
Não vai ter mais licenciatura EAD? Entenda o que diz decreto do MEC
Isabella Baliana | 22/05/25O novo decreto do MEC proíbe a licenciatura 100% EAD; entenda como ficam os estudantes e quais os novos critérios para cursos de licenciatura no país.
Apenas sete universidades privadas do Brasil possuem maioria de negros entre seus professores. Dessas instituições, cinco estão localizadas no Nordeste, uma no Norte e outra no Distrito Federal. Entre as universidades públicas, esse número é ainda menor: somente cinco instituições possuem maioria de docentes negros, espalhados em estados do Norte e Nordeste.
Esses dados são do Censo da Educação Superior de 2018, divulgado este ano pelo Ministério da Educação (MEC). A Revista Quero consultou os números e filtrou as instituições que possuem mais de 500 professores em exercício.
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Segundo o MEC, são 65.249 professores negros atuando em universidades brasileiras, número que representa 30,5% do total de docentes no Ensino Superior do Brasil, que é 214.224. A parcela negra na população brasileira – isto é, pretos e pardos – é de 50,7%, de acordo com o Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No geral, doze universidades brasileiras com mais de 500 professores têm maioria declarada preta ou parda no corpo docente. A instituição com maior representatividade é a Universidade Tiradentes (Unit), de Sergipe, que conta com 92% de seus professores negros.
Nove em cada dez docentes da paraense Universidade da Amazônia (Unama) são negros. Em seguida, o Centro Universitário Tiradentes (FITS) e o Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau), ambas instituições de Pernambuco, aparecem com 87% e 82% de representatividade negra, respectivamente.
O Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), da Paraíba, fecha as cinco universidades com maior representatividade negra na docência – oito em cada dez professores são pretos ou pardos. A primeira instituição pública que aparece na lista é a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), com 74% de representatividade (veja toda a lista ao final do post).
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A representatividade negra entre professores que atuam em pesquisa no âmbito de projetos e programas das universidades é ainda menor. 12.742 são negros, ou seja, apenas 14,3% do total de docentes em atividades em pesquisas acadêmicas (89.267 professores).
76% das faculdades privadas brasileiras não possuem professores negros em pesquisa acadêmica. Entre as públicas, 37% das instituições não contam com docentes negros atuando nessas atividades.
A universidade com maior quantidade de negros na docência é a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), com 1202 professores (53% do corpo docente). Outra baiana, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) está em seguida, com 926 – número que representa apenas 29% do total de professores. Além de ter a maior taxa de representatividade de negros na docência do país, a Unit é a que tem o maior número absoluto entre as particulares: 806 professores negros.