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Hiroshima e Nagasaki

História Geral - Manual do Enem
Otávio Spinace Publicado por Otávio Spinace
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

Em 6 e 9 de agosto de 1945, os Estados Unidos encerraram definitivamente a Segunda Guerra Mundial após lançarem duas bombas atômicas contra o Japão, nas cidades Hiroshima e Nagasaki, respectivamente.

A rendição japonesa se deu de forma incondicional poucos dias depois. As bombas, desenvolvidas durante anos pelos americanos, devastaram completamente as duas cidades em questão de segundos.

Estas foram as únicas vezes em que armamentos nucleares foram utilizados em conflitos militares, e desde então foram responsáveis por modificar todos os paradigmas militares e pelo início de um período de medo, com a possibilidade de uma guerra nuclear.

A guerra no Pacífico 

ataque a Pearl Harbor, em dezembro de 1941, marcou a entrada de Estados Unidos e Japão na Segunda Guerra Mundial e deu início, oficialmente, à Guerra do Pacífico, uma de suas frentes de batalha mais importantes.

Ainda que contando com aliados de ambos os lados, os principais adversários nesse conflito eram americanos e japoneses. Além da frente do Pacífico, os Estados Unidos também se engajaram no apoio aos seus aliados europeus contra os nazistas, o que demandou o investimento em novas armas e estratégias em combate.

Após sucessivas investidas feitas de ambos os lados, as vitórias americanas, como na Batalha de Midway, em junho de 1942, deixaram clara a superioridade militar dos Estados Unidos, e os colocaram em posição vantagem na guerra.

Com isso, os americanos passaram a almejar que sua superioridade militar estivesse assegurada após o fim da guerra, já que a União Soviética também demonstrava grande capacidade militar.

O Projeto Manhattan

Com o início da guerra, logo surgiram os primeiros alertas sobre a possibilidade de construção de um novo tipo de bomba, baseado em reações nucleares. Até então esse tipo de bomba nunca havia sido produzido, e a expectativa era que quem conseguisse desenvolvê-lo primeiro não apenas venceria a guerra, mas teria uma superioridade inédita no campo bélico.

Ainda antes de entrar oficialmente na guerra, em 1939, os Estados Unidos passam a investir na pesquisa e construção desse novo tipo de arma. Um grupo de cientistas e engenheiros, liderados pelo exército americano, foi reunido e deu início ao “Projeto Manhattan”, contando, ainda, com o apoio de Canadá e Inglaterra.

Com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, em 1941, e as informações colhidas pelos sistemas de espionagem de que a Alemanha também estaria tentando produzir uma bomba atômica, o investimento do Projeto Manhattan passou a ser prioridade.

Após anos de pesquisa, em julho de 1945, os americanos realizaram o primeiro teste de uma bomba nuclear com sucesso. Depois do final da guerra, o Projeto Manhattan prosseguiu até 1947, quando foi substituído pela Comissão de Energia Atômica.

Hiroshima e Nagasaki

Durante a Conferência de Potsdam, que reuniu os Aliados em Berlim entre julho e agosto de 1945, foram apresentados os termos de rendição do Japão.

Com a negativa dos japoneses em aceitar tais termos, os Estados Unidos colocaram em ação o plano de utilizar as novas armas atômicas em campo de batalha pela primeira vez. Algumas cidades japonesas foram selecionadas como alvos potenciais, dentre as quais Hiroshima e Nagasaki, duas grandes cidades que permaneciam, até então, relativamente fora dos bombardeios americanos.

No dia 6 de agosto de 1945, o presidente americano Harry Truman, que havia assumido após a morte de Roosevelt em abril daquele ano, dá a ordem para o primeiro ataque nuclear.

A bomba, batizada de Little Boy, foi lançada sobre o primeiro alvo, Hiroshima, ainda durante a manhã. Estima-se que 80 mil pessoas morreram imediatamente após a explosão, e mais dezenas de milhares ficaram gravemente feridas.

A cidade de Hiroshima ficou praticamente destruída. Apesar de toda a destruição causada, o exército japonês relutou em se render, acreditando que ainda poderiam resistir e que os americanos não teriam outra bomba atômica.

Três dias depois, em 9 de agosto, os Estados Unidos lançam um novo ataque, dessa vez sobre a cidade de Nagasaki. A bomba Fat Man, apesar de mais poderosa que a anterior, teve seus efeitos reduzidos pela formação geográfica de Nagasaki, cercada por montanhas.

bomba atômica Fat ManBomba atômica "Fat Man"

Ainda assim, cerca de 40 mil pessoas morreram no momento da explosão, e outros milhares ficaram feridos, com gravíssimas queimaduras e lesões, a exemplo do que ocorrera em Hiroshima. Muitas pessoas que sobreviveram aos ataques, ou que residiam em áreas próximas, foram afetadas pela radiação e desenvolveram uma série de problemas de saúde, como câncer.

Dentre os que sobreviveram à explosão, uma parte morreu nos meses seguintes, contaminada pela radiação. Outra parte, além de desenvolver problemas graves de saúde, sofreu com o preconceito e a dificuldade de arcar com os custos médicos.

Desse modo, é muito difícil estimar o número exato de vítimas das bombas nucleares de Hiroshima e Nagasaki, mas seu potencial destrutivo foi superior a qualquer tipo de armamento produzido até então.

Sem qualquer possibilidade de resistência, em 14 de agosto de 1945 o Japão aceita os termos dos americanos. No dia seguinte, assina sua rendição, encerrando definitivamente a Segunda Guerra Mundial.

As consequências do ataque nuclear

Ainda que a justificativa oficial dos Estados Unidos tenha sido de que o lançamento das bombas atômicas tinha por objetivo acelerar a rendição do Japão e evitar ainda mais mortes, foi entendido como uma mostra de seu poder militar à União Soviética.

No contexto da Guerra Fria, houve a intensificação, nos dois países, dos investimentos em tecnologia nuclear. Esse processo ficou conhecido como “corrida armamentista”, e tinha por objetivo desenvolver armas que intimidassem a potência rival.

Em 1949, a URSS desenvolve sua primeira bomba atômica, e o mundo passa a viver sob a constante ameaça de uma guerra nuclear. 

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