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Como é o trote na Uerj? Veja como é a recepção aos calouros

Brincadeiras, pinturas corporais e danças são algumas atividades que os estudantes participam na integração do trote da Uerj

O trote é um ritual de passagem que os calouros realizam no início da faculdade para celebrar a nova etapa de vida. Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), as comissões de cada curso são assumidas pelos veteranos diretos dos novos estudantes. Elas são responsáveis por acolher e integrar os novos alunos.

Durante uma semana, as principais atividades do trote são as pinturas corporais, prendas, recolhimento de dinheiro, danças em grupo, e outras interações entre os estudantes.

Geralmente, a primeira parte do trote é a pintura corporal, em que os veteranos reproduzem na pele dos calouros desenhos inusitados, como por exemplo memes ou personagens clássicos da cultura pop. Vale ressaltar que a prenda é algo saudável e precisa ter consentimento de quem vai ser pintado.

Como é o trote na Uerj? - REVISTA QUERO
Agora veterana, Beatriz Arasanoli faz parte da comissão de trote deste ano (Arquivo pessoal)

“As brincadeiras do trote foram bem tranquilas”, revela Beatriz Arasanoli, estudante do 2° período de Jornalismo. “A melhor parte é a de se pintar como calouro, porque ali você sente na pele que oficialmente está dentro da faculdade”, conta.

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Após a pintura corporal, os estudantes são divididos em grupos e realizam coreografias na concha acústica, parte externa do campus. A música e a dança são da escolha dos calouros. Cabe aos veteranos, apenas se divertir e escolher o melhor e o mais entrosado grupo. Na maioria das vezes, os pequenos nichos de relacionamento surgem deste momento, pois os novos estudantes perdem a insegurança e realizam amizades com quem irá pagar o “mico”.

Como é o trote na UERJ - REVISTA QUERO
Calouros pedindo dinheiro nas ruas (Foto: Comissão de Trote Direito Uerj)

Para Renzo Gattás, estudante do 4° período de Relações Públicas, o trote é essencial para a transição do Ensino Médio para o ensino superior. “Assim que ele (calouro) passa para a faculdade, dá aquela insegurança de como vai ser a universidade, quais são as pessoas que eu vou encontrar, etc. E o trote tem grande importância para resolver essas inseguranças do aluno”, relata.

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Personagem segurando um sino de notificações

Após a descontração, os novos estudantes são enviados para as ruas com o intuito de recolher dinheiro para a tradicional chopada dos calouros. Anualmente, a comissão do trote realiza esta confraternização, sendo assim, para custear a festa, cada aluno precisa pagar uma “cota” que será estipulada pela comissão. 

Quem bater a meta não precisará pagar nada para participar de nenhuma festa do curso até o fim da faculdade. Caso contrário, será preciso pagar o valor restante que não foi conquistado nas ruas após o fim do trote. O ideal é que a cota seja paga, pois garante um “passe livre” para todas as chopadas que acontecerem enquanto o aluno estiver estudando na instituição. Atualmente, as principais áreas de recolhimento de dinheiro são as estações de trem e metrô e as ruas movimentadas do Centro e da Zona Sul do Rio de Janeiro.

Beatriz lembra que, enquanto estava na rua durante o trote, muitas pessoas queriam ajudar com qualquer quantia ou com um simples sorriso no rosto. “Acho que o maior aprendizado que eu tive durante o trote foi nos momentos de pedir o dinheiro para bater a cota. Teve um rapaz que havia acabado de comprar um saquinho de amendoim e nos ofereceu porque ele não tinha nenhuma moeda para ajudar, mas queria de alguma forma”, completa.

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