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Nova Ordem Mundial: entenda o que é e principais características

História Geral - Manual do Enem
Otávio Spinace Publicado por Otávio Spinace
 -  Última atualização: 9/11/2023

Introdução

Nova Ordem Mundial é um conceito que passou a ser muito utilizado para se referir à nova configuração geopolítica global que surgiu após o final Guerra Fria, com o fim da União Soviética e o estabelecimento dos Estados Unidos como principal potência mundial.

A partir desse referencial inicial, o termo é utilizado para explicar de que maneira os países estão posicionados no cenário internacional, quais são seus interesses e de que forma se relacionam entre si.

Nesse sentido, a maioria dos especialistas em relações internacionais entende que há uma nova configuração dessa organização no mundo contemporâneo, que remodelou as relações e as disputas no cenário internacional.

Still Life Supply Chain Representation (1)

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Índice

O que é a Nova Ordem Mundial?

A Nova Ordem Mundial é um termo que descreve um período de mudança dramática nas relações políticas e no equilíbrio de poderes globais. O conceito surgiu após o fim da Guerra Fria e é frequentemente associado a uma série de tendências:

  • Globalização econômica e integração, onde as fronteiras nacionais são menos importantes para o comércio e a economia.
  • Ascensão de múltiplos centros de poder, diferentemente do período bipolar da Guerra Fria.
  • Aumento das organizações internacionais e regimes que governam a interação global.
  • Enfrentamento de problemas transnacionais, como as mudanças climáticas e o terrorismo, que requerem cooperação internacional.

Este conceito tem sido interpretado de várias maneiras, com diferentes conotações políticas, econômicas e sociais.

Principais características da Nova Ordem Mundial

A Nova Ordem Mundial não é um conceito único e definido, mas uma expressão que pode se referir a diferentes visões ou perspectivas sobre as mudanças geopolíticas e econômicas globais. Aqui estão algumas características frequentemente associadas a essa expressão:

  1. Globalização: Crescente interconexão de economias e sociedades através de comércio, investimento e tecnologia.

  2. Multipolaridade: O poder global é distribuído entre várias nações ou blocos de poder, ao invés de ser dominado por uma única superpotência.

  3. Integração Econômica: Formação de blocos econômicos regionais e acordos comerciais transnacionais.

  4. Tecnologia e Comunicação: Avanços tecnológicos que diminuem as distâncias e aceleram a comunicação e a troca de informações.

  5. Preocupações Ambientais: Reconhecimento crescente da necessidade de gestão sustentável dos recursos naturais e combate às mudanças climáticas.

  6. Movimentos Sociais: Maior influência de movimentos sociais que transcendem fronteiras nacionais, muitas vezes impulsionados pelas redes sociais.

  7. Conflitos e Cooperação: Uma complexa teia de alianças e rivalidades internacionais, com a diplomacia e as organizações internacionais desempenhando papéis cruciais.

  8. Cultura e Identidade: Um diálogo contínuo entre a preservação da identidade cultural e a aceitação da diversidade cultural.

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O mundo bipolar 

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética emergiram como superpotências e passaram a disputar a hegemonia global.

Essa disputa, que - em razão do não enfrentamento dos dois países no campo militar - ficou conhecida como Guerra Fria, resultou em um mundo bipolar, ou seja, com dois polos de poder.

De um lado, estavam os Estados Unidos, de economia capitalista, liderando um bloco de países também capitalistas. De outro lado, o mesmo acontecia com a União Soviética, mas com uma economia socialista e aliados também contrários ao capitalismo.

Durante mais de 40 anos, essa oposição foi dominante no cenário internacional, e isso fez com que os conflitos internos e interesses dos demais países também estivessem submetidos à lógica do mundo bipolar.

O resultado disso, na prática, levava ao alinhamento quase obrigatório com uma das duas superpotências.

Essa organização mundial manteve sua força até meados dos anos 1980, mas passou a dar sinais de deterioração com a queda do Muro de Berlim, em 1989, que resultou na reunificação da Alemanha e na dissolução da União Soviética, em 1991.

