O Oscar é a premiação mais importante do cinema mundial. A cerimônia, que teve início em 1929 e já está em sua 94ª edição, atrai cinéfilos de todos os cantos para acompanhar as homenagens aos filmes, artistas, diretores e outros profissionais que se destacaram em suas produções.
Os filmes indicados ao Oscar são aqueles que marcaram o universo do cinema seja pela fotografia, figurino, trilha sonora, efeitos especiais, roteiro ou edição. O fato é que uma produção indicada ganha ainda mais visibilidade e entra para a lista de maratonas de quem gosta de assistir um curta ou longa-metragem de qualidade.
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Se você vai fazer a prova do Enem ou de outros vestibulares, saiba que os filmes indicados ao Oscar podem te ajudar e muito nas provas. Afinal, o aluno que tem um bom repertório sociocultural com certeza se destaca principalmente na prova de redação.
Como são muitas produções indicadas ao Oscar ao longo dos anos, a Revista Quero vai te ajudar com 6 filmes para usar no Enem e outros vestibulares. A lista foi recomendada pelo professor de história do Colégio Anglo Chácara Santo Antônio, Aluízio Torres. Confira:
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6 filmes do Oscar para usar no Enem e outros vestibulares
1. No ritmo do coração (CODA)
De acordo com o professor, as políticas de inclusão que vivenciamos nos últimos anos podem parecer distantes quando não se tem o contato direto com pessoas surdas ou portadoras de alguma deficiência auditiva.
O filme ganhador do Oscar 2022 de Melhor Filme é uma boa oportunidade para de alguma forma tentar compreender essas pessoas pelo ponto de vista de uma família na qual apenas a filha é ouvinte. Torres ressalta ainda a ideia de humanização apresentada na obra, em que se pode observar a comunidade PcD como protagonista, ao invés de perpetuar preconceitos ou clichês.
2. Belfast
O filme se passa na década de 1960 e tem como plano de fundo as questões sociais, econômicas e religiosas na Irlanda do Norte. A produção foca no cotidiano de uma família protestante e é através desse olhar intimista que a narrativa é construída, o que ajuda a apurar o olhar e facilitar a compreensão do impacto desse momento para o cotidiano das pessoas.
De acordo com o professor Aluízio Torres, o filme pode ajudar o aluno a compreender, além das crises religiosas, o clima tenso no final da década de 1960, com os movimentos operários e os ecos das Revoluções de 1968.
3. Não olhe para cima
Segundo o professor, vivemos em uma época de descrédito científico, afetado diretamente pela difusão de Fake News e o filme é direto em tratar esse tema. Porém, essa obra pode se tornar um clichê em redações pelo excesso de citações ou referências, então aqui cabe um pouco mais de senso crítico.
O filme é quase em tom de fábula, não se tem a pretensão de verossimilhança, mas sim de uma alegoria do século XXI (ou do período da Pandemia, talvez). A dica do professor é que o aluno expanda sua análise para temas que são reais, atuais e que se aproximem da problemática do filme.
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4. Cruella
Para o professor Aluízio Torres, Cruella é um filme divertido, mas que tem uma direção de arte muito interessante para se refletir sobre Cultura e Contracultura. Não é à toa que a história de passa em Londres nos anos de 1970, no auge do movimento Punk.
As distinções entre as personagens Cruella e a Baronesa Von Hellman são acompanhadas pelos figurinos (ganhador do prêmio nessa categoria) e pela seleção musical. Não é obviamente um documentário sobre o momento, mas é uma obra figurativa da estética rebelde do período e é uma boa oportunidade para aumentar o repertório musical.
5. Os olhos de Tammy Faye
Assunto polêmico no Brasil, o televangelismo é abordado no filme sem juízos de valor. É dado ao espectador o poder de decidir, principalmente porque o foco é a personagem principal que dá nome ao título. Com sua maquiagem característica e toda a estética extravagante dos anos 1970 e 1980, os personagens convivem com a fé e o luxo gerado pelo fenômeno de mídia dos programas religiosos televisionados.
O professor destaca ainda que vale a pena assistir o filme para compreender também parte da realidade das mídias brasileiras e obter mais argumentos para se discutir essa questão no Brasil de hoje.
6. Summer of Soul (...ou, Quando a Revolução Não Pôde Ser Televisionada)
Segundo o professor, esse documentário que é um prato cheio para quem gosta de música mas que é muito importante para o aluno refletir sobre cultura afro-americana e os movimentos dos direitos civis na década de 1960.
O filme é sobre o Harlem Cultural Festival de 1969 e conta com entrevistas e filmagens de artistas como Steve Wonder, Nina Simone e B.B. King. O filme não se limita às apresentações musicais, mas ele narra todo o contexto da época, uma aula de História ao som dos grandes nomes do Soul.
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Outros filmes para usar no Enem e vestibulares
Quer ampliar ainda mais o seu repertório e assistir outras produções? Então confira a lista de séries indicadas pelo coordenador pedagógico do Colégio Oficina do Estudante, Daniel Cecílio:
Cosmos
Nesta série, o astrofísico Neil de Grasse Tyson apresenta revelações sobre o tempo e o espaço. É uma continuação da série de 1980, Cosmos, que foi apresentada por Carl Sagan e, como a primeira, tem como objetivo explicar como o universo funciona para uma audiência o mais ampla possível, não apenas para aqueles interessados em ciência.
Explicando
Série de pequenos documentários, com menos de 20 minutos. Sintonizada nos dias atuais, a série explora temas tão variados como a ascensão das moedas digitais, a razão do fracasso das dietas e o mundo selvagem do K-pop. Destaque para os episódios “Politicamente correto”, “Monogamia” e “A diferença de riqueza entre brancos e negros”.
Black Mirror
Essa é uma série de pequenos e intensos contos de ficção em que a tecnologia ocupa lugar central, embora as histórias sejam sempre sobre relações humanas. Apesar de ambientados no futuro (próximo ou distante), os episódios podem ser uma ferramenta poderosa para repensarmos como vivemos hoje.
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