As orações coordenadas são orações que estão relacionadas, trazendo uma mesma ideia, mas que apresentam autonomia uma em relação à outra.
Isso significa que elas possuem sentido independentemente das outras orações a que se ligam, ligação essa que pode ser feita ou não com conjunção, o que determinará sua classificação como sindética ou assindética, como veremos posteriormente.
Ao falar de orações coordenadas, deve-se lembrar do conceito de período composto. O período composto é aquele formado por duas ou mais orações.
Lembre-se de que orações são enunciados construídos em torno de um verbo e que podem ser sintaticamente analisados. O período pode ser composto por coordenação ou por subordinação.
No caso das orações coordenadas, temos orações independentes em relação ao sentido, mas que, juntas, trazem informações umas sobre as outras.
Apesar disso, é importante lembrar que elas não exercem função sintática uma em relação ao outra. Veja exemplos de orações coordenadas:
Vim, vi, venci.
No exemplo acima, tem-se três orações. As três orações são independentes entre si, pois apresentam sentido independentemente das demais.
Eles chegaram atrasados, mas conseguiram fazer a prova.
As orações que compõem o período usado como exemplo anteriormente possuem sentido completo sozinhas, mas, juntas, estabelecem uma nova relação, determinada, nesse caso, pela conjunção mas, que está indicando uma ideia de oposição.
As orações coordenadas podem ser divididas entre sindéticas e assindéticas, de acordo com o uso ou a ausência de conjunções coordenativas que liguem as orações.
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As orações coordenadas assindéticas são aquelas que se ligam sem o uso de conjunções. Em geral, elas aparecem ligadas por vírgulas ou ponto e vírgula. Veja um exemplo:
Ontem Mário cantou, dançou, festejou.
Entrei; ninguém me viu.
Em oposição às orações coordenadas assindéticas, as coordenadas sindéticas são introduzidas por uma conjunção coordenativa.
Elas podem ser classificadas de acordo com a relação estabelecida a partir da conjunção utilizada, podendo ser aditivas, adversativas, conclusivas, entre outras. Veja um exemplo:
Ela estuda, mas nada aprende.
Perceba que as duas orações que compõem o período analisado são independentes, ou seja, possuem sentido completo sozinhas.
Apesar disso, ao aparecerem unidas, ligadas por uma conjunção – no caso, a conjunção mas, que estabelece uma relação adversativa, ou seja, de oposição – elas constroem uma nova significação.
Assim, no exemplo mostrado, pode-se dizer que tem-se, em mas nada aprende, uma oração coordenada sindética adversativa.
Em geral, as orações coordenadas sindéticas são divididas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. A seguir, veja como cada um desses tipos se configura.
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As orações encadeadas indicam acréscimo umas às outras, pode-se dizer que, de certa forma, elas estão em sequência. Veja um exemplo:
Elas não apenas estudaram, como também tiraram a nota máxima.
O sentido adversativo é aquele que indica uma oposição em relação ao que foi dito anteriormente, podendo caracterizar, portanto, uma ideia de contraste. Exemplo:
Ela acordou tarde, mas não perdeu o ônibus.
As orações alternativas indicam opções, podendo exprimir pensamentos que se excluem ou alternativas. Exemplo:
Ou você estuda ou não poderá mais sair aos finais de semana.
Para receber essa classificação, a segunda oração apresenta-se como uma conclusão do raciocínio desenvolvida na primeira.
Eles estudaram muito, logo, tiveram um bom desempenho na avaliação.
Nesse tipo de construção, a segunda oração traz uma explicação acerca de uma declaração contida na primeira oração. Veja:
Não ande desagasalhado, pois faz mal.
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Assinalar a alternativa que apresenta orações de mesma classificação que as deste período: Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos.