O período Clássico foi marcado, em especial, pelo apogeu da democracia em Atenas, então principal cidade-estado grega.
Embora já estivesse se desenvolvendo desde o período Arcaico, é sob o governo de Péricles, no período Clássico, que a democracia ateniense se consolida plenamente como a conhecemos.
Contudo, cabe destacar que a democracia na Grécia Antiga possuía diferenças em relação à atual. Para possuir direitos políticos, era necessário ser cidadão ateniense, e apenas homens, filhos de atenienses, livres e maiores de idade reuniam as condições necessárias para isso. Ou seja, escravos, mulheres, crianças e estrangeiros estavam excluídos das decisões políticas.
Segundo algumas estimativas, a taxa de cidadãos atingia cerca de 15% da população ateniense. Além do desenvolvimento da democracia, nesse período também houve o auge da filosofia e das artes, o que incluía a pintura, a escultura e o teatro gregos, que se tornariam referência para o mundo ocidental.
No campo político e militar, o período Clássico foi marcado por diversas guerras envolvendo os gregos. Em 499 a.C. tiveram início as Guerras Médicas, entre o Império Persa e a Grécia. O conflito recebeu esse nome porque os persas eram conhecidos pelos gregos como “medos”. As Guerras Médicas duraram até 449 a.C., consagrando os gregos como vencedores e limitando a expansão do Império Persa.
A vitória consolidou a posição de Atenas como principal cidade-estado, centro comercial e cultural da Grécia. Contudo, a hegemonia de Atenas também provocou o acirramento das disputas com as póleis rivais, como Esparta e Corinto.
Naquele momento, Atenas liderava uma confederação de cidades chamada Confederação de Delos, que havia sido formada durante as Guerras Médicas, enquanto Esparta liderava a Liga do Peloponeso.
Entre 431 e 404 a.C. as cidades-estados estiveram em conflito. Em um primeiro momento, os espartanos conseguiram a vitória e impuseram sua hegemonia sobre a Grécia, dissolvendo a Liga de Delos. Essa posição chegou a ser contestada novamente por Atenas, que conseguiu, mais uma vez, se impor como dominante por um breve período. Posteriormente, foi a vez da cidade-estado de Tebas. Contudo, o cenário na Grécia com os sucessivos conflitos internos permaneceu extremamente instável, o que facilitou a ação de invasores.