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Vestibular e Enem

O vestibular da Unesp tem leitura obrigatória? Descubra!

A Unicamp e a Fuvest possuem uma lista de obras literárias que caem na prova. Mas e a Unesp? Descubra aqui como é a prova!

Durante os estudos para o vestibular da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) podem surgir diversas dúvidas, principalmente em relação ao formato e aos conteúdos da prova.

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Com as fases da prova se aproximando (a primeira fase do vestibular 2026 está marcada para o dia 2 de novembro, e a segunda fase será nos dias 7 e 8 de dezembro de 2025), uma das perguntas frequentes entre os candidatos é: tem leitura obrigatória na Unesp?

Como a faculdade atrai estudantes de todo o país e é bastante concorrida, veja como é preciso se preparar para a prova.

leitura obrigatório unesp

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O vestibular da Unesp tem leitura obrigatória?

Essa pergunta é muito comum entre os estudantes. Isso porque o vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual de São Paulo (USP) possuem uma lista de obras obrigatórias para a prova. Enquanto a Usp se restringe a livros, a Unicamp cobra, até mesmo, músicas.

Mas, diferentemente das outras estaduais paulistas, a Unesp não possui leituras obrigatórias. Apesar disso, vale a pena estar por dentro das obras clássicas, pois elas podem cair na prova da mesma forma.

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Como a Unesp cobra literatura?

Mesmo sem ter uma lista de leitura obrigatória, a Unesp ainda assim cobra autores clássicos e as questões a seguir são a prova disso. Confira:

Unesp 2025

Para responder à questão, leia o trecho de uma crônica de José de Alencar, publicada originalmente em 03.09.1854.

Um belo dia, não sei de que ano, uma linda fada, que chamareis como quiserdes, a poesia ou a imaginação, tomou-se de amores por um moço de talento, um tanto volúvel como de ordinário o são as fantasias ricas e brilhantes que se deleitam admirando o belo em todas as formas. Ora, dizem que as fadas não podem sofrer a inconstância, no que lhes acho toda a razão; e por isso a fada de meu conto, temendo a rivalidade dos anjinhos cá deste mundo, onde os há tão belos, tomou as formas de uma pena, pena de cisne, linda como os amores, e entregou-se ao seu amante de corpo e alma.

Não serei eu que desvendarei os mistérios desses amores fantásticos, e vos contarei as horas deliciosas que corriam no silêncio do gabinete, mudas e sem palavras. Só vos direi, e isto mesmo é confidência, que, depois de muito sonho e de muita inspiração, a pena se lançava sobre o papel, deslizava docemente, brincava como uma fada que era, bordando as flores mais delicadas, destilando perfumes mais esquisitos que todos os perfumes do Oriente. As folhas se animavam ao seu contato, a poesia corria em ondas de ouro, donde saltavam chispas brilhantes de graça e espírito.

Por fim, a desoras1, quando já não havia mais papel, quando a luz a morrer apenas empalidecia as sombras da noite, a pena trêmula e vacilante caía sobre a mesa sem forças e sem vida, e soltava uns acentos doces, notas estremecidas como as cordas da harpa ferida pelo vento. Era o último beijo da fada que se despedia, o último canto do cisne moribundo.

Assim se passou muito tempo; mas já não há amores que durem sempre, principalmente em dias como os nossos, nos quais o símbolo da constância é uma borboleta. Acabou o poema fantástico no fim de dois anos; e um dia o herói do meu conto, chamado a estudos mais graves, lembrou-se de um amigo obscuro, e deu-lhe a sua pena de ouro.

(José de Alencar. Crônicas escolhidas, 1995.)

1desoras: altas horas da noite.

