
O Enare vai acabar? Entenda o futuro do exame com a chegada do Enamed
Juliana Gottardi | 25/04/25O Enare será reformulado e ampliado, ganhando mais consistência ao se conectar com o Enamed
O fato de ser bom ao exercer alguma atividade muitas vezes pode fazer com que surja o pensamento de transformá-la em uma força de trabalho. Afinal, o esforço para se destacar em uma área que se é bom normalmente é muito menor do que em campos de atuação que não se tem tanta familiaridade. Mas será que vale a pena escolher uma profissão apenas porque se é bom em determinada área?
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A psicóloga e orientadora profissional Maria Stella Sampaio Leite, que atua no Colmeia – Instituição a Serviço da Juventude, responde que “é legal que a escolha seja feita em cima de um interesse, porque para qualquer área que a pessoa for, ela vai acabar usando os seus talentos”.
Isso porque, segundo Leite, quando você gosta muito de uma área, é possível treinar e desenvolver habilidades dentro dela. Além disso, a orientadora argumenta que as habilidades podem ser aproveitadas em qualquer profissão que a pessoa escolha. “Eu já tive caso de gente que vai fazer Jornalismo e acaba se encaixando no caderno de Economia, porque tem mais facilidade com números”, conta.
Porém, esse é apenas um aspecto que deve ser levado em consideração no momento de escolha profissional.
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O primeiro passo para escolher uma profissão, de acordo com Leite, é olhar para si mesmo e para as suas próprias preferências.
Feito isso, a orientadora recomenda que sejam feitas pesquisas sobre as profissões e graduações. “Cada profissão, tem alguns aspectos que ele
[o indivíduo] tem que ver se gosta daquilo. Por exemplo, na Engenharia Civil a pessoa vai ter que estudar muito ciências exatas, física, química, matemática, mas tem também um pouco de desenho e um pouco de estética. Será que essa pessoa vai tolerar passar cinco anos em uma faculdade de engenharia?”, questiona.Veja também: Teste vocacional para Engenharia Civil
Com esse olhar voltado para si, alinhado com a pesquisa sobre profissões, é possível compreender o seu perfil individual e, assim, identificar quais cursos e profissões estejam de acordo com esse perfil.
Se depois de pesquisar sobre as diferentes profissões, se informar sobre as grades curriculares dos cursos, identificar as preferências pessoais e ainda assim as dúvidas persistirem, a psicóloga e orientadora recomenda a orientação profissional.
“A orientação profissional tem várias ferramentas, tem alguns testes, que você faz com os jovens”, explica. No final, é feito um feedback em que “a gente não vai tirar uma resposta da cartola, mas vai fazer uma síntese de tudo que fez com esse jovem”, esclarece.
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