Coronavírus: veja quais são as etapas de combate à pandemia
Saiba o que significa contenção, mitigação, supressão e recuperação
Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia global do coronavírus, os olhos do mundo estão voltados para os desdobramentos desse vírus, assim como a luta para encontar um remédio ou uma vacina que consiga curar e imunizar aqueles que não foram infectados.
No Brasil, o primeiro caso relatado surgiu em 25 de fevereiro, em São Paulo (SP), e o vírus se espalhou pelo território brasileiro. Um mês depois do primeiro registro, o País possui 2.452 casos e 58 mortos.
Enquanto cientistas e pesquisadores buscam uma fórmula que barre o vírus, países em todo o mundo, incluindo o Brasil, estão implementando medidas de prevenção para retardar o pico do número de infectados, a fim de evitar o colapso em hospitais e permitir que o sistema de saúde tenha capacidade de atender a todos os doentes.
Desenvolvido por especialistas, esse plano estratégico para conter a pandemia é dividido em quatro fases diferentes: contenção, mitigação, supressão e recuperação. Atualmente, o Brasil está na etapa de mitigação. Não sabe o que isso significa? Confira:
Etapa 1: contenção
Assim que um surto de novo tipo de vírus é notificado, a primeira fase a ser aplicada é a de contenção. Nela, os países começam a se preparar para tomar medidas que evitem que o vírus contamine a população local.
Para isso, são avaliadas todas as pessoas que chegam ao país e, quando é comprovado algum caso, essa pessoa é rastreada e isolada, para evitar contaminação de outros. No caso do coronavírus, essa medida foi muito bem aplicada em Taiwan, Singapura e Hong-Kong, próximos ao território chinês, onde surgiu o vírus.
Nesse caso, recém-chegados em aeroportos, portos e terminais passavam por medição de temperatura, turistas eram colocados em quarentena e a população local isolada.
Etapa 2: mitigação
A etapa de mitigação começa quando não é possível mais determinar a origem do contágio, surgindo a contaminação comunitária.
O Brasil, por exemplo, está passando por essa etapa do combate. Aqui, os primeiros casos comunitários começaram na primeira quinzena de março, apenas algumas semanas após os primeiros casos importados.
Por isso, busca-se evitar que grupos de risco sejam contaminados (idosos e pessoas com outras comorbidades). Além disso, para evitar a transmissão local, algumas das medidas preventivas determinadas são: suspensão de eventos e eventos esportivos, paralisação das aulas, fechar comércio e restaurantes, por exemplo.
Etapa 3: supressão
Quando a mitigação é aplicada tarde demais e não é consegue diminuir a disperssão do vírus, a próxima etapa é de supressão.
Mais radical, essa fase visa romper toda e qualquer cadeia de transmissão e, assim, reduzir os casos ao menor número possível. Para que isso ocorra, além das ações tomadas na mitigação, é preciso evitar todo contato social, implementando as quarentenas obrigatória, como aconteceu na China.
Além disso, nessa etapa são realizados testes em massa para descobrir quem são os contaminados, seja ele sintomático ou assintomático, e isolá-los.
Um estudo divulgado em 16 de março por pesquisadores da universidade britânica Imperial College, aponta que a supressão é a única forma de impedir o crescimento da pandemia de coronavírus até que uma vacina deseja desenvolvida. A pesquisa ainda aponta que a falta da supressão poderia resultar milhões de mortos em todo mundo, sendo 1,2 milhões apenas nos Estados Unidos.
Etapa 4: recuperação
Chamada de recuperação, a fase final ocorre quando o número de infectados diminui drasticamente. Quando isso acontece, a medida esperada é que governos se organizem para reestruturar os países afetados durante o período de pandemia.
Em entrevista ao Uol, Guilherme Werneck, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) apontou que, apesar da pandemia ainda durar por alguns meses, em algum tempo a contaminação deve começar a diminuir: “Em geral, essas coisas acontecem após um tempo. A covid-19 ainda permanecerá por alguns meses, mas, em algum momento, ela dará sinais que vai involuir.”
De acordo com o Ministério da Saúde, “o coronavírus faz parte de uma família de vírus que causa infecções respiratórias“, com sintomas similares ao da gripe. Esse agente provoca a doença Covid-19, que foi registrado pela primeira em 31 de dezembro de 2019, na China.
Quais são os sintomas do coronavírus?
Após o contágio, os sintomas levam cerca de cinco dias para aparecerem e são parecidos com o de uma gripe comum, são eles: congestão nasal, dor de garganta, fadiga, entre outros.
Porém, em algumas situações, a doença pode se agravar! Por isso, em caso de febre, tosse ou dificuldade de respirar, a indicação do Ministério da Saúde é evitar locais com muita gente, procurar uma unidade de saúde ou ligar para o 136.
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Como é a transmissão do Covid-19?
Assim como o vírus da gripe, o coronavírus é transmitido por gotículas respiratórias ou contato. Alguns dos tipos de secreções com chance de contágio são:
- Gotículas de saliva;
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Espirro;
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Tosse;
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Catarro;
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Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
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Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
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