Modernidade líquida é o termo usado pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman para definir o tempo presente, também chamado de pós-moderno por alguns sociólogos e cientistas sociais.
A associação com o líquido vem do fato de que a sociedade atual seria, segundo Bauman, marcada pela liquidez, volatilidade e fluidez. As relações e acontecimentos não são feitos para durar, são rápidos, estão em constante mudança e não conservam sua forma por muito tempo.
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O conceito de "modernidade líquida" foi introduzido pelo sociólogo Zygmunt Bauman para descrever a condição contemporânea da sociedade globalizada.
Esse conceito é uma metáfora para capturar a natureza fluida, volátil e dinâmica das relações sociais, instituições e identidades no mundo moderno. Bauman contrasta a "modernidade líquida" com a "modernidade sólida" do passado, onde as estruturas sociais, econômicas e políticas eram mais estáveis e previsíveis.
A modernidade líquida apresenta algumas características que permitem identificá-la com mais facilidade:
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As principais características das relações líquidas incluem:
Efemeridade: As relações são frequentemente de curta duração, com um compromisso reduzido a longo prazo.
Flexibilidade: As pessoas entram e saem de relacionamentos (sejam amizades, relações amorosas ou laços profissionais) com mais facilidade, adaptando-se às mudanças nas circunstâncias ou preferências pessoais.
Superficialidade: Há uma tendência para relações menos profundas e mais centradas no imediatismo e na auto-gratificação.
Individualismo: As relações líquidas refletem um foco maior no indivíduo e suas necessidades, em vez de um compromisso comunitário ou coletivo.
Tecnologia e Comunicação Digital: A comunicação moderna, frequentemente mediada por tecnologia, pode tanto facilitar quanto impedir conexões mais profundas e duradouras.
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Na modernidade líquida, os produtos e as experiências de consumo tornam-se símbolos de identidade, mas, diferentemente de épocas anteriores, essas identidades são efêmeras e facilmente descartáveis.
O consumismo, portanto, não é apenas um ato de comprar, mas um meio de navegar e se adaptar à rápida mudança de normas sociais e estilos de vida. Ele se alinha com a natureza líquida da modernidade ao encorajar a constante reinvenção do self, uma busca incessante por novidades e a substituição rápida de bens e ideias. Assim, Bauman sugere que o consumismo é uma resposta adaptativa à incerteza e à transitoriedade da vida moderna, onde o "novo" é sempre valorizado e o "antigo" rapidamente descartado.
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Na modernidade líquida, a personalidade do indivíduo influencia a formação da sociedade. Inicialmente, na ausência dos padrões da modernidade sólida, a identidade individual é moldada pelo estilo de vida, pelos hábitos de consumo e pela maneira como consome. Além disso, nesta era, há uma constante fluidez e transformação.
A modernidade líquida, conceito proposto por Zygmunt Bauman, descreve uma era de transitoriedade e fluidez nas relações sociais, identidades e instituições. Caracteriza-se pela erosão de laços comunitários estáveis, predominância do individualismo e um mercado de trabalho flexível, marcado pela precariedade.
Este período é também definido pelo consumismo intenso, onde a identidade é frequentemente atrelada à posse de bens. A rápida mudança tecnológica promove uma cultura de gratificação instantânea e desafia a capacidade de manter conexões humanas significativas.
Na política, observa-se um crescente desengajamento e cinismo. A modernidade líquida traz desafios significativos para a saúde mental, exacerbando sentimentos de incerteza e ansiedade.
Conceito de Modernidade Líquida: Criado por Zygmunt Bauman, descreve uma sociedade caracterizada pela transitoriedade e pela fluidez, contrastando com a "modernidade sólida" de estruturas fixas e estáveis.
Relações Efêmeras: As relações humanas na modernidade líquida são marcadas pela brevidade e pela fragilidade, substituindo laços duradouros por conexões passageiras.
Consumismo como Identidade: Na modernidade líquida, a identidade do indivíduo é frequentemente moldada e expressa através do consumo, refletindo um estilo de vida em constante mudança.
Flexibilidade e Mudança Constante: As instituições e estruturas sociais são fluidas, adaptando-se rapidamente às novas condições e necessidades.
Impacto da Tecnologia: A tecnologia, especialmente a comunicação digital, facilita e ao mesmo tempo complica as interações sociais, promovendo conexões instantâneas, mas muitas vezes superficiais.
Individualismo: Há um foco crescente na autonomia e na liberdade individual, muitas vezes em detrimento de valores comunitários ou coletivos.
Incerteza e Insegurança: A modernidade líquida traz consigo sentimentos de incerteza e insegurança, com mudanças rápidas e imprevisíveis em aspectos sociais, econômicos e políticos.
Dinâmica Social: As dinâmicas sociais são caracterizadas por uma constante movimentação e reconfiguração, resistindo a padrões estáveis e previsíveis.
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Leia o texto a seguir.
O avanço do uso de novas tecnologias de informação e comunicação altera as relações sociais, os hábitos cotidianos e os costumes das pessoas, especialmente nas grandes cidades. Um exemplo é a crescente utilização da Internet, das redes sem fio, dos celulares e smartphones tanto em pesquisas escolares como nos espaços privados e públicos. Nos trens, nos ônibus e nas ruas, o uso dessas tecnologias se multiplica e se transforma quase em uma regra, relegando àqueles que não os usam como comportamentos “fora dos padrões”.
(Adaptado de: OLIVEIRA, L. F.; COSTA, R. C. R. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2013. p.250-254.)
Com base na charge, no texto e nos conhecimentos sociológicos sobre os efeitos da expansão das novas tecnologias de informação e comunicação nas relações sociais, assinale a alternativa correta: