* Texto escrito pela colaboradora Ayumi Fumayama
O ensino a distância (EAD) é uma modalidade de educação que vem ganhando força nos últimos tempos no Brasil, e no mundo também.
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Com a pandemia do novo coronavírus, a busca por cursos EAD sofreu um boom, visto que, devido ao isolamento social, foi a única opção de continuar estudando.
A Educação a Distância é uma modalidade de ensino que usufrui de tecnologias (como computadores, celulares, tablets e internet) para ser o meio de transmissão de conteúdos onde alunos conseguem ter aulas com docentes, independente de onde estiver geograficamente, sem a necessidade de deslocamento para instituições físicas.
Engana-se aqueles que acham que a modalidade é nova no Brasil. No ano de 1961, foi criada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), e em 1966 o ensino a distância (EaD) começou a ser reconhecido como modalidade de educação nos níveis básico, técnico e superior. Essa lei legisla que o diploma de quem cursa uma modalidade a distância seja igual ao de quem cursar presencialmente.
O EaD é uma forma de democratização e inclusão do ensino país afora, visto que por anos, instituições de ensino de qualidade ficaram concentradas em grandes polos, como São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, os custos com um curso a distância é menor, visto que não é necessário espaços físicos. Portanto, mensalidades em EaD são quase sempre mais em conta que cursos presenciais.
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Assim como as instituições de ensino tiveram que mudar o mindset com os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus, as empresas também tiveram que passar por algumas reformulações no modo de trabalho, contratações e necessidades.
A Receba Gondim, auxiliar de recrutamento na 99, contou um pouco de como está sendo a experiência de recrutar novos profissionais durante a pandemia do novo coronavírus.
“A pandemia fez com que os RHs pudessem ver as formas digitais com outros olhos. O digital é tão presente e essencial no nosso dia a dia, dentro dos escritórios e grandes empresas, porque não valorizar aqueles que usam essa tecnologia para estudar? Sentimos na pele o que é não poder sair de nossas casas e ter apenas as telinhas de celular e computadores para trabalhar e estudar. Além disso, as graduações EaD tem o mesmo peso de uma graduação presencial e chega a ser engraçado porque esses alunos de EaD, muitas das vezes, têm uma presença digital fantástica em calls, eles sabem lidar melhor com essa forma cibernética de trabalhar, se destacando em reuniões”
Como já citamos acima, o ensino a distância é uma modalidade de estudo que expande a oportunidade de educação pelo país. É uma boa pedida também para aquele que tem uma rotina puxada e tem pouco tempo para se dedicar aos estudos, já que diversos cursos podem ser feitos de acordo com a sua disponibilidade.
Além disso, o EaD tem alguns pontos interessantes, visto que os estudantes precisam ter um Q.I autodidata, ajudando a desenvolver soft skills como organização, gestão de tempo e pessoal, disciplina, proatividade e autonomia. Ponto que os RHs de empresas procuram em um candidato durante um processo seletivo.
São diversos decretos, portarias e normativas que regulamentam a educação a distância no Brasil. Dessa forma, o ensino EAD é regulamentado, o que faz com que as instituições sigam normas pré-estabelecidas tornando o ensino tão formal e confiável quanto o ensino presencial. Com a vinda do ‘novo normal’, é esperado que instituições de ensino foquem mais ainda e aprimorem as estruturas de cursos de ensino a distância.
A Emília Guimarães, da área de novo projetos do SENAC-SP falou sobre como a pandemia influenciou no trabalho das universidades:
“Tínhamos uma quantidade mínima de cursos em formato em EaD, nosso forte era o curso presencial, mas com a pandemia tivemos que nos reformular rapidamente e com o que tínhamos em mãos, sem treinamentos de novas plataformas e oferecer as aulas presenciais de forma remota. Hoje, devido às novas demandas, já possuímos alunos de graduação presencial migrando para o EaD, pois viram que esse formato de aula se encaixa melhor na rotina.”
O EaD pode parecer para muitos uma opção mais fácil de estudo, mas de um modo geral, pode ser até mais complicada para quem não tem o jeito de estudar sozinho. Separamos algumas dicas de quando é viável fazer um curso a distância:
O curso escolhido não é oferecido em alguma unidade próxima a sua casa: em cursos técnicos é muito comum (principalmente em ETECs) que não tenha um grande leque de opções de campus, sendo este um dos principais motivos para a desistência de alunos que não suportam a distância devido a gastos ou rotina desgastante. Com o EaD isso não seria um problema;
É a única forma da mensalidade caber no seu bolso: como já citamos acima, os cursos em modalidade EaD podem ser, muitas vezes, mais baratos que os presenciais devido aos baixos custos de manutenção e também do fato de não ter a necessidade de um espaço físico disponível para tal;
Se encaixa na rotina: muitos precisam trabalhar para garantir um estudo de qualidade e, por vezes, precisam abrir mão de estudar por falta de tempo também. Sendo assim, o EaD também seria uma forma de encaixar a educação na rotina, sem prejudicar o trabalho.
A Luiza Abrantes fez curso técnico de enfermagem no qual ela começou na modalidade presencial e no último semestre trocou para o EaD: “Muitos acharam absurdo a minha escolha, mas para mim foi fundamental para conseguir fazer tudo. A rotina do estágio é obrigatória no hospital, junto com TCC do técnico é muito desgastante. Tinham dias que eu pensava que não ia conseguir, pois eu morava longe tanto do curso quanto do hospital. Mas no último semestre resolvi arriscar e fiz a mudança. A minha vida melhorou 100% com o novo formato, pois o que via no EaD em casa, eu colocava em prática todos os dias no estágio presencial. Só o fato de não ter que perder horas me deslocando, me deu mais gás para me empenhar no trabalho.”
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