Como já definimos a aceleração tangencial, podemos avaliar suas características. A principal vem do fato dela mudar somente o módulo da velocidade. Uma vez que ela mede a rapidez com que a velocidade varia, a aceleração tangencial está no mesmo sentido que a velocidade vetorial se o movimento for acelerado, isto é, o módulo da sua velocidade aumenta.
Caso o movimento seja retardado, ou seja, o módulo da sua velocidade diminui, a aceleração está no sentido contrário ao do vetor velocidade.
Sabemos que a aceleração escalar mede o quão rápido o módulo do vetor velocidade varia. Este conceito vai ao encontro da definição de aceleração tangencial, visto que o módulo da aceleração tangencial é igual a sua aceleração escalar
$$ | \vec a_{tangencial} | = a_{escalar} = \frac {\Delta V}{\Delta t} $$
Nos movimentos uniformes, como no MCU, o módulo da velocidade é constante em toda a sua trajetória, logo não pode haver mudança na sua velocidade, desse modo a aceleração tangencial necessariamente deve ser nula. Mas isso não significa que o movimento seja livre de aceleração, uma vez que se muda a direção da velocidade, existe uma aceleração centrípeta.
Podemos explorar o movimento pendular para descrever algumas características da aceleração, como na figura:
Uma vez que a aceleração centrípeta é sempre normal à trajetória, ela faz \(90 ^\circ \) com a direção tangente, logo o ângulo entre a aceleração tangencial e a aceleração normal é necessariamente \(90 ^\circ \). Portanto o módulo da aceleração pode ser calculado pelo teorema de Pitágoras:
$$ a^2 = a_{tangencial}^2 + {a_{centrípeta}}^2 $$
Logo, o ângulo do vetor aceleração também pode ser definido em função da sua componente tangencial e centrípeta:
$$ tg \theta = \frac {a_{centrípeta}}{a_{tangencial}}$$