Você já parou para se perguntar por que ocorrem os terremotos? De onde surgiram as cordilheiras, que podem chegar a quase 9 mil metros de altitude? Todas as respostas podem ser obtidas a partir da teoria da Tectônica de Placas. Segundo esta teoria, a litosfera (camada sólida mais externa do planeta Terra) é constituída por placas que se movimentam constantemente e interagem entre si, resultando em atividade geológica.
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As placas tectônicas são enormes placas rígidas que compõem a litosfera, a camada mais externa da Terra. Elas flutuam sobre o manto terrestre, uma camada mais maleável e quente, que se comporta de maneira plástica devido às altas temperaturas e pressões. A litosfera é dividida em várias dessas placas, que variam em tamanho e forma, incluindo tanto a crosta continental quanto a oceânica.
O movimento das placas tectônicas é resultante de correntes de convecção de uma massa pastosa localizada logo abaixo da litosfera, chamada de magma. Existem sete grandes placas complementadas por outras placas menores:
A semelhança entre fósseis encontrados em diferentes continentes, o aparente encaixe entre continentes e outros estudos levaram o cientista alemão Alfred Wegener, no início do século XX, a formular a teoria chamada Deriva Continental.
A teoria diz que os continentes estão se separando e, há milhões de anos, já estiveram todos juntos num grande continente chamado Pangeia. Com a evolução da tecnologia, foi possível comprovar que os continentes realmente estão se afastando, devido ao movimento das placas tectônicas, a partir de um ponto comum, que seria a Pangeia.
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Existem três tipos de encontro de placas tectônicas, são eles: encontro divergente, convergente e transformante (Figura 2). Estes encontros podem gerar montanhas, vulcões, terremotos e tsunamis.
Com o movimento ascendente do magma, as placas são forçadas a se separarem e o magma, ao entrar em contato com a superfície, se solidifica, criando-se crosta. Deste modo, o encontro divergente está associado à criação de crosta, aumentando a área das placas tectônicas.
Ocorrem geralmente no fundo dos oceanos e formam as chamadas dorsais meso-oceânicas, que podem chegar até 4000 metros de altitude. Também podem ocorrer nos continentes, promovendo atividades vulcânicas ou vales em rifte, como os observados no Mar Vermelho e no Golfo da Califórnia.
Em encontros convergentes, uma placa se movimenta contra outra, ocorrendo o choque e a sobreposição das placas. É um encontro destrutivo, no qual a placa mais densa fica por baixo, ocorrendo subducção, e posteriormente fundindo-se e misturando-se ao magma. Devido ao atrito, a placa menos densa sofre orogênese, ou seja, se dobra ocasionando elevações que geram cordilheiras como a dos Andes e Himalaia.
Podem ocorrer encontros convergentes dos tipos oceano-oceano, oceano-continente e continente-continente:
Esse tipo de encontro ocorre quando duas placas se movem lateralmente, em direções opostas, sem haver consumo nem expansão de nenhuma delas. O exemplo clássico para esse caso é a Falha de San Andreas, na Califórnia (Figura 3).
As placas tectônicas estão em movimento constantemente, o que gera um acúmulo de tensões em profundidade. Quando a tensão acumulada excede um certo valor, ocorre uma ruptura dos materiais rochosos ao longo de uma falha, gerando um movimento vibratório que se propaga pelo interior da Terra e que se manifesta à superfície na forma de um sismo.
Estes movimentos vibratórios que se propagam pelo interior da Terra denominam-se ondas sísmicas e podem apresentar diferentes características.
São geradas nos focos sísmicos e se propagam no interior do globo. Podem ser de dois tipos:
São formadas com a chegada das ondas interiores à superfície terrestre e se propagam com velocidade inferior às ondas P e S. Também há dois tipos de ondas de superfície, as ondas L e R, e elas são as responsáveis pela maior parte da destruição causada por um terremoto. Essas ondas são capazes de percorrer enormes distâncias; ondas de superfície geradas por grandes terremotos dão várias voltas na Terra antes de se dissiparem.
As ondas sísmicas são detectadas e registradas por dispositivos chamados sismógrafos. Os registos efetuados por esses aparelhos são os sismogramas. A sua interpretação permite o reconhecimento e a leitura dos tempos de chegada das ondas sísmicas, possibilitando o cálculo da distância a que se encontra o epicentro – ponto da superfície da Terra onde primeiramente chega a onda sísmica – de um determinado sismo.
Os sismos podem ser caracterizados por duas grandezas: a intensidade e a magnitude.
A magnitude de um sismo é um valor calculado com base na quantidade de energia libertada no local da ruptura, também chamado foco ou hipocentro do sismo. Essa energia é determinada através da medição da amplitude máxima das ondas registadas nos sismogramas. Uma escala logarítmica, denominada escala Richter, é utilizada para medir essa grandeza.
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De repente, sente-se uma vibração que aumenta rapidamente; lustres balançam, objetos se movem sozinhos e somos invadidos pela estranha sensação de medo do imprevisto. Segundos parecem horas, poucos minutos são uma eternidade. Estamos sentindo os efeitos de um terremoto, um tipo de abalo sísmico.
ASSAD, L. Os (não tão) imperceptíveis movimentos da Terra. ComCiência: Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, n. 117, abr. 2010. Disponível em: http://comciencia.br. Acesso em: 2 mar. 2012.
O fenômeno físico descrito no texto afeta intensamente as populações que ocupam espaços próximos às áreas de: