Também conhecida como população relativa, a densidade demográfica é um termo muito utilizado na demografia, que relaciona o número de habitantes e a área do território, ou seja, quantas pessoas vivem em determinada área.
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Geralmente, a densidade demográfica é expressa em habitantes por quilômetro quadrado ou habitantes por hectare, e é calculada da seguinte forma:
$$ DD = {PT \over A} $$
Por meio da densidade demográfica, é possível saber se uma área é muito ou pouco povoada. Uma área é considerada superpovoada quando as necessidades da população excedem ou ameaçam a capacidade de suporte do meio ambiente, como a disponibilidade de recursos naturais ou a capacidade da infraestrutura instalada, por exemplo.
O estudo da densidade demográfica é fundamental para o processo de planejamento urbano e regional.
Uma densidade demográfica ideal deve estar estritamente ligada a fatores como:
Dessa forma, não existe uma fórmula precisa que forneça a densidade ideal de uma área. Uma série de aspectos devem ser analisados conjuntamente com a densidade demográfica, para promover um habitar de qualidade para a população.
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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2018, o Brasil possui uma população de 208,4 milhões habitantes em uma área de 8.515.767,049 km², resultando em uma densidade demográfica de 24,47 habitantes por quilômetro quadrado.
Entretanto, se forem considerados valores de densidade demográfica regionais, essa relação se altera significativamente, como é possível observar no mapa abaixo:
O mapa revela que as maiores densidades demográficas - acima de 100 habitantes/km² -, se encontram em volta da megalópole Rio-São Paulo e de eixos espaciais intensamente urbanizados, como a região do Vale do Paraíba e as áreas litorâneas ou próximas ao extenso litoral brasileiro, consequência de um passado que implantou seus primeiros e mais estáveis pontos de povoamento próximo à costa.
A transferência da capital federal para o interior do país foi responsável, em grande parte, pelos demais pontos de maior densidade demográfica fora das regiões próximas ao litoral, localizado entre o eixo formado por Brasília e Goiânia.
As capitais planejadas de Belo Horizonte e Teresina também foram responsáveis por interiorizar grandes manchas urbanas nas regiões Nordeste e Sudeste.
As extensões territoriais de densidades demográficas mais baixas - até 1 habitante/km² - abrangem os estados da região Norte e Centro-Oeste, além de regiões do interior nordestino, sudoeste mineiro e nos pampas gaúchos.
Essa baixa densidade demográfica em vasta porção do território brasileiro se dá por diversas causas.
Uma delas está associada mais diretamente às condições naturais. Nesse sentido, situam-se nas baixas densidades demográficas regiões com enormes extensões de cobertura florestal, áreas destinadas a terras indígenas ou unidades de conservação ou territórios comprometidos com a produção de commodities agrícolas.
De acordo com um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), a população global atual é de 7,6 bilhões de habitantes. Devido a isso, estima-se que a densidade demográfica no mundo gira em torno de 50,66 habitantes/km² considerando apenas as extensão terrestre do planeta de 150 milhões de km².
Entretanto, assim como acontece no Brasil, esse valor não é representativo e por isso há regiões com densidades superiores e inferiores a média global.
Os cinco países/territórios dependentes com maior densidade demográfica são:
Os cinco países/territórios dependentes com menor densidade demográfica são:
Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela caatinga, em quase 800 mil km² de área. Quando não chove, o homem do sertão e sua família precisam caminhar quilômetros em busca da água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo. Segundo este levantamento, a densidade demográfica da região coberta pela caatinga, em habitantes por km², é de: