A fibra de vidro surgiu na década de 1930, quando cientistas começaram a experimentar a transformação do vidro em filamentos finos para uso industrial. A invenção desse material é atribuída principalmente a Russell Games Slayter, que, em 1938, desenvolveu um método para fabricar fios contínuos de vidro, abrindo caminho para a produção em larga escala.
Inicialmente, a fibra de vidro foi utilizada como isolante térmico e acústico, mas logo passou a ser empregada como material de reforço em compósitos, dada sua resistência e leveza.
Esse é um material compósito, ou seja, é formada pela combinação de dois ou mais materiais com propriedades diferentes para criar um produto mais resistente e funcional.
No caso da fibra de vidro, os filamentos de vidro são responsáveis por conferir resistência, enquanto a resina poliéster atua como matriz, unindo os filamentos e garantindo a moldagem e a flexibilidade do produto final.
O processo de fabricação começa com a fusão de vidro em altas temperaturas, por volta de 1.500 °C, até formar uma massa líquida. Essa massa é então extrudada, ou seja, puxada por pequenos orifícios para formar filamentos muito finos.
Após a extrusão, esses filamentos são resfriados rapidamente para garantir sua estrutura sólida. Em seguida, eles passam pela aplicação da resina poliéster, que pode ser distribuída por meio de processos como laminação ou moldagem.
A combinação dessas etapas resulta em painéis ou peças reforçadas, com propriedades superiores às do vidro comum ou das resinas isoladamente.