Saiba como é o vestibular em outros sete países do mundo
Conheça como é o vestibular em outros países do mundo.
No Brasil, o principal vestibular é o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova surgiu, inicialmente, com a proposta de avaliar a qualidade do Ensino Médio no País, mas o processo foi amadurecendo e tomando maiores proporções, até que se tornou o principal meio de avaliação para acesso ao Ensino Superior.
A prova cobra todo o conteúdo ensinado e exigido no Ensino Médio. Ela é dividida em quatro áreas de conhecimento, com questões objetivas e uma Redação: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; e Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
Ainda há muitas universidades que possuem vestibulares próprios e com características peculiares, isso porque aqui há processos diferentes para faculdades públicas e particulares.
De qualquer forma, para cursar o Ensino Superior no Brasil, é obrigatório fazer um desses vestibulares ou o Enem. Alguns mais flexíveis e outros mais rígidos e concorridos, como o ITA, por exemplo.
Além disso, existe os Programas de avaliação seriada ou continuada. Nesta modalidade de seleção, o candidato é avaliado em diferentes momentos da sua formação no Ensino Médio.
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Mas, será que é assim em todos os países? Pensando nisso, a Revista Quero selecionou alguns países que possuem formas de seleção bem diferentes do nosso. Olha só:
Estados Unidos
O país possui algumas das mais reconhecidas universidades do mundo, como Harvard, Yale e Stanford. O processo seletivo americano busca conhecer com mais profundidade quem é o estudante que pretende ingressar na instituição.
Cada aluno precisa apresentar seu histórico escolar, uma carta de recomendação do conselheiro do colégio e mais duas cartas de dois professores diferentes.
Existem duas opções de provas: o Teste de Aptidão Escolástica (SAT, na sigla em inglês), que avalia matemática, leitura crítica e redação. A outra prova é o Teste da Universidade Americana (ACT, na sigla em inglês), que avalia conhecimentos em inglês, matemática, leitura e ciências (física, química e biologia). Nesta, a redação é opcional. Mas, independentemente dos métodos escolhidos, o aluno tem a obrigação de fazer o teste de conhecimentos gerais.
Pelo jeito é bom manter bons relacionamentos… (rs)
Reino Unido
Na terra da Rainha, a inscrição para o vestibular de todas as universidades é feita por um sistema único: o Serviço de Admissão de Universidades e Faculdades (Ucas, na sigla em inglês). Para compor a avaliação é preciso realizar um teste de conhecimentos gerais para obter a nota.
Você terá de informar o curso que gostaria de fazer e tem a opção de definir o campus da universidade em que gostaria de estudar. Mas o estudante também pode deixar a inscrição aberta para que a instituição defina o campus para o aluno.
As próximas etapas incluem o envio do histórico escolar e apresentação de projetos realizados durante a escola (exige muito empenho desde o Ensino Médio). Além disso, há a elaboração de uma redação. Após ser classificado em todas essas fases, é preciso passar por uma entrevista final, que irá definir os aprovados no vestibular.
Oxford e Cambridge estão entre as instituições de Ensino Superior que são referência de qualidade ao redor do mundo. Todos os anos, em Oxford, cerca de 10 mil candidatos passam pela fase final da entrevista, mas somente 3,5 mil são aprovados.
E aí, achou difícil?
China
Semelhante ao Brasil, o país mais populoso do mundo seleciona os alunos com um vestibular tradicional por cursos, que é aplicado ao final do Ensino Médio. As diferenças se aplicam aos conteúdos: a prova conta com questões de chinês, uma língua estrangeira e matemática. Além disso, há uma quarta matéria, que varia de acordo com o curso escolhido pelo estudante.
França
Parece utópico, mas, na França, o acesso ao Ensino Superior é garantido a todos os estudantes do país. Após a conclusão do colégio, os alunos prestam um exame chamado Baccalauréat (também conhecido como le Bac), que cobra conhecimentos variados, de acordo com o curso que o estudante pretende seguir na universidade.
Periodicamente, todas as universidades francesas passam por avaliações. O objetivo é que não haja grandes disparidades na qualidade entre elas e a formação dos alunos seja equivalente. Todas as instituições são públicas.
Existem também as chamadas Grandes Escolas, que visam à formação para o mercado de trabalho, diferentemente das universidades francesas, que focam a área acadêmica. Porém, o ingresso nessas escolas especializadas é mais rigoroso, variando de acordo com cada instituição.
Japão
O Japão tem um dos vestibulares mais difíceis do mundo. Estruturada em duas fases, a prova compreende as seguintes matérias: inglês, matemática, língua e literatura japonesa; mais duas provas em ciências (física e química) e duas de estudos sociais (história geral e do Japão).
Para fazer a segunda prova, o estudante precisa passar na primeira (semelhante à Fuvest, vestibular da USP, que tem duas fases). A grande dificuldade dos estudantes é dominar todos os assuntos que caem na prova, pois as universidades exigem conteúdos além dos que foram ensinados na escola.
Itália
Na Itália, todos os cidadãos têm acesso à universidade de maneira igualitária. O único pré-requisito é possuir o diploma de conclusão do Ensino Médio, mais conhecido como Secondaria di secondo grado.
Para os cursos mais concorridos, em algumas universidades, é exigido um exame de admissão. Diferentemente da maioria dos outros países, esses testes, geralmente, são orais, e não escritos.
Medicina, Odontologia e Arquitetura são alguns dos cursos mais desejados do país, mas, se comparados com os das universidades brasileiras, os exames são muito menos concorridos.
Coreia do Sul
A cada 10 alunos coreanos, 10 querem estar nas maiores faculdades do país. São elas: Universidade Nacional de Seul, Universidade da Coreia e Universidade Yonsei, tríade conhecida pela sigla SKY.
Os vestibulares são muito difíceis e a prova pode durar até 10 horas. O exame gera comoção nacional: policiais e guardas de trânsito se unem para organizar a movimentação e o fluxo nas cidades.
O motivo da agitação e interesse pela prova é que o ingresso na universidade determina onde o jovem vai trabalhar e qual salário ele terá pelo resto da vida.