A transitividade verbal diz respeito à necessidade (ou não) que um verbotem de ser complementado com outros elementos linguísticos. Estes podem se ligar ao verbo por meio de preposição.
Quando se fala de transitividade verbal, fale-se da compreensão acerca do sentido da ação expressa por um verbo.
Se essa ação pode ser entendida completamente apenas por meio do verbo, sem necessidade de algum complemente, diz-se que o verbo é intransitivo.
Se, por outro lado, a ação precisa de informações que a componham, pois não apresenta um sentido completo apenas com o uso do verbo, diz-se que se trata de um verbo transitivo. Neste caso, será exigido, portanto, um complemento verbal.
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Para facilitar o entendimento do conceito de transitividade verbal, vamos analisar alguns exemplos:
Nessa frase, tem-se que “a cidade” é o sujeito ao qual o verbo “dorme” se refere. O verbo “dormir” apresenta sentido completo. Isto é, nenhuma informação complementar é necessária para que o leitor compreenda integralmente a ação, que está totalmente expressa no próprio verbo. Por isso, diz-se que é um verbo intransitivo (VI).
O sujeito “nós” está oculto (ou elíptico). Pode ser percebido pela desinência do verbo da oração “ganhamos”. O ato de ganhar pressupõe um prêmio, uma conquista. Ou seja, quem ganha, ganha alguma coisa (seja um objeto ou uma homenagem, por exemplo).
Portanto, “ganhar” pode ser classificado como um verbo transitivo, visto que precisa de um complemento para ter seu sentido completo. O complemento verbal em questão se liga ao verbo diretamente, isto é, sem necessidade de preposição. Por isso, neste caso, o complemento é chamado de objeto direto (OD).
O verbo “haver”, no sentido de existir, é impessoal. Trata-se de uma oração sem sujeito. Ainda assim, ele exige um complemento, pois houve algo (um evento, um objeto, uma ocorrência). Dessa forma, por não exigir um complemento iniciado por preposição, esse verbo também pode ser classificado como transitivo direto (VTD).
No exemplo, “grandes festejos” ocupa a função sintática de objeto direto, pois complementa o sentido proposto pelo verbo haver.
Nesse exemplo, tem-se o sujeito elíptico “eu” e o verbo que o determina é “gosto”. A ação expressa por esse verbo pressupõe que se goste de alguma coisa. Dessa forma, para complementar o sentido verbal, é necessário ligar uma ideia ao verbo por meio da preposição “de”, o que o torna um verbo transitivo indireto (VTI).
Seguindo a nomenclatura, o complemento verbal, iniciado por preposição, é chamado, portanto, de objeto indireto (OI).
Na oração acima, “os jornalistas” exerce função sintática de sujeito do verbo “informaram”. O ato de informar, por sua vez, exige complementos acerca de sua natureza, visto que é possível informar alguma coisa, assim como também é possível informar a alguém.
No exemplo em questão, os dois complementos aparecem para garantir a plena compreensão do ato expresso pelo verbo. Quando um verbo é complementado, simultaneamente, por um objeto direto (no exemplo analisado: “a verdade”) e por um objeto indireto (“aos leitores”), tem-se um verbo transitivo direto e indireto (VTDI) ou, ainda, um verbo bitransitivo.
Em resumo, a transitividade verbal se relaciona à plena compreensão do ato expresso pelo verbo. Nesse sentido, tem-se duas possibilidades: o verbo pode ser intransitivo ou transitivo.
Observe a oração: “... e Fabiano saiu de costas...”.
Assinale a alternativa em que a oração também tenha verbo intransitivo: