Sala de Estudos 03: Débora Garofalo conta como é possível ensinar com poucos recursos
Finalista do Global Teacher Prize 2019, o "Nobel da Educação", professora Débora Garofalo usa material reciclado recolhido nas ruas em aulas de robótica e programação.
Muitas iniciativas que já ocorrem nas salas de aulas são um caminho para a melhoria da educação. Se a gente quer melhoria, a gente precisa falar primeiro com quem entende de educação. E quem faz a educação é o professor.
Quem defende a valorização ampla do professor e dos projetos já em andamento nas salas de aula do país é a educadora Débora Garofalo, uma das 10 melhores do mundo, segundo o Global Teacher Prize 2019, prêmio internacional informalmente chamado de “Nobel da Educação”.
Formada em Letras e em Pedagogia, Débora lidera o projeto Robótica com Sucata, que oferece aos alunos da EMEF Almirante Ary Parreiras, na região do Jabaquara, Zona Sul de São Paulo, a possibilidade de ter contato com robótica, eletrônica e programação.
A matéria-prima é retirada do lixo que se acumula nas ruas da favela da Rua Alba, onde moram muitos dos alunos que frequentam a escola.
O trabalho da professora Débora Garofalo tem ampliado os horizontes de oportunidades dos estudantes. Ela comemora o interesse recém despertado nos alunos de dar continuidade aos estudos e ingressarem no Ensino Superior.
Carreiras como engenharia passaram a fazer parte dos sonhos das crianças. A primeira conquista veio de um ex-aluno que acaba de ingressar no curso de Física, na Universidade de São Paulo (USP).
Débora se divide atualmente entre as aulas e uma agenda carregada de compromissos ligados ao prêmio, que já deu a ela o título de Embaixadora da Educação.
A professora de tecnologia recebeu o Sala de Estudos na sala onde leciona para cerca de mil alunos e falou sobre os desafios de educar com qualidade quando não existem recursos e falta infraestrutura.
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