Afinal, dia a dia tem hífen?
A forma correta de escrever “dia a dia” é sem hífen. O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que entrou em vigor em 2016, determinou a simplificação do uso de hífens em algumas situações, e uma delas foi a eliminação do hífen na locução “dia a dia”.
Antes do acordo ortográfico, a forma correta era “dia-a-dia”, com hífen, para indicar a ideia de algo que ocorre todos os dias ou a rotina diária. No entanto, com as mudanças introduzidas pelo acordo, as locuções que ligam palavras com a preposição “a” deixaram de usar o hífen. Isso se aplica a casos como “dia a dia”, “casa a casa”, “face a face”, entre outros.
Portanto, a frase correta seria: “A lista de presença é atualizada dia a dia,sem o uso do hífen, de acordo com as regras do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Leia mais: Palavras monossílabas: significado, exemplos e importância
+ 9 escritoras brasileiras que todo estudante precisa conhecer
++ Dia da Língua Nacional: saiba tudo sobre a história da língua portuguesa e veja livros para aperfeiçoar o idioma
Regras para o uso do hífenHífen em palavras compostas:
O emprego do hífen em palavras compostas segue algumas diretrizes, mas é importante notar que há exceções e situações especiais a considerar. Confira as principais regras que determinam o uso do hífen em palavras compostas.
Palavras compostas de dois substantivos: De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, palavras compostas por dois substantivos, como “dia a dia,” não levam mais hífen. Isso se aplica a casos como “dia a dia,” “casa a casa,” “face a face,” entre outros.
Palavras compostas com prefixos terminados em vogal e substantivo: Quando um prefixo termina em vogal, e a segunda parte da palavra composta começa com a mesma vogal, utiliza-se o hífen para evitar encontros vocálicos, como em “anti-inflamatório” e “micro-ondas.”
Palavras compostas com prefixos autônomos: Alguns prefixos são considerados autônomos, o que significa que não exigem hífen, independentemente da palavra seguinte. Exemplos incluem “hipermercado” e “superinteressante.”
Palavras compostas com elementos de ligação: Em certas situações, elementos de ligação, como “bem,” “mal,” “grão,” “meio,” entre outros, não requerem hífen. Por exemplo, “bem-estar” e “mal-entendido.”
É importante ressaltar que a ortografia e o uso do hífen podem mudar ao longo do tempo, conforme novas regras são implementadas ou adaptadas. Portanto, é essencial consultar dicionários atualizados e guias de estilo para se manter informado sobre as normas vigentes.
Hífen em palavras com prefixos
Os prefixos desempenham um papel significativo na formação de palavras compostas em português. No entanto, saber quando um prefixo deve ou não ser seguido por um hífen pode ser uma tarefa desafiadora.
Conheça a seguir quais são as regras que regem o uso do hífen com palavras compostas com prefixos.
Prefixos que levam hífen:
Prefixos terminados em vogal geralmente requerem um hífen quando a segunda parte da palavra composta começa com a mesma vogal. Por exemplo, “anti-inflamatório,” onde o “i” do prefixo “anti” se encontra com o “i” de “inflamatório.”
Casos como “micro-ondas” também se enquadram nessa regra, onde o prefixo “micro” termina em vogal e a segunda parte começa com vogal.
Quando um prefixo termina em uma consoante diferente da primeira consoante da segunda parte da palavra, como “inter-regional,” o hífen também é utilizado.
Prefixos que não levam hífen:
Alguns prefixos não exigem o uso do hífen, independentemente da palavra que se segue. Por exemplo, “hipersensível,” onde o prefixo “hiper” não leva hífen, pois a segunda parte começa com uma consoante diferente.
Da mesma forma, “supermercado” não possui hífen, pois o prefixo “super” é autônomo e não se liga com a palavra seguinte.