Unicamp 2025: veja como foi o primeiro dia da segunda fase
Primeiro dia da segunda fase da Unicamp 2025 incluiu questões de Língua Portuguesa, Literatura, Inglês e Ciências da Natureza em abordagem interdisciplinar.
Primeiro dia da segunda fase da Unicamp 2025 incluiu questões de Língua Portuguesa, Literatura, Inglês e Ciências da Natureza em abordagem interdisciplinar.
A segunda fase do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) 2025 começou neste domingo, 1º de dezembro. Dividida em dois dias, a etapa exige dos candidatos competências em diferentes áreas do conhecimento.
Na redação, a Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) manteve a tradição de oferecer duas opções aos candidatos. A primeira proposta pediu um comunicado à comunidade escolar sobre os riscos dos jogos eletrônicos de azar entre adolescentes. Já a segunda desafiou os vestibulandos a redigir um Projeto de Lei para combater a desigualdade de gênero em instituições políticas.
Outro destaque do primeiro dia de provas foi a questão 5, que abordou o embate entre a rede social X (antigo Twitter) e o Brasil, destacando a soberania nacional após a rede, liderada por Elon Musk, desrespeitar ordens judiciais e sofrer suspensão no país.
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Como foi o primeiro dia da segunda fase da Unicamp 2025?
O primeiro dia da segunda fase do vestibular da Unicamp, realizado neste domingo, 1º de dezembro, apresentou desafios que exigiram dos candidatos uma preparação em diferentes áreas do conhecimento e a capacidade de estabelecer conexões interdisciplinares.
Professores do Colégio Oficina do Estudante analisaram o conteúdo da prova, destacando aspectos técnicos, atualidades e a profundidade das questões. Veja o que caiu em cada matéria:
Física
De acordo com Giuliano Perina, professor de Física, o exame trouxe duas questões interdisciplinares que exploraram conceitos fundamentais da área.
“Na primeira, a Unicamp pediu para que os candidatos identificassem as leis de conservação principais em um sistema de colisão, como a quantidade de movimento e energia. A outra questão enfatizou a ondulatória, pedindo a interpretação de uma figura para calcular a frequência com base na equação fundamental do tema”, explicou.
Para Perina, a prova manteve um nível equilibrado, mas exigiu precisão na aplicação dos conceitos.
História
A abordagem interdisciplinar também marcou a prova de História, que, segundo o professor Felipe Mello, destacou temas contemporâneos.
“A principal característica foi a atualidade. Um candidato antenado nos debates recentes, como os embates entre plataformas digitais e instituições brasileiras, teria vantagem. Contudo, uma divergência no enunciado sobre os poderes envolvidos pode ter causado confusão”, observou.
Além disso, o exame explorou o conceito de “decolonialidade” em um contexto teórico e prático, conectando o tema à soberania nacional.
Inglês
As questões de Inglês exigiram mais do que compreensão textual, incorporando conteúdos de biologia e filosofia.
Segundo Isac Silva, professor de Inglês, “as questões testaram leitura e vocabulário técnico. A leitura em si não foi desafiadora, mas a compreensão completa dependia do domínio de termos específicos das áreas abordadas.”
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Literatura
A prova de Língua Portuguesa trouxe questões desafiadoras, especialmente relacionadas às obras “Casa Velha”, de Machado de Assis, e “Prosas seguidas de odes mínimas”, de José Paulo Paes.
“Enquanto a primeira exigia uma leitura detalhada, a segunda relacionava a poética de Gonçalves Dias. Além disso, a prova explorou intertextualidade e a relação entre textos verbais e não verbais”, explicou Jéssica Dorta, professora de Literatura.
Biologia
A Biologia teve papel central, com questões que dialogaram com outras disciplinas. “Bioluminescência, faunas das eras geológicas e relações ecológicas foram alguns dos temas abordados. A interdisciplinaridade foi uma característica marcante, sempre dentro de uma profundidade adequada”, destacou Fábio Vilar, professor de Biologia.
Redação
A redação manteve o caráter engajado da Unicamp. Segundo Mateus Leme, professor de Redação, as propostas abordaram questões relevantes.
“A primeira solicitou um comunicado sobre os riscos dos jogos de azar entre adolescentes, enquanto a segunda pediu um Projeto de Lei para combater a desigualdade de gênero em instituições políticas. A escolha por um gênero como Projeto de Lei pode ter surpreendido, mas reflete a tendência de diversidade textual do vestibular”, explicou.
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