermeiro pode ter uma carga horária de até 30 horas semanais com um descanso no sexto ou sétimo dia.

Por fim, no regime de trabalho de 12h, o profissional trabalha por 12h e folga 36h. Há, ainda, a jornada 24 por 72, na qual o enfermeiro atua por 24h e, em seguida, folga 72h. Essa última acontece quando há a falta de algum enfermeiro.

"O enfermeiro ele faz seis ou doze horas de assistência, mas sempre terá um outro enfermeiro ou outra enfermeira que irá substituir aquele que está saindo. Então a gente tem uma assistência que é diferente, por exemplo, de um nutricionista, que ele vai, realiza a assistência e tudo bem se no noturno não tivermos a nutricionista. O enfermeiro tem que estar lá cotidianamente com esse paciente e a beira do leito", detalha.

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O preparo necessário para exercer a profissão


O fato do trabalho do enfermeiro ser integrado com outras áreas e de esse profissional ter uma relação direta com o paciente, exige que ele desenvolva habilidades de comunicação interpessoal e assistência humanizada. De acordo com a Profa. Dra. Lívia Ávila, esses elementos são trabalhados ao longo da formação em Enfermagem.

No entanto, por ser uma profissão em que a relação com o paciente é direta e muitas vezes envolve quadros de saúde delicados, ela também requer um preparo psicológico. Em alguns casos, as instituições hospitalares oferecem atendimento à saúde mental do trabalhador no setor de medicina do trabalho, mas Ávila lembra que isso fica a critério dos hospitais e, também, da procura individual de cada profissional.

"O preparo não é só da instituição de educação, de acompanhamento, mas também uma identificação e uma busca pelo próprio profissional, tem profissionais que lidam bem com situações, tem outros que não, principalmente em relação ao óbito. O que o profissional acaba fazendo é escolhendo a área em que ele se identifica mais, não só com a modalidade do serviço, mas também aquilo que ele consegue suportar. Na verdade o profissional acaba se organizando para evitar situações que ele acaba tendo mais dificuldades em lidar", conta.

 

Como se destacar na área de Enfermagem?


Para a enfermeira e diretora do curso de Enfermagem da Santa Casa, o primeiro passo para se destacar é se envolver na formação. "A gente se torna um bom profissional enfermeiro quando a gente se envolve na formação com conhecimento de qualidade, atitudes de respeito, de profissionalismo e habilidades bem constituídas, bem aprendidas", aponta.

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Além disso, outro ponto fundamental levantado por Ávila foi a importância de estar alinhado aos princípios éticos da profissão e de se envolver. "Se eu escolhi ser enfermeira, para além das questões mais concretas de conhecimento, habilidade técnica e ética no exercício da minha profissão, é preciso se dedicar a ela afetuosamente, pensando em quem é aquela pessoa que estou cuidando, quem é a família dessa pessoa e me envolvendo no sentido de valorizar aquele cuidado na perspectiva do outro, com empatia", completa.

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Publicado originalmente em 20/11/2020

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