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O mundo “unimultipolar”

Após esses dois eventos que marcaram o final da Guerra Fria, os Estados Unidos assumiram o posto de maior potência global, já que não possuíam mais um rival com o poder da União Soviética.

Mesmo a Rússia, principal herdeira do espólio soviético, não tinha mais o potencial militar de sua antecessora, e atravessou uma grave crise econômica durante a transição para o capitalismo. Esse processo foi, inclusive, influenciado pelos americanos.

Dessa forma, os Estados Unidos puderam expandir seu domínio ao redor do globo, bem como impor uma hegemonia capitalista sobre os outros países até então inédita.

Essa hegemonia capitalista, associada à integração econômica e ao intercâmbio cultural e social desse período, incrementados pelas novas tecnologias no campo da comunicação e transportes, levaram à consolidação do processo de globalização.

Cabe ressaltar que essa integração econômica, contudo, não é sinônimo de desenvolvimento equivalente entre os países. Ela integrou e espalhou os processos de produção e o consumo de mercadorias pelo mundo, mas manteve uma hierarquia internacional e não resultou na diminuição das desigualdades sociais e regionais.

A expansão americana, a partir de então, se deu muito mais pelo campo econômico do que pelo militar, embora os Estados Unidos continuassem participando de conflitos bélicos em outros países. 

Isso levou alguns pesquisadores a criarem, em oposição ao período da Guerra Fria, o conceito de mundo unipolar, ou seja, dominado por uma única potência: os Estados Unidos. 

Essa classificação, contudo, não era consensual, já que ao mesmo tempo houve um fortalecimento gradual de países de economia muito desenvolvida, caso do Japão, e de blocos econômicos, como a União Europeia, liderada pela Alemanha.

Desse modo, outro grupo de pesquisadores considera que o termo “multipolar” seria o mais adequado para identificar a dispersão de pólos de influência ao redor do mundo. 

Há, ainda, um terceiro grupo que defende o uso do termo “unimultipolar”, para descrever a ocorrência de uma ordem globalizada, com a existência de diversos polos de poder, mas ainda sob liderança dos Estados Unidos.

ascensão da China como potência econômica nos últimos anos, bem como a recuperação da Rússia e a expansão de sua presença no cenário internacional, fortalecem a tese de diversos polos de poder.

Cabe ressaltar, contudo, que as classificações respondem a pontos de vista distintos, que enfatizam aspectos diversos. Portanto, não podemos facilmente dizer que uma delas é correta e as outras erradas. É preciso levar em conta o contexto e os objetivos de cada autor ao usá-las. 

Divisão norte e sul

Outra característica da nova ordem mundial é a substituição da antiga divisão do globo entre leste e oeste, composta por países socialistas e capitalistas, respectivamente, para uma nova divisão: países desenvolvidos (ou ricos), localizados majoritariamente no hemisfério norte, e países subdesenvolvidos (ou pobres), localizados majoritariamente no hemisfério sul.

Assim como a divisão entre leste e oeste, a divisão entre norte e sul contém exceções. A mais notável é a Austrália, país de renda per capita elevada, mas que está localizado na região sul do planeta, bem como a ocorrência de uma classificação intermediária entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos: a de países “em desenvolvimento”.

Essa classificação dos países em desenvolvimento engloba nações que têm crescido economicamente, como China, Rússia, Brasil, Índia e outros.

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Resumo sobre a Nova Ordem Mundial

Dentro da discussão sobre a nova ordem mundial, cabe destacar que o arranjo global não é estático e está sempre em alteração.

Desse forma, alguns interesses consolidados logo após o período da Guerra Fria já se modificaram, e novos atores, como a China, ganham posição de destaque cada vez maior no cenário internacional.

Junto a isso, devemos levar em conta os conflitos e tensões no interior de cada país, que também influenciam e transformam constantemente a ordem mundial.

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