Um terço dos estudantes de ensino superior não têm a estrutura mínima para o ensino a distância
O levantamento com base no questionário sócio econômico do Enem dos últimos 5 anos mostra que 33,5% dos estudantes não tem acesso à internet e a dispositivos como computador ou celular
Com a pandemia da Covid-19, várias instituições de ensino com cursos presenciais passaram a adotar a modalidade de ensino a distância para continuar o semestre. Entretanto, há um problema, 33,5% dos estudantes não têm a estrutura mínima para acompanhar o ensino online.
O levantamento foi feito pelo Quero Bolsa, analisando as respostas do questionário sócio econômico do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos últimos 5 anos. Foi definido que a estrutura mínima seria ter acesso a internet e a pelo menos um dispositivo para assistir o conteúdo a distância, seja computador ou celular.
Dentre os estudantes que prestaram o exame nos 5 anos, 66,5% responderam que possuem acesso à internet e ao computador ou celular. Quando analisado apenas o acesso a internet, esse número sobe um pouco, chegando a 66,6%. No caso de possuírem um computador em casa, o número é de 62,55%. No caso do aparelho celular, esse número sobe para 97,7%.
Em outros diferentes cenários, os estudantes responderam:
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Possui internet e computador: 55,3%
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Possui internet e celular: 65,9%
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Possui computador e celular: 61,9%
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Possui internet, computador e celular: 54,81%
Em 9 estados, mais da metade dos estudantes não têm estrutura básica para cursar ensino superior a distância
O estado do Amapá é o estado com menor proporção de estudantes com estrutura mínima para cursar o ensino superior a distância, com apenas 36,5%. Além dele, nos estados Pará, Maranhão, Acre, Amazonas, Piauí, Roraima, Ceará e Tocantins, menos da metade dos estudantes responderam que possuem internet em casa e computador ou celular. O estado com maior proporção é Santa Catarina, com 82,9%.
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