Agentes Polinizadores/Dispersores e Plantas
Esse tipo de Mutualismo de configura como dispersivo e é estabelecido entre agentes polinizadores como insetos e pássaros ouagentes dispersores (herbívoros frugívoros) eplantas.
Os agentes polinizadores, ao se alimentarem do néctar presente nas flores, levam grãos-de-pólen para outras plantas contribuindo para a fecundação cruzada dos vegetais.
Os agentes dispersores são animais herbívoros, podendo ser frugívoros (se alimentam de frutos) ou não que, ao se alimentar do vegetal, carregam consigo as sementes que serão depositadas em outro ambiente e podem germinar gerando uma nova planta.
Abelhas coletando néctar e pólen de flores.
Camarão e Peixe
Camarões podem retirar parasitas e sujeiras fixadas em alguns peixes, funcionando como limpadores de espécies, podendo se alimentar desses parasitas, se protegerem de consumidores e o peixe em troca fica limpo e sem parasitas.
Camarões podem desempenhar papel de limpadores em diversas relações mutualísticas.
Caranguejo Paguro e Anêmonas-do-mar
O Paguro é um caranguejo desprovido de carapaça protetora e se aloja no interior de conchas vazias que muitas vezes atraem a fixação de actínias ou Anêmonas-do-mar. Dessa forma, as anêmonas-do-mar protegem o Paguro devido a presença de substâncias urticantes e o caranguejo amplia o território da anêmona ao se mover, além de fornecer restos de alimentos. Esse tipo de relação também tem caráter facultativo.
Caranguejo Calcinus laevimanus.
Cupim e Trichonympha collaris
Os cupins se alimentam de madeira, porém não possuem as enzimas necessárias para a degradação da celulose. Para isso, no interior do intestino dos cupins estão presentes protozoários da espécie Trichonympha collaris que conseguem metabolizar a celulose e liberar os produtos para a digestão do cupim. O cupim, por sua vez, fornece nutrientes e abrigo para o protozoário, estabelecendo uma relação obrigatória e trófica.
Assim como os cupins, os ruminantes como vacas e ovelhas também possuem esses microrganismos nos seus estômagos para a digestão de celulose.
Cupins.
Trichonympha collaris, simbionte do cupim.
Formiga e Acácia
Exemplo de Mutualismo Defensivo. As formigas utilizam plantas Acácias como abrigo e local para colocação de ovos, além de retirar do néctar das Acácias seu alimento energético e em troca defendem a planta contra herbívoros.
Formigas sobre folhas.
Liquens
Associação entre Fungos e Algas unicelulares que estão presentes em troncos de árvores ou em locais úmidos. Nesse tipo de relação, as algas sintetizam matéria orgânica através da fotossíntese e fornece como alimento para o fungo que, por sua vez, retira água e sais minerais do substrato para as algas, além de protegê-las da desidratação. Esse tipo de relação tem caráter obrigatório e entra na categoria de mutualismo trófico, uma vez que no ambiente terrestre, algas unicelulares não conseguiriam sobreviver.
Líquen crostoso escamuloso.
Micorriza
Micorrizas são interações entre raízes de plantas com hifas dos fungos. Nessa associação, as micorrizas aumentam a capacidade da planta de absorver nutrientes do solo, além de proteger a planta de desidratação e em troca o fungo recebe produtos da fotossíntese, como carboidratos, para serem utilizados na obtenção de ATP através da Respiração Celular.
Micorriza Arbuscular.
Pássaro e Crocodilo
O crocodilo africano abre sua boca para que pássaros como o pássaro-palito (Pluvianus aegyptius) retirem parasitas e sanguessugas que servem de alimento para o pássaro. Essa relação, embora benéfica para ambos os participantes, tem caráter facultativo e trófico. Em alguns casos, devido a alta independência desses indivíduos, essa relação é conhecida como protocooperação.
Crocodilo esperando pássaros para limparem sua boca.
Pássaro palito (Pluvianus aegyptius).
Seres Humanos e Bactérias
Os próprios seres humanos estabelecem relações mutualísticas com as bactérias presentes no seu intestino. Essas bactérias auxiliam na digestão e na produção de vitaminas e Ômega 3 e em troca recebem alimentos e abrigo no corpo humano.
Escherichia coli, principal bactéria presente na microbiota intestinal.