O termo "nicho ecológico" já passou por algumas variações desde a primeira vez que foi utilizado. Em 1917, nicho ecológico foi caracterizado como sendo todos os locais onde um indivíduo de uma determinada espécie pode sobreviver, levando em conta fatores fisiológicos, alimentares e interações com outros organismos. Em 1933, foi descrito como o "modo de vida" de um organismo em um determinado ambiente.
A última versão em que o termo foi caracterizado foi em 1957, referindo-se como "procedimentos pelos quais necessidades e tolerâncias relacionam-se na definição de condições e recursos fundamentais a um indivíduo ou a uma espécie, com a finalidade de cumprir seu modo de vida".
Dessa forma, além do conjunto de condições e fatores que permite a sobrevivência de um organismo, o nicho também está relacionado aos impactos e as funções atribuídas a esse(s) indivíduo(s) de acordo com o ecossistema em que está inserido.
Também pode ser caracterizado como os recursos, condições e interações que permitem a sobrevivência de uma determinada população em um local específico.
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Entende-se por nicho ecológico todo conjunto de características e condições que permite a sobrevivência de uma determinada espécie no ambiente. Em outras palavras, representa o “papel ecológico” de um indivíduo no ambiente em que ele se encontra.
O nicho ecológico, teoricamente, pode ser dividido em dois tipos:
Enquanto o nicho fundamental é um parâmetro teórico que auxilia no estudo dos fatores ambientais fundamentais para a sobrevivência de determinada espécie, o nicho real lida com o impacto que essa espécie oferece e recebe com relação às demais espécies existentes em um mesmo ecossistema.
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Dois termos que frequentemente causam confusão dentro da Ecologia são Habitat e Nicho Ecológico, pois ambos os termos estão correlacionados e se referem a relação de determinado indivíduo em um ecossistema.
Entende-se por Habitat o local físico onde se vive um determinado organismo, o ambiente no qual determinada espécie está inserida. O Habitat então é composto por propriedades físicas, mas também pelos seres vivos inseridos na área determinada.
Nicho ecológico, como já foi dito, é o conjunto de condições que permite a sobrevivência de um indivíduo ou população e seus impactos em um ecossistema, ou seja, é a função de um organismo dada as condições do ambiente em que ele se encontra.
Uma analogia muito comum, mesmo que simples, é dizer que o habitat é como se fosse o endereço de uma espécie e o nicho ecológico é a profissão de uma espécie nesse endereço. Enquanto Habitat é o local onde uma espécie vive, Nicho ecológico é a função que essa espécie possui nesse habitat.
Diversas espécies podem desempenhar funções semelhantes em um mesmo ecossistema. Insetos de espécies diferentes e até pequenos animais, por exemplo, podem agir como agentes polinizadores, se alimentando do néctar presente nas flores e contribuindo para a disseminação dos grãos-de-pólen.
Embora essas espécies apresentem características diferentes, elas compartilham alguns fatores e funções, esse evento pode sistematicamente ser caracterizado como uma sobreposição de nichos.
A sobreposição de nicho acontece quando as necessidades de organismos diferentes são semelhantes. Geralmente esse processo está relacionado ao estabelecimento de relação de competição dependendo da dimensão da sobreposição. Por exemplo, os insetos diferentes e pequenas aves podem competir por néctar já que apresentam essa semelhança em seus nichos.
Os nichos ecológicos no ambiente estão sempre, de alguma forma, sobrepostos e dependendo do fator a ser analisado, podem não gerar competição.
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No Brasil, cerca de 80% da energia elétrica advém de hidrelétricas, cuja construção implica o represamento de rios. A formação de um reservatório para esse fim, por sua vez, pode modificar a ictiofauna local. Um exemplo é o represamento do Rio Paraná, onde se observou o desaparecimento de peixes cascudos quase que simultaneamente ao aumento do número de peixes de espécies exóticas introduzidas, como o mapará e a corvina, as três espécies com nichos ecológicos semelhantes.
PETESSE, M. L.: PETRERE JR., M. Ciência Hoje. São Paulo, n. 293, v. 49. jun, 2012 (adaptado)
Nessa modificação da ictiofauna, o desaparecimento de cascudos é explicado pelo(a):