As consequências da Primeira Guerra Mundial afetaram de muitas maneiras os países que participaram do conflito. No caso da Alemanha, a derrota na guerra e a imposição do Tratado de Versalhes causaram grandes prejuízos materiais e impediram a reconstrução do país após a instituição da República de Weimer.
A crise de 1929, iniciada nos Estados Unidos, atingiu todo o continente europeu e piorou ainda mais as condições de vida de boa parte da população.
Já no caso da Itália, apesar de ter sido uma das nações vencedoras, o clima político também era de dificuldades. Muitos jovens que haviam participado dos combates acreditavam que os ganhos obtidos pela Itália no conflito não eram suficientes em vista dos sacrifícios e das perdas que haviam sido impostos.
Esse ambiente de instabilidade social que surgiu no período entreguerras (1918-1939) favoreceu o crescimento de movimentos autoritários e nacionalistas, que buscavam justificar os problemas vividos por seus países na ação de grupos minoritários, como comunistas, judeus, estrangeiros etc.
Com seu fortalecimento, esses movimentos chegaram ao poder de diversas formas, mas uma vez no controle do Estado, demonstraram seu caráter autoritário, o desrespeito às liberdades individuais e promoveram o fechamento político do regime.
Esse processo ocorreu em países como Itália, Alemanha, Espanha, Portugal, Bulgária, Polônia e Hungria, entre outros, mas também teve repercussões fora da Europa. Dessa forma, vemos que não é possível compreender o surgimento dos primeiros regimes totalitários dissociado do contexto histórico que atravessava a Europa do pós-guerra.
Hitler e Mussolini. Ditadores da Alemanha e Itália