O cronista dirige-se explicitamente a seus leitores no seguinte trecho:

A) “Não serei eu que desvendarei os mistérios desses amores fantásticos, e vos contarei as horas deliciosas que corriam no silêncio do gabinete” (2º parágrafo).
B) “Por fim, a desoras, quando já não havia mais papel, quando a luz a morrer apenas empalidecia as sombras da noite, a pena trêmula e vacilante caía sobre a mesa” (3º parágrafo).
C) “As folhas se animavam ao seu contato, a poesia corria em ondas de ouro, donde saltavam chispas brilhantes de graça e espírito” (2o parágrafo).
D) “Ora, dizem que as fadas não podem sofrer a inconstância, no que lhes acho toda a razão” (1º parágrafo).
E) “Acabou o poema fantástico no fim de dois anos; e um dia o herói do meu conto, chamado a estudos mais graves, lembrou-se de um amigo obscuro” (4º parágrafo).

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Unesp 2023

A linguagem poética, o emprego de neologismos e as marcas de oralidade, que podem ser identificados no texto de Mia Couto, caracterizam também a prosa do seguinte escritor brasileiro: 

A) Guimarães Rosa. 

B) Graciliano Ramos. 

C) Machado de Assis. 

D) Euclides da Cunha. 

E) Aluísio de Azevedo.

Unesp 2016

Trata-se de uma obra híbrida que transita entre a literatura, a história e a ciência, ao unir a perspectiva científica, de base naturalista e evolucionista, à construção literária, marcada pelo fatalismo trágico e por uma visão romântica da natureza. Seu autor recorreu a formas de ficção, como a tragédia e a epopeia, para compreender o horror da guerra e inserir os fatos em um enredo capaz de ultrapassar a sua significação particular. 

(Roberto Ventura. “Introdução”. In: Silviano Santiago (org.). Intérpretes do Brasil, vol 1, 2000. Adaptado.) 

 Tal comentário crítico aplica-se à obra

A) Capitães da Areia, de Jorge Amado. 

B) Vidas secas, de Graciliano Ramos. 

C) Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto. 

D) Os sertões, de Euclides da Cunha. 

E) Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa.

 

Unesp 2013

No romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, Bentinho vive uma incerteza: Ezequiel, seu filho com Capitu, é mesmo seu filho biológico ou Capitu teria cometido adultério com Escobar?

O drama de Bentinho começa quando, no velório de Escobar, momentos houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva. Escobar havia sido o melhor amigo de Bentinho e fora casado com Sancha, com quem tivera uma filha.

Suponha que, à época, fosse possível investigar a paternidade usando os tipos sanguíneos dos envolvidos. O resultado dos exames revelou que Bentinho era de sangue tipo O Rh–, Capitu era de tipo AB Rh+ e Ezequiel era do tipo A Rh–. Como Escobar já havia falecido, foi feita a tipagem sanguínea de sua mulher, Sancha, que era do tipo B Rh+, e da filha de ambos, que era do tipo AB Rh–.

Com relação à identificação do pai biológico de Ezequiel, a partir dos dados da tipagem sanguínea, é correto afirmar que 

A) permaneceria a dúvida, pois os tipos sanguíneos de Sancha e de sua filha indicam que Escobar ou tinha sangue tipo O Rh+, e nesse caso ele, mas não Bentinho, poderia ser o pai, ou tinha sangue tipo AB Rh–, o que excluiria a possibilidade de Escobar ser o pai de Ezequiel. 

B) permaneceria a dúvida, pois os tipos sanguíneos dos envolvidos não permitem excluir a possibilidade de Bentinho ser o pai de Ezequiel, assim como não permitem excluir a possibilidade de Escobar o ser.

C) permaneceria a dúvida, pois, no que se refere ao sistema ABO, os resultados excluem a possibilidade de Escobar ser o pai e indicam que Bentinho poderia ser o pai de Ezequiel; mas, no que se refere ao sistema RH, os resultados excluem a possibilidade de Bentinho ser o pai e indicam que Escobar poderia sê-lo.

D) seria esclarecida a dúvida, pois, tanto no sistema ABO quanto no sistema RH, os resultados excluem a possibilidade de Bentinho, mas não de Escobar, ser o pai de Ezequiel.

E) seria esclarecida a dúvida, pois os tipos sanguíneos de Ezequiel e da filha de Sancha indicam que eles não poderiam ser filhos de um mesmo pai, o que excluiria a possibilidade de Escobar ser o pai de Ezequiel.

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