Rascunho de redação do Enem: saiba como fazer e veja modelo
Saiba como montar o rascunho da redação do Enem de forme eficiente e veja dicas de como escrever uma boa redação para o exame
A redação é uma das partes mais importantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sendo a mais possível de se atingir os 1.000 pontos. Assim, é muito importante que os candidatos escrevam uma boa redação para obter uma nota boa. E, para escrever uma boa redação, é importante que o estudante faça um bom rascunho.
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O rascunho é uma etapa importante para organizar as ideias e estruturar o texto de forma clara e coesa, evitando erros e incoerências. Além disso, o rascunho permite que o estudante faça ajustes e correções antes de passar a limpo a redação final.
Além disso, a redação do Enem deve ser feita no tipo dissertativo-argumentativo, o qual exige que o candidato escreva, com suas próprias palavras, sobre o tema proposto e apresente argumentos que sustentem sua posição. Confira a seguir como fazer um bom rascunho e, por consequência, uma boa redação no exame!
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Onde fazer o rascunho da redação do Enem?
No Enem, os candidatos contam com um espaço separado no caderno de prova para fazer o rascunho da redação, chamado de “folha de rascunho da redação”. O espaço para fazer o rascunho da redação do Enem fica na última folha do caderno de prova, possui linhas e uma escrita sombreada que diz “Rascunho da redação”. Veja na imagem:
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Na folha de rascunho da redação é possível, inclusive, escrever nas bordas, em cima e embaixo. Depois é necessário passar a limpo o texto na Folha de Redação, ou seja, escrever corretamente e sem rasuras a redação, que deverá ser entregue ao aplicador da prova quando terminar o exame.
A seguir, um exemplo de como fica a folha de rascunho da redação após o candidato fazer o rascunho:
Por isso, o mais correto e indicado é não escrever a redação direto na Folha de Redação, mas sim nesse espaço para rascunho, uma vez que nesse espaço é possível anotar ideias, fazer correções, riscar e trocar palavras. Já na Folha de Redação, não é permitido fazer isso.
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Como fazer o rascunho da redação do Enem?
O rascunho da redação do Enem deve conter as ideias principais que serão abordadas no texto final, mas não precisa ser um texto pronto. É claro que, quanto mais estruturado for o rascunho, mais fácil vai ser para o candidato organizar os parágrafos ou as ideias quando for passar a limpo. No entanto, tenha ideia de que o rascunho não é a redação finalizada.
No rascunho é possível, por exemplo, redigir as citações que você deseja usar no texto, anotar o repertório sociocultural que será utilizado, apresentar a tese e escrever o esboço dos argumentos que serão apresentados ao longo do texto. Também é possível já esboçar a proposta de intervenção que você deseja que aquela problemática trazida na redação contenha.
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A verdade é que a forma de fazer o rascunho da redação é algo muito individual e que varia muito de pessoa para pessoa. Mas, no geral, é importante que o rascunho seja organizado e legível, para que seja possível entender o que foi escrito posteriormente. Além disso, é importante deixar espaço para ajustes e correções posteriormente.
Confira abaixo algumas dicas práticas e didáticas para escrever um bom rascunho para a redação do Enem:
- Leia e entenda o tema proposto: Antes de começar a escrever, é importante ler e entender o tema proposto para a redação. Isso ajuda a ter uma ideia clara do que deve ser abordado no texto.
- Faça um esboço: Antes de começar a escrever o rascunho, faça um esboço com as ideias principais que serão abordadas no texto. Isso ajuda a organizar as ideias e a estruturar o texto de forma clara e coesa.
- Escreva de forma legível: É importante que o rascunho seja escrito de forma legível, para que seja possível entender o que foi escrito posteriormente.
- Não se preocupe muito com a ortografia: No rascunho, não é necessário se preocupar tanto com a ortografia ou a gramática. O importante é colocar as ideias no papel. Depois você pode revisar o que foi escrito para remover possíveis erros.
- Não deixe o texto pronto: O rascunho não precisa ser um texto pronto, mas sim um esboço com as ideias principais que serão abordadas no texto final. É importante deixar espaço para ajustes e correções posteriormente.
Além de tudo isso, é importante ressaltar que uma boa dica é ler o rascunho com calma depois de terminar, para fazer correções gramaticais e ortográficas, ou até mesmo ver se o texto está coeso, coerente e argumentando bem as ideias.
Essa revisão por si só ajuda muito o próprio candidato a corrigir possíveis erros que poderiam descontar pontos se a redação fosse escrita diretamente na Folha de Redação. Por isso, usar o rascunho é muito importante para conseguir uma boa nota na redação final!
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Quanto vale a redação do Enem?
A redação do Enem pode chegar até 1000 pontos. Isso porque são avaliadas 5 competências e, em cada competência pode ser atribuída uma nota que pode ser 0, 40, 80, 120, 160 e o máximo de 200 pontos.
Quando o candidato consegue 200 pontos em todas as competências avaliadas, ele consegue tirar 1000 na redação, a nota máxima, uma vez que a nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas pelos dois avaliadores.
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Modelo de rascunho de redação do Enem
Confira a seguir um exemplo de rascunho de redação do candidato Pedro Luís Ladeira Mello, que tirou 1000 na redação do Enem 2019, que teve como tema “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”.
Veja que, mesmo sendo o rascunho, ele já compilou todas as ideias que gostaria de tratar no texto final, e já utilizou as citações e repertórios que gostaria na construção do texto:
O cinema, considerado a sétima arte, é um importante difusor de conhecimento, agente de entretenimento e de lazer. Por oferecer uma grande carga cultural aos espectadores, ele deveria ser de fácil acesso a todos. No Brasil, entretanto, percebe-se que, no decorrer dos anos, o acesso a essa arte tornou-se pouco democrático devido a fatores históricos e à reduzida atuação estatal para resolver essa problemática.
Em primeira análise, cabe ressaltar a histórica concentração das salas de cinema nos principais centros urbanos do país. Pelo fato de tais lugares terem abrigado as principais atividades econômicas nacionais – mineração em Minas Gerais, produção de café no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, industrialização no Sul e no Sudeste – esses centros concentraram grande parte da elite urbana nacional. Com isso, a fim de atender a essa parcela rica da população, um número maior de investimentos culturais foram realizados nessas regiões – como a Reforma Pereira Passos, no Rio de Janeiro. Por consequência, os estabelecimentos de cinema aglutinaram-se nessas áreas, com poucos indo para o restante do país. Assim uma grande parte da sociedade ficou marginalizada do acesso ao cinema.
Além disso, deve-se analisar a ineficiência do Estado na democratização desse acesso. Segundo o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, o brasileiro é, desde a colonização, marcado por um individualismo exagerado que o leva a se apropriar do público para fins particulares. Essa característica contribui para que muitos políticos pouco ajam para atender aos anseios do povo, como ter maior acesso ao cinema. Dessa forma, há uma reduzida atuação do Estado em buscar democratizar essa forma de entretenimento para todos.
O acesso pouco democrático ao cinema no Brasil é, portanto, uma problemática de raízes históricas e atuais a ser combatida. Nesse sentido, a Secretaria de Cultura deve, por meio de parcerias público-privadas, investir na construção de salas de cinema nas áreas do país com menor quantidade desses empreendimentos. Essas parcerias devem, em troca de incentivos fiscais, conseguir recursos, tecnologia e equipamentos de qualidade oriundos de empresas do ramo para construir mais cinemas, em regiões até então abandonadas. O intuito é, com essa maior oferta, democratizar o acesso. Dessa forma, a carga cultural da sétima arte poderá estar ao alcance de todos.